No primeiro bimestre de 2007, as exportações do Estado de São Paulo¹ somaram US$ 6,91 bilhões (32,8% do total nacional), e as importações² US$ 6,59 bilhões (42,0% do total nacional), registrando-se superávit de US$ 0,32 bilhão. Esse resultado mostra a reversão da tendência crescente do saldo da balança comercial paulista (gráfico 1). Em relação ao primeiro bimestre de 2006, o valor das exportações paulistas aumentou 19,1% e o das importações 34,2%. O desempenho paulista de crescimento nas exportações (+19,1%), na comparação entre o primeiro bimestre de 2007 e o de 2006, foi pouco superior à média brasileira (+16,9%). Nas importações ocorre a mesma tendência, com maior incremento em São Paulo (+34,2%) do que no Brasil (+26,5%). Assim, o percentual de queda do saldo da balança comercial paulista (-64,0%) foi maior que o da brasileira (-4,4%) (tabela 4).

Gráfico 1- Balança Comercial Estadual, Estado de São Paulo, Primeiro Bimestre, 2006 e 2007

Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.

                O agronegócio paulista também apresentou exportações crescentes (+38,5%), atingindo US$ 2,23 bilhões, enquanto as importações cresceram 25,4%, somando cerca de US$ 0,74 bilhão, com saldo de US$ 1,49 bilhão³, 46,1% maior do que o do primeiro bimestre de 2006 (gráfico 2),. As aquisições de produtos estrangeiros relacionados ao agronegócio, realizadas por importadores baseados em São Paulo, tiveram aumento de 25,4% enquanto que as importações totais estaduais cresceram 34,2%. Em função disso, há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive o agronegócio – somaram US$ 5,85bilhões para exportações de US$ 4,68 bilhões, gerando um déficit externo, desse agregado, de US$ 1,17 bilhão no primeiro bimestre de 2007 permitindo concluir que os superávits do comércio exterior paulista continuam a depender do desempenho do agronegócio estadual.

Gráfico 2- Balança Comercial do Agronegócio, Estado de São Paulo, Primeiro Bimestre, 2006 e 2007

Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.

            A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado aumentou 4,5 ponto percentual, enquanto a participação das importações decresceu 0,8 ponto percentual (gráfico3), revelando a relevância setorial na balança comercial estadual.

Gráfico 3- Participação do Agronegócio na Exportação e na Importação, Estado de São Paulo, Primeiro Bimestre, 2006 e 2007

Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.

            A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,37 bilhões no primeiro bimestre de 2007, com exportações de US$ 21,06 bilhões e importações de US$ 15,69 bilhões. Esse superávit, 4,4% menor do que o do mesmo período em 2006, resultou de aumento nas exportações (+16,9%) inferior ao das importações (+26,5%) (gráfico 4). Assim, com o atual patamar do câmbio, ocorre aumento das exportações menor que ao das importações, reduzindo o superávit comercial.

Gráfico 4- Balança Comercial Nacional, Brasil, Primeiro Bimestre, 2006 e 2007

Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.

                As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 24,8% em relação ao primeiro bimestre do ano anterior, atingindo US$ 7,70 bilhões (36,6% do total). Já as importações do setor somaram US$ 2,13 bilhões (13,6% do total). O superávit do agronegócio no primeiro bimestre de 2007 foi de US$ 5,57 bilhões⁴, 21,1% superior ao do mesmo período do ano anterior (gráfico 5). Isso revela aumento da importância relativa dos agronegócios no comércio externo brasileiro.

Gráfico 5- Balança Comercial do Agrnegócio, Brasil, Primeiro Bimestre, 2006 e 2007

Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.

            As participações do agronegócio brasileiro nos totais do País cresceram tanto em termos de exportação (+2,4 pontos percentuais) como de importações (+0,9 ponto percentual) (gráfico 6).

Gráfico 6- Participação do Agronegócio na Exportação e na Importação, Brasil, Primeiro Bimestre, 2006 e 2007

Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC

            Em relação à economia brasileira, as exportações de São Paulo no primeiro bimestre de 2007 representaram 32,8%, cerca de 0,6 ponto percentual a mais que nos dois primeiros meses de 2006, enquanto as importações representaram 42,0%, ou 2,4 pontos percentuais a menos que no ano anterior (gráfico 7).

Gráfico 7- Participação do Estado de São Paulo no Brasil, Exportação e Importação, Primeiro Bimestre, 2006 e 2007

Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.

                Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações de São Paulo no primeiro bimestre de 2007 representaram 29,0%, cerca de 2,9 pontos percentuais a mais que nos dois primeiros meses de 2006, enquanto as importações representaram 34,7%, ou 2,9 ponto percentual a menos do que no ano anterior (gráfico 8).

Gráfico 8- Participação do Agronegócio Paulista no Agronegócio Brasileiro, Exportação e Importação, Primeiro Bimestre, 2006 e 2007

Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.

            Os agregados da balança comercial do Brasil e de São Paulo, para o total e para o agronegócio, são apresentados nas tabelas 1 a 4.
 

Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC
 

Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC
 

Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC
 

Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC
 

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¹ Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
² Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
³ Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit do agronegócio paulista foi de US$ 1,58 bilhão.
⁴ Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit do agronegócio brasileiro foi de US$ 6,02 bilhões.

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