Os agronegócios paulistas também apresentaram exportações crescentes (+16,2%), atingindo US$8,80 bilhões, enquanto as importações aumentaram 28,3%, somando cerca de US$2,90 bilhões, com saldo de US$5,90 bilhões³, 11,1% maior do que o de janeiro a julho de 2006 (Figura 2). Em função disso, há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$22,86 bilhões para exportações de US$19,58 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$3,28 bilhões de janeiro a julho de 2007. Assim, conclui-se que os superávits do comércio exterior paulista continuam a depender do desempenho dos agronegócios estaduais.

            A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado aumentou 0,5 ponto percentual, enquanto a participação das importações foi mantida na comparação dos primeiros sete meses de 2006 e de 2007 (Figura 3).

            A balança comercial brasileira registrou superávit de US$23,98 bilhões de janeiro a julho de 2007, com exportações de US$87,33 bilhões e importações de US$63,35 bilhões. Esse superávit, 4,8% menor do que o do mesmo período em 2006, aconteceu em função de o aumento nas exportações (+16,9%) ter sido inferior ao das importações (+27,9%) (Figura 4).

            Nos sete primeiros meses de 2007, as exportações do agronegócio brasileiro cresceram 20,8% em relação ao ano anterior, atingindo US$33,77 bilhões (38,7% do total). Já as importações do setor aumentaram 49,7%, também em comparação com janeiro a julho de 2006, somando US$8,74 bilhões (13,8% do total). O superávit dos agronegócios de janeiro a julho de 2007 foi de US$25,03 bilhões⁴, 13,2% superior ao do mesmo período do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho do agronegócio sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$53,56 bilhões e importações de US$ 54,61 bilhões, produziram no período um déficit de US$1,05 bilhão.

            As participações dos agronegócios nos totais do País cresceram tanto em termos das exportações (+1,3 ponto percentual) como das importações (+2,0 pontos percentuais) (Figura 6).

            A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu ligeiramente em termos das exportações (-0,7 ponto percentual) e cresceu no tocante às importações (+0,2 ponto percentual) (Figura 7).

            Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo nos primeiros sete meses de 2007 representaram 26,1%, ou seja, 1,0 ponto percentual a menos que no mesmo período de 2006, enquanto as importações representaram 33,2%, sendo 5,5 pontos percentuais inferior à verificada no ano anterior (Figura 8).

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¹Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele onde foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
²Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
³Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$6,35 bilhões.
⁴Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$27,39 bilhões.

Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.

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 Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo, Resumo Mensal, 2006 e 2007