O saldo da balança comercial do agronegócio paulista atingiu US$ 1,75 bilhão no primeiro trimestre de 2006, um aumento de 10,1% em relação a igual período do ano passado. Este resultado é fruto de maior crescimento das exportações (+8,9%), que somaram US$ 2,68 bilhões, do que do aumento das importações (6,9%), para cerca de US$ 930 milhões.
            O estudo, elaborado por pesquisadores do IEA, mostra que o total das importações estaduais cresceu 18,5%, para US$ 8,07 bilhões, mais do que o das aquisições de produtos estrangeiros do agronegócio, realizadas a partir de São Paulo. Em função disso, as importações paulistas nos demais setores, sem considerar o agronegócio, somaram US$ 7,14 bilhões, gerando um déficit externo, desse agregado, de US$ 240 milhões no primeiro trimestre do ano. Assim, os superávits do comércio exterior paulista continuam a depender do desempenho do agronegócio estadual.
            As exportações totais do Estado aumentaram 19,9%, para US$ 9,58 bilhões, o que resultou no superávit de US$ 1,51 bilhão. Esse resultado consolida a tendência de superávits consecutivos e crescentes que interromperam a seqüência de déficits observados na balança comercial paulista no passado recente. A corrente de comércio (exportações + importações) de São Paulo somou o montante de US$ 17,650 bilhões, em relação ao fluxo comercial do Brasil de US$ 49,440 bilhões.
            Os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações do agronegócio paulista, no primeiro trimestre de 2006, foram cana e sacarídeas (US$ 660 milhões); bovídeos (US$ 610 milhões); produtos florestais (US$ 360 milhões), frutas (US$ 330 milhões) e bens de capital e insumos (US$ 180 milhões), que juntos perfazem 80,1% das exportações setoriais paulistas.
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