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Institutos Paulistas Desenvolvem 1.228 Pesquisas Para O Agronegócio Em 2002
Encontram-se em andamento na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, 1.228 pesquisas que são desenvolvidas pelos Institutos Agronômico, Biológico, de Economia Agrícola, de Pesca, de Tecnologia de Alimentos e de Zootecnia. Este número representa 31% a mais do que a quantidade de estudos realizada em 1999/2000, segundo a publicação Ações da Pesquisa Tecnológica para o Agronegócio, que está sendo lançada pela APTA-SAA. Comércio exterior
O programa de aumento da competitividade da agroindústria de exportação (café, citros, cana e agroexportação em geral) responde por 18% do total (217 pesquisas). Em segundo lugar, está o programa de estímulo à expansão de agronegócios especiais (ovinos e caprinos, apicultura, sericicultura, mandioca, plantas aromáticas, medicinais e óleos essenciais, além de pescado, borracha natural e palmito), com 17% (ou 204 projetos).
Outro bem classificado é o programa de incremento da competitividade da produção animal (leite, carne bovina, suínos, aves, etc.), com 16% do total (193 pesquisas). Em quarto lugar, aparece o programa de produção de horticultura de mesa (olerícolas e frutas frescas, flores e plantas ornamentais) com 171 pesquisas (participação de 14%), seguido de grãos e fibras (algodão, feijão, milho, soja, etc.), com 151 estudos (ou 12% do total).
Outro bem situado é o programa de infra-estrutura (maquinaria, química agrícola, embalagens, informações estratégicas, serviços especializados e insumos), com 101 estudos (8% do total). Além disso, são desenvolvidas pesquisas sobre ocupação do espaço rural (85 estudos), políticas públicas e mecanismos de regulação (60) e agronegócio familiar (46).
Os resultados mostram aderência das pesquisas em andamento com a importância econômica relativa dos produtos, segundo o coordenador da APTA José Sidnei Gonçalves. É o caso da agroindústria de exportação, onde cana-de-açúcar e laranja, por exemplo, estão entre os maiores valores de produção do Estado.
Porém, um quarto das pesquisas está associado com atividades não diretamente ligadas às grandes cadeias produtivas do Estado. Isto indica um esforço no sentido de gerar informações e tecnologias direcionadas ao meio ambiente, a políticas governamentais e aos micros e pequenos agricultores, diz Gonçalves.
Outra publicação lançada pela APTA apresenta nova metodologia, criada pelo IEA para classificar produtos in natura e transformados (ou processados), insumos agrícolas e bens de capital (máquinas agrícolas e equipamentos) importados e exportados, tanto no âmbito paulista quanto no nacional.
Em 2001, o agronegócio paulista foi responsável por 30,07% das exportações do Estado e importou apenas 14,33% do total, gerando superávit de 2,65 bilhões de dólares. Além disso, as exportações do agronegócio paulista corresponderam a um quarto das exportações do agronegócio brasileiro, o que demonstra a sua importância econômica e a sua pujança.
A publicação Sistema de importações e exportações dos agronegócios: conceituação e síntese dos resultados, 1997-2001 é um esforço no sentido de organizar as informações de importações e exportações do agronegócio paulista, de acordo com Gonçalves. A classificação dos produtos num sistema organizado permite fornecer subsídios aos usuários públicos e privados, que utilizam informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), para a definição de políticas de comércio exterior.
Atualmente, o IEA gera relatórios trimestrais sobre os agronegócios paulista e brasileiro, utilizando essa metodologia, que são disponibilizados no site da instituição.
Data de Publicação: 01/09/2002
Autor(es): José Venâncio De Resende Consulte outros textos deste autor