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Importações dos agronegócios segundo o perfil de agregação de valor de janeiro a setembro de 2006
As importações dos agronegócios paulistas cresceram de US$ 3,78 bilhões para US$ 4,60 bilhões quando se comparam os acumulados de 2005 e de 2006. Focando o conjunto do Brasil, a evolução no mesmo sentido foi de US$ 10,07 bilhões para US$ 12,09 bilhões em períodos similares. As compras setoriais paulistas cresceram 21,7% e as brasileiras, 20,0%. A participação estadual aumentou de 37,5% para 38,0% das importações dos agronegócios, no período analisado (figura 1). Figura 1 - Importações dos agronegócios, São Paulo e Brasil, Janeiro a Setembro, 2005 e 2006 Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC O detalhamento da análise das importações dos agronegócios brasileiros, segundo os perfis de agregação de valor, mostra que os produtos básicos tiveram incremento de 31,0% nos valores despendidos. Estes, por sua vez, evoluíram de US$ 2,41 bilhões para US$ 3,15 bilhões na comparação entre os acumulados de 2005 e de 2006. Os manufaturados mostraram acréscimo inferior (19,2%), aumentando de US$ 6,20 bilhões para US$ 7,42 bilhões em igual espaço de tempo. Nos semimanufaturados, as compras externas elevaram-se em apenas 3,9%, de US$ 1,46 bilhão para US$ 1,52 bilhão (figura 2). Figura 2 - Importações dos agronegócios segundo perfil de agregação de valor, Brasil, Janeiro a Dezembro, 2005 e 2006
No caso paulista, a evolução dos dispêndios com compras no exterior de produtos e insumos dos agronegócios mostra a mesma tendência. As compras de produtos básicos aumentaram 33,5%, passando de US$ 877 milhões (2005) para US$ 1,17 bilhão (2006), enquanto as de manufaturados também cresceram de 2,54 bilhões para US$ 3,04 bilhões (+19,9%). No semimanufaturados, ocorreu reduzido incremento de US$ 364 milhões para US$ 382 milhões (+5,1%) (figura 3).
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC
A comparação dos perfis de agregação de valor das importações dos agronegócios mostra que existe uma grande similaridade entre o Estado de São Paulo e o conjunto do Brasil. A proporção de produtos processados (manufaturados mais semimanufaturados) é muito próxima tanto em 2005 (76,8% para São Paulo e 76,1% para o Brasil) quanto em 2006 (74,5% para o Estado e 73,9% para o Brasil) (figura 4).
Figura 4 - Comparação entre os perfis de agregação de valor nas importações dos agronegócios, São Paulo e Brasil, Janeiro a Setembro, 2005 e 2006
Os perfis de agregação de valor das importações dos agronegócios revelam-se similares na comparação entre São Paulo e o conjunto do Brasil. O desempenho é distinto daquele encontrado para a mesma comparação quando a referência são as exportações setoriais, cujo perfil de agregação de valor paulista se mostra superior. Em linhas gerais, as compras externas paulistas e brasileiras concentram-se em produtos de maior valor agregado, com variação significativa entre os grupos de cadeias de produção.
A elevada participação paulista nas importações brasileiras dos agronegócios decorre do fato de que se concentra nesta unidade da federação a principal estrutura agroindustrial produtora de bens de capital e insumos, o que exige aquisições no exterior de peças e matérias-primas. Além disso, por ser o maior mercado consumidor brasileiro, concentra as importações de alimentos para o abastecimento interno, destinados (ou não) ao processamento.
Importações dos agronegócios segundo os grupos de cadeias de produção e perfis de agregação de valor, Brasil, Janeiro a Dezembro, 2005 e 2006
Importações dos agronegócios segundo os grupos de cadeias de produção e perfis de agregação de valor, São Paulo, Janeiro a Dezembro, 2005 e 2006
Data de Publicação: 31/12/2006
Autor(es):
José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
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