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Preços agropecuários sobem 5,70% na segunda quadrissemana de fevereiro
Os preços recebidos pelos produtores paulistas aumentaram 5,70% na segunda quadrissemana de fevereiro de 2007, que compara as variações de preços nas últimas quatro semanas. O Índice Quadrissemanal de Preços Agropecuários Recebidos (IqPR) segue a tendência de alta, com variações positivas tanto nos produtos de origem vegetal (IqPR-V) quanto nos de origem animal (IqPR-A), com acréscimos de 6,08% e 4,91%, respectivamente (gráfico 1).
Gráfico 1 - Variação percentual dos preços recebidos pelos produtores no Estado de São Paulo, segunda quadrissemana de fevereiro de 2007
Esse aumento percentual representa uma pressão ascendente dos indicadores de inflação, pois nas duas últimas quadrissemanas os preços agropecuários haviam se elevado em 2,74% e 4,52%.
Nas últimas quatro semanas, os preços agrícolas dos 20 produtos que compõem o IqPR apresentaram as seguintes amplitudes de variação (tabela 1).
Fonte: Instituto de Economia Agrícola
Os produtos do IqPR que apresentaram a maior alta no preço são o tomate para mesa (58,16%), a laranja para mesa (41,54%), a laranja para indústria (27,87%) e a carne de frango (22,14%). Os produtos com maior queda foram a banana nanica (-10,43%), o feijão (-10,11%), o café (-5,48%), o arroz (-3,71%), o milho (-2,91%) e a carne suína (-2,89%) (gráfico 2), seguindo a conjuntura de mercado, as condições climáticas e os produtos da entressafra.
No período analisado, sete produtos apresentaram alta de preços (quatro de origem vegetal e três de origem animal) e onze produtos tiveram quedas (oito do segmento vegetal e três do animal). Apesar da maioria dos produtos apresentar queda nos preços, os três índices (IqPR, IqPR-V e IqPR-A) registraram variações positivas, pois os aumentos foram mais acentuados do que as quedas.
Gráfico 2 - Variações das cotações dos produtos, Estado de São Paulo, segunda quadrissemana de fevereiro de 2007
Fonte: Instituto de Economia Agrícola
Desconsiderando a cana-de-açúcar, o resultado do IqPR salta de 5,70% para 9,09%, enquanto o IqPR-V vai de 6,08% para 13,16%. Como o preço da cana apresentou recuo nas últimas três quadrissemanas analisadas, este contribuiu diretamente para segurar o IqPR, devido a sua elevada representatividade na produção agropecuária paulista (gráfico 3).
Gráfico 3 - Variação percentual dos índices de preços recebidos pelos produtores, no Estado de São Paulo, com ponderações paulistas e brasileira1, segunda quadrissemana de fevereiro de 2007
Fonte: Instituto de Economia Agrícola
Já o IqPR Brasil e o IqPR-V Brasil foram inferiores aos números de São Paulo, com valores de 2,86% e de 0,79%, respectivamente, enquanto o IqPR-A Brasil ficou acima do equivalente paulista, com 5,48%. Essas discrepâncias se dão em virtude das diferenças de importância dos produtos na formação das respectivas rendas agropecuárias (gráfico 3).
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1 O Estado de São Paulo representa um espaço econômico formador de preços na agricultura brasileira. Daí a opção de considerar na apresentação dos índices de preços, ainda que no mercado paulista, uma ponderação para todo Brasil (consistida nas participações dos diferentes produtos considerados na produção agropecuária nacional) e também para São Paulo (consistida nas participações dos diferentes produtos considerados na produção agropecuária estadual). Ainda em busca do maior aprofundamento na compreensão dos movimentos dos preços, apresentam-se as variações dos índices com ponderação paulista em duas tabulações: uma sem a cana para indústria e outra com a cana para indústria, lavoura que pela sua representatividade na produção estadual pode levar a interpretações não apropriadas do movimento dos preços.
Data de Publicação: 26/02/2007
Autor(es):
Eder Pinatti (pinatti@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Raquel Castelluci Caruso Sachs (raquelsachs@apta.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor