O preço médio da terra agrícola de primeira aumentou 28,21%, entre novembro de 2000 e novembro de 2001, no Estado de São Paulo, atingindo R$ 4.740,11 o hectare. É o que mostra levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) em conjunto com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), ambos vinculados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
            Já o preço da terra paulista de segunda teve aumento médio de 30,53% no período de um ano, para R$3.706,29 o hectare. Quanto à terra para pastagem, o preço médio do Estado ficou em R$3.009,88 o hectare (mais 30,15%), enquanto a terra para reflorestamento teve acréscimo de 22,25%, para R$ 2.318,57 o hectare.
            Os preços médios anuais dos diferentes tipos de terra ficaram bem acima do IGP-M (10,84%) e do IPCA (7,61%), assim como das aplicações financeiras (em torno de 12%), devido ao bom desempenho dos preços recebidos pelos agricultores (IPR), cujo índice aumentou 20,19%. 'Como houve ganho nos preços do setor agrícola, o excedente de caixa foi aplicado em terras que, além disso, é um negócio seguro', observa Nelson Martin, diretor do IEA.
            Na região de Barretos, a variação do preço da terra de primeira foi de 82,56%, para R$ 6.634,53 o hectare. O preço médio mais elevado é o da região de Campinas (R$12.021.04), ainda que o aumento tenha ficado em 8,84%. Na região de Ribeirão Preto, o preço subiu 38,58%, para R$7.046,54 o hectare; em Orlândia, chegou a R$6.611,57 (mais 50%); e em Assis, atingiu R$5.204,03/ha (mais 33,89%).
            Campinas tem também o maior preço da terra de segunda (R$9.654,40/ha), embora o aumento tenha sido de apenas 8,90%. Aumentos expressivos ocorreram nas regiões de Barretos (81,60%), para R$ 5.517,74/ha; Presidente Venceslau (69,76%), para R$ 928,51/ha; São José do Rio Preto (64,33%), para R$ 3.720,73/ha; e Sorocaba (56,60%), para R$ 2.424,97 o hectare.
            Quanto à terra para pastagem, Campinas alcançou o maior preço (R$8.809,17/ha), com acréscimo de 9,58%. Nas demais regiões, Sorocaba apresentou majoração de 82,12%, para R$ 2.392,34, seguido de Presidente Venceslau (79,59%), para R$899,17/ha; de Barretos (77,69%), para R$4.442,15/ha; de Marília (mais 61,90%), para R$ 1.842,29/ha; e São José do Rio Preto (61,09%), para R$ 3.314,39/ha.
            Na região de Sorocaba, a evolução do preço da terra para reflorestamento foi de 59,63%, para R$1.892,13/ha. Em Bauru, aumentou 32,41%, para R$ 1.515,15/ha; em Botucatu, 21,81%, para R$ 1.591,92/ha; e em Itapeva, 26,14%, para R$ 1.071,80 o hectare.