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Resultado da Balança Comercial do Agronegócio Paulista de Janeiro de 2006
Em janeiro de 2006, as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$ 2,89 bilhões (31,2% do total nacional), e as importações2 US$ 2,55 bilhões (39,7% do total nacional), registrando-se superávit de US$ 0,34 bilhão. Esse resultado mostra tendência crescente do saldo da balança comercial paulista (gráfico 1). Em relação a janeiro de 2005, o valor das exportações paulistas aumentou 17,0% e o das importações 13,8%. O desempenho paulista de crescimento nas exportações (+17,0%), na comparação entre o primeiro mês de 2006 com o de 2005, foi pouco superior à média brasileira (+24,6%). Nas importações ocorre a mesma tendência, com menor incremento em São Paulo (+13,8%) do que no Brasil (+22,2%). Assim, o percentual de aumento do saldo da balança comercial paulista (+47,8%) foi maior que o da brasileira (+30,3%) (tabela 4).
Gráfico 1- Balança Comercial Estadual, Estado de São Paulo, Janeiro, 2005 e 2006
Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.
O agronegócio paulista também apresentou exportações crescentes (+8,0%), atingindo US$ 0,81 bilhão, enquanto as importações cresceram 6,9%, somando cerca de US$ 0,31 bilhão, com saldo de US$ 0,50 bilhão3, 8,7% maior do que o do primeiro mês de 2005 (gráfico 2),. As aquisições de produtos estrangeiros relacionados ao agronegócio, realizadas por importadores baseados em São Paulo, tiveram aumento de 6,9% enquanto que as importações totais estaduais cresceram 13,8%. Em função disso, há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive o agronegócio – somaram US$ 2,24bilhões para exportações de US$ 2,08 bilhões, gerando um déficit externo, desse agregado, de US$ 0,16 bilhão em janeiro de 2006 permitindo concluir que os superávits do comércio exterior paulista continuam a depender do desempenho do agronegócio estadual.
Gráfico 2- Balança Comercial do Agronegócio, Estado de São Paulo, Janeiro, 2005 e 2006
Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.
A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado diminuiu 2,4 ponto percentual, enquanto a participação das importações decresceu 0,7 ponto percentual (gráfico3), revelando descentralização do comércio exterior brasileiro no mês.
Gráfico 3- Participação do Agronegócio na Exportação e na Importação, Estado de São Paulo, Janeiro, 2005 e 2006
Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,84 bilhões em janeiro de 2006, com exportações de US$ 9,27 bilhões e importações de US$ 6,43 bilhões. Esse superávit, 30,3% maior do que o do mesmo período em 2005, resultou de aumento nas exportações (+24,6%) superior ao das importações (+22,2%) (gráfico 4). Assim, mesmo que com o atual patamar do câmbio, ocorre aumento das exportações superior ao das importações e ampliação do superávit.
Gráfico 4- Balança Comercial Nacional, Brasil, Janeiro, 2005 e 2006
Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.
As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 13,2% em relação ao primeiro mês do ano anterior, atingindo US$ 3,09 bilhões (33,3% do total). Já as importações do setor somaram US$ 0,84 bilhão (13,1% do total). O superávit do agronegócio em janeiro de 2006 foi de US$ 2,25 bilhões4, 15,4% superior ao do mesmo período do ano anterior (gráfico 5). Isso revela perda de importância relativa dos agronegócios no comércio externo brasileiro.
Gráfico 5- Balança Comercial do Agrnegócio, Brasil, Janeiro, 2005 e 2006
Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.
As participações do agronegócio brasileiro nos totais do País diminuíram relativamente tanto em termos de exportação (-3,4 pontos percentuais) como de importações (-1,7 pontos percentuais) (gráfico 6), em decorrência do avanço das transações externas de outros setores e dos efeitos do câmbio que diminuiu a competitividade das commodities agropecuárias.
Gráfico 6- Participação do Agronegócio na Exportação e na Importação, Brasil, Janeiro, 2005 e 2006
Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC
Em relação à economia brasileira, as exportações de São Paulo em janeiro de 2006 representaram 31,2%, cerca de 2,0 pontos percentuais a menos que de janeiro de 2005, enquanto as importações representaram 39,7%, ou 2,9 pontos percentuais a menos que no ano anterior (gráfico 7). Isso confirma a perda de participação relativa paulista no total nacional.
Gráfico 7- Participação do Estado de São Paulo no Brasil, Exportação e Importação, Janeiro, 2005 e 2006
Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.
Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações de São Paulo em janeiro de 2006 representaram 26,2%, cerca de 1,3 pontos percentuais a menos que de janeiro de 2005, enquanto as importações representaram 36,9%, ou 0,3 ponto percentual a menos do que no ano anterior (gráfico 8), também demonstrando dinamismo paulista inferior ao nacional.
Gráfico 8- Participação do Agronegócio Paulista no Agronegócio Brasileiro, Exportação e Importação, Janeiro, 2005 e 2006
Fonte: IEA/APTA/SAA, dados básicos da SECEX/MDIC.
Os agregados da balança comercial do Brasil e de São Paulo, para o total e para o agronegócio, são apresentados nas tabelas 1 a 4.
Tabela 1. - Brasil - Balança Comercial, Janeiro, 2005 e 2006
( US$ bilhão)
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Ano | Exportação | Importação | Saldo | Exportação | Importação | Saldo | Exportação | Importação |
2005 | 7,44 | 5,26 | 2,18 | 2,73 | 0,78 | 1,95 | 36,7 | 14,8 |
2006 | 9,27 | 6,43 | 2,84 | 3,09 | 0,84 | 2,25 | 33,3 | 13,1 |
Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC
Tabela 2. - Estado de São Paulo - Balança Comercial, Janeiro, 2005 e 2006
( US$ bilhão)
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Ano | Exportação | Importação | Saldo | Exportação | Importação | Saldo | Exportação | Importação |
2005 | 2,47 | 2,24 | 0,23 | 0,75 | 0,29 | 0,46 | 30,4 | 12,9 |
2006 | 2,89 | 2,55 | 0,34 | 0,81 | 0,31 | 0,50 | 28,0 | 12,2 |
Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC
Tabela 3. - Participação da Balança Comercial do Estado de São Paulo no Brasileiro, Total e Agronegócio, Janeiro, 2005 e 2006
(%)
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Ano | Exportação | Importação | Exportação | Importação |
2005 | 33,2 | 42,6 | 27,5 | 37,2 |
2006 | 31,2 | 39,7 | 26,2 | 36,9 |
Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC
Tabela 4. - Balança Comercial do Brasil e de São Paulo, Variação Percentual, Janeiro, 2006 / 2005
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Ano | Exportação | Importação | Saldo | Exportação | Importação | Saldo |
Brasil | 24,6 | 22,2 | 30,3 | 13,2 | 7,7 | 15,4 |
São Paulo | 17,0 | 13,8 | 47,8 | 8,0 | 6,9 | 8,7 |
Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC
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1 Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
2 Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
3 Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit do agronegócio paulista foi de US$ 0,53 bilhão.
4 Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit do agronegócio brasileiro foi de US$ 2,43 bilhões.
Veja também a tabela: Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo, Resumo Mensal, 2005 e 2006
Data de Publicação: 28/01/2006
Autor(es):
Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor
José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Sueli Alves Moreira Souza Consulte outros textos deste autor
José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor