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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro de Janeiro de 2014
Em janeiro de 2014 as exportações do Estado de São Paulo1
somaram US$ 3,87 bilhões (24,1% do total nacional) e as importações2,
US$ 7,73 bilhões (38,5% do total nacional), registrando um déficit de US$ 3,86 bilhões.
Em relação a janeiro de 2013, o valor das exportações paulistas diminuiu 5,8% e
o das importações aumentou 6,2%, com elevação do déficit comercial (+21,8%) (Figura 1). Comparando-se janeiro
de 2014 com o mesmo mês de 2013, as exportações paulistas caíram (-5,8%) e as
exportações brasileira aumentaram (+0,4%), enquanto que, nas importações, o acréscimo
O agronegócio3 paulista apresentou exportações decrescentes
(-10,1%), atingindo US$ 1,51 bilhão, enquanto que as importações tiveram acréscimo
(+5,8%), somando US$ 0,55 bilhão, resultando em queda de 17,2% no saldo
comercial em relação ao primeiro mês de 2013, atingindo US$ 0,96 bilhão (Figura
2). Há que se destacar que as importações paulistas nos demais
setores - exclusive o agronegócio - somaram US$ 7,18 bilhões para exportações
de US$ 2,36 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 4,82 bilhões.
Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior
devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo manteve-se positivo. A participação das exportações do agronegócio paulista no
total do Estado diminuiu 1,9 ponto percentual, enquanto a participação das
importações não se alterou, na comparação do mês de janeiro de 2014 com o de 2013
(Figura 3). A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 4,05
bilhões em janeiro de 2014, com exportações de US$ 16,03 bilhões e importações
de US$ 20,08 bilhões. O ligeiro crescimento do déficit comercial ocorreu em
função de pequenos aumentos nas exportações (+0,4%) e nas importações (+0,3%)
(Figura 4). Em janeiro de 2014 as exportações do agronegócio brasileiro diminuíram
10,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo US$ 5,87 bilhões (36,6%
do total). Já as importações do setor não se alteraram, também na comparação com
o mês de janeiro de 2013, somando US$ 1,46 bilhão (7,3% do total). O superávit
do agronegócio em janeiro de 2014 foi de US$ 4,41 bilhões, sendo 13,9% inferior
ao do mesmo mês no ano passado (Figura 5). Portanto, o déficit do comércio exterior brasileiro só não foi
muito maior devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores,
com exportações de US$ 10,16 bilhões e importações de US$ 18,62 bilhões,
produziram no mês um déficit de US$ 8,46 bilhões. A participação do agronegócio nos totais do País caiu em
termos das exportações (-4,6 pontos percentuais) e manteve-se inalterada com
relação às importações (Figura 6). A participação paulista no total da balança comercial
brasileira caiu em termos das exportações (-1,6 ponto percentual) e subiu no
tocante às importações (+2,1 pontos percentuais) (Figura 7). Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações
setoriais de São Paulo no mês de janeiro de 2014 representaram 25,7%, ou seja, 0,2
ponto percentual a mais que no primeiro mês de 2013, enquanto as importações
representaram 37,7%, percentual superior ao verificado no ano passado (+2,1
ponto percentual) (Figura 8). 1Estado produtor (Unidade da Federação exportadora),
para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação
onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou
fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o
estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de
fabricação para que o produto adote sua forma final. 2Estado importador
(Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do
domicílio fiscal do importador. 3Os grupos de produtos
dos agronegócios podem ser vistos em: <http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-MAPA/pagina-inicial/
servicos-e-sistemas/sistemas/agrostat> Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações,
importações.
Data de Publicação: 14/02/2014
Autor(es): José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor