RESUMO: No Estado de São Paulo a atividade canavieira constitui a principal empregadora/geradora de trabalho, tanto no setor agrícola, como no conjunto das agroindústrias. Apesar dessa importância não existe consenso sobre as estimativas dos empregos ou postos de trabalho gerados. Nesse contexto, o presente estudo teve por objetivo avaliar a ocupação, o emprego e a qualificação da mão-de-obra no setor sucro-alcooleiro do Estado de São Paulo. Para estimar o total de pessoas ocupadas nas atividades agrícolas de imóveis com cultivo de cana-de-açúcar para fins industriais, foram utilizadas informações obtidas por meio de levantamento por amostragem probabilística, elaborado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), nos meses de junho e novembro de 1999 e de 2001. Para o estudo das especificidades da mão-de-obra efetivamente engajada no setor sucro-alcooleiro realizou-se um levantamento de dados junto às unidades industrias do Estado de São Paulo, no período de maio de 1999 a abril de 2000. Os resultados obtidos indicaram médias de 235.879 e de 258.696 pessoas ocupadas em atividades agrícolas nos imóveis rurais com cultivo de cana-de-açúcar em 1999 e em 2001, respectivamente. Considerando-se as informações das unidades industrias, a necessidade de cana para gerar um emprego agrícola é de 1.083,54 toneladas. Tomando-se o rendimento médio do Estado, de 76 t/ha, isso significaria gerar um emprego a cada 14,25 ha, ou 7,01 empregos por 100 hectares. As informações qualitativas sobre a questão da capacitação e treinamento dos recursos humanos proporcionados pelas unidades industriais, foram classificadas em quatro grandes áreas: melhorias das condições de trabalho, capacitação técnica, treinamento motivacional e treinamento em geral.

Palavras-chave: setor sucroalcooleiro, emprego rural, cana-de-açúcar.