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Exportações dos agronegócios brasileiros para a Argentina, janeiro-setembro de 2006
As exportações dos agronegócios brasileiros para a Argentina totalizaram US$ 1,16 bilhão nos primeiros nove meses de 2006, um incremento de 8,7% em relação ao US$ 1,07 bilhão de igual período de 2005. Este desempenho é inferior ao das exportações totais brasileiras (+16,1%), das vendas externas dos agronegócios (+9,9%) e das exportações totais para a Argentina (+19,4%) (tabela 1). Tabela 1 - Exportações brasileiras para a Argentina, totais e dos agronegócios, 2005 e 2006, em US$ 1.000 A representatividade das vendas para a Argentina nas exportações brasileiras elevou-se de 8,3% em 2005 para 8,6% em período similar de 2006. O mesmo não ocorreu nos agronegócios, que registraram pequeno decréscimo, de 1,23% para 1,15% no cotejo dos períodos considerados. Os agronegócios responderam por 14,8% em 2005 e por 13,5% em 2006 das vendas para a Argentina, no período considerado. Tabela 2 – Participação das vendas para a Argentina nas exportações brasileiras, 2005 e 2006, em porcentagem Ao considerar o perfil de agregação de valor, observa-se que o Brasil exportou para a Argentina, nos primeiros nove meses de 2006, predominantemente produtos manufaturados (83,7%). Já a participação desse perfil de produtos nas exportações setoriais totais foi de 34,9%. Os produtos básicos representaram 10,3% e o semimanufaturados, 6,0% das vendas dos agronegócios para a Argentina, enquanto nas exportações setoriais totais foram, respectivamente, de 45,4% e 19,8%. Assim, as vendas dos agronegócios para a Argentina constituíram-se de maior valor agregado do que as exportações setoriais totais (tabela 3). Tabela 3 - Participação dos diferentes perfis de agregação de valor nas exportações dos agronegócios brasileiros, janeiro-setembro de 2006, em porcentagem Há enorme concentração das exportações dos agronegócios brasileiros para o mercado argentino. Os cinco principais grupos de cadeias de produção, que em 2005 somaram negócios no valor de US$ 956 milhões e representaram 89,5% do total, atingiram US$ 1,027 bilhão em igual período de 2006, um crescimento de 7,5%. Com isso, passaram a significar 88,4% das vendas concretizadas. O grupo de bens de capital e insumos, cujo valor alcançou US$ 324 milhões, apresentou variação negativa de 0,6%. Já os produtos florestais e os têxteis tiveram variações positivas, respectivamente, de 13,6% e 13,4% (tabela 4). Tabela 4 - Principais grupos de cadeias de produção das exportações dos agronegócios brasileiros para a Argentina, janeiro-setembro, 2005 e 2006 Ao destacar a agregação de valor para os principais grupos de cadeias de produção, nota-se elevada participação dos manufaturados nas transações com a Argentina, que somaram US$ 972 milhões (83,7%) nos primeiros nove meses de 2006. Desse total, os bens de capital e insumos responderam por US$ 323 milhões, o que corresponde a expressivos 99,9% das vendas desse grupo de mercadorias (tabela 5). Tabela 5 - Agregação de valor nos principais grupos de cadeias de produção das exportações dos agronegócios brasileiros para a Argentina, janeiro-setembro de 2006 Clique aqui para ver a tabela 6 - Exportações para os Estados Unidos, por Grupo de Mercadorias e Fator Agregado, Brasil, Janeiro a Setembro de 2005 e 2006
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC Exportação do Brasil Exportação para a Argentina Exportação dos Agronegócios Agronegócios para a Argentina
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC Agronegócios para a Argentina nos agronegócios Agronegócios nas vendas para a Argentina Agronegócios para a Argentina nas exportações totais Exportações para a Argentina nas exportações totais
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC Básicos Semimanufaturados Manufaturados
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC Bens de Capital / Insumos Produtos Florestais Têxteis Café e Estimulantes Agronegócios Especiais Bovídeos Suínos e Aves Cereais/Legumin./Oleagin. Fumo Pescado Frutas Olerícolas Cana e Sacarídeas Flores e Ornamentais
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC Agronegócios especiais Bens de Capital /Insumos Bovídeos Café e estimulantes Cana e sacarídeas Cereais, legum e Oleagin Flores e ornamentais Frutas Fumo Olerícolas Pescado Produtos florestais Suínos e aves Têxteis
Data de Publicação: 16/11/2006
Autor(es):
José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Eder Pinatti (pinatti@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor