Análise das Exportações de Uvas Frescas Brasileiras: uma estimação gravitacional a partir do modelo de regressões aparentemente não relacionadas

RESUMO:
Este artigo tem como objetivo apresentar as vantagens e as barreiras (tarifárias ou não tarifárias)  em relação ao mercado mundial em detrimento do mercado interno, observando o caso da produção de uvas frescas brasileiras. O estudo é realizado à luz da Teoria do Comércio Internacional, utilizando uma estimação baseada no modelo gravitacional como ferramenta de análise, a fim de estabelecer uma relação capaz de explicar de maneira confiável as exportações de uvas frescas do Brasil. Segundo a tradicional literatura acerca desse modelo, as transações comerciais entre países dependem da distância geográfica entre estes e da renda dos mesmos. No caso das exportações brasileiras de uvas frescas, além destes fatores, assumiu-se que dependem também da razão de preços recebidos pelo produto no exterior frente àqueles obtidos internamente. Variáveis dummy de controle também foram consideradas, associadas aos principais importadores do produto e a momentos de crise externa. As estimativas apontaram para uma relação negativa entre as exportações de uvas frescas e a distância do Brasil em relação ao país importador. Contrariamente, existe uma relação positiva entre estas exportações e a interação entre o PIB do país importador e o PIB interno. Adicionalmente, observouse que a razão de preços, como descrita anteriormente, afeta significativamente e de maneira positiva as exportações de uvas frescas.

 

 

Data de Publicação: 07/07/2011

Autor(es): Henrique Veras de Paiva Fonseca Consulte outros textos deste autor
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