RESUMO: O estudo tem por objetivo analisar a ocupação e a renda do colhedor de limão no Estado de São Paulo. Os informes são oriundos dos levantamentos sistemáticos do Instituto de Economia Agrícola e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral de 2009 a 2013. São apresentadas as informações de pés plantados (novos e em produção), produção obtida, valor da produção do estado (em real), número de colhedores e a renda (em real) obtida pelos colhedores nos pomares. A colheita do limão no Estado de São Paulo de 2009 a 2013, foi, em média, de 36,7 milhões de caixas de 25/27 kg, com média de colheita homem/dia de 41,7 caixas de 25/27 kg/dia, em 180 dias trabalhados por safra; ou seja, pode-se estimar em torno de 4.653 pessoas envolvidas na cultura, em época de colheita, com renda média do período de R$46,7 milhões pagos aos colhedores. O setor, ao pagar a colheita, está transferindo montante significativo de renda aos municípios onde estes trabalhadores residem. A importância da atividade para a economia regional, principalmente nos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) onde preponderam cidades de menor porte, é ainda mais relevante. Quaisquer alterações em seu padrão de produção influi diretamente na ocupação e na renda do trabalhador agrícola, refletindo, assim, no comércio e serviços municipais. Mesmo com as dificuldades que a cultura tem enfrentado com o aumento de pragas e doenças e o recuo no plantio de novos pomares em alguns EDRs pela opção de produtores arrendarem suas terras para outros cultivos nos últimos anos, ela é de grande importância para o estado, representado pelo acréscimo no valor da produção dentro do setor citrícola, que foi de R$494,2 milhões em 2013. Ressalta-se que em 2013 houve acréscimo de, aproximadamente, 53% no valor da produção da cultura em relação a 2012 devido, principalmente, ao incremento de 72,13% nos preços recebidos pelos produtores de limão.
Palavras-chave: cultura do limão, estimativa de mão de obra, produção, valor da produção, Estado de São Paulo.