Primeira Estimativa de Oferta e Demanda de Milho no Estado de São Paulo em 2015

A primeira estimativa de disponibilidade de milho no Estado de São Paulo em 2015, elaborada pela Câmara Setorial de Milho, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), mostra uma recuperação da oferta, com o aumento da produção da primeira e segunda safra do cereal que, no ano de 2014, devido à falta das chuvas, teve uma queda, trazendo um aumento da importação de outros estados (Tabela 1). 

  


 

A produção total da safra (2014/15) foi de 4.115 mil toneladas, sendo 2.619 mil toneladas na primeira safra e 1.495 mil toneladas na segunda safra, que é ainda insuficiente para recuperar os níveis de 2012/13. A área plantada da safra 2014/15 no Estado de São Paulo foi de 758,1 mil hectares, sendo 430,3 hectares na primeira safra (safra verão) e 327,8 hectares na segunda safra (milho safrinha), segundo os Levantamentos de Previsão de Safras Instituto de Economia Agrícola/Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (IEA/CATI)1.

Na primeira safra, as regiões de São João da Boa Vista, Itapetininga, Itapeva e Limeira foram as principais produtoras e, na de segunda safra, destacaram-se as regiões de Assis, Ourinhos, Presidente Prudente e Itapeva. A principal região produtora de milho no Estado em 2014/15 foi a de Assis, com produção de 605.710 toneladas, sendo 40.450 toneladas na primeira safra e 565.260 toneladas na segunda safra.

O consumo de milho no Estado de São Paulo está subdividido em animal, industrial e não comercial.

O consumo animal com 6,46 milhões de toneladas corresponde a 78% do consumo total de milho no estado. A avicultura de corte é a maior demandante, com 2,6 milhões de toneladas e uma participação de 40% no consumo setorial. Seguida da avicultura de postura, que consome 1,2 milhão de toneladas de milho, da suinocultura com 969 mil toneladas, da pecuária de leite com 430 mil toneladas, da pecuária de corte com 207 mil toneladas e do segmento de outros animais com 1,03 milhão de toneladas (Figura 1).

 

De acordo com informações de técnicos e representantes dos segmentos da cadeia produtiva do milho no Estado de São Paulo, para os criadores de aves de corte e de postura existe uma expectativa de crescimento de 5 e 6%, respectivamente, sendo as aviculturas grandes consumidores de milho. Para os suinocultores, a demanda de milho poderá ter um acréscimo de 2,5%.

O consumo industrial é cerca de 1,36 milhão de toneladas de milho e o não comercial é de 486 mil toneladas, correspondendo a, respectivamente, 16% e 6% do consumo total do Estado de São Paulo. Há uma expectativa de que o consumo de milho pela indústria de moagem cresça 1,0%.

Conforme visto em 2015, espera-se que o Estado de São Paulo consuma 8.303 mil toneladas de milho em grão, ou seja, 2,7% a mais que em 2014. Porém, haverá uma redução de 3,4% no volume importado de outros estados (4.748 mil toneladas), devido ao aumento de 13% da produção e ao aumento dos estoques, o que poderá contribuir para a redução dos preços recebidos pelo produtor. Devido à valorização do dólar a partir do início do ano, a expectativa é de que haja um aumento de 9,4% nas exportações de milho em comparação ao ano anterior, atingindo 475 mil toneladas. A tendência é de que os preços se mantenham estáveis nos próximos meses.

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1INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA - IEA. Banco de dados. São Paulo: IEA. Disponível em: <http://www.iea.
sp.gov.br/out/bancodedados.html>. Acesso em: jul. 2015. 

Palavras-chave: câmara setorial, consumo, demanda, milho, oferta, produção.

 

Data de Publicação: 08/07/2015

Autor(es): Maximiliano Miura (maximiliano.miura@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor