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Sucesso do agronegócio esconde diferenças entre cadeias de produção
Os
saldos comerciais dos agronegócios mais que dobraram no período 1998-2003, para
U$S 23,9 bilhões (acréscimo de 94,86%), após queda entre 1997 e 1998, para US$
10,8 bilhões (-12,3%). Entretanto, esse sucesso, que alavancou as vendas
externas brasileiras, não esconde profundas diferenças de desempenho entre
grupos de cadeias de produção. É o que mostra estudo publicado na edição de
dezembro/2004 da revista Informações Econômicas, cuja versão eletrônica
está disponível neste site.
O
estudo permite caracterizar três grandes padrões de performance dos grupos de
cadeias de produção dos agronegócios, numa realidade favorável, em termos
gerais, às exportações: a) segmentos superavitários, com incrementos de
exportação e dos saldos comerciais, representados por cereais e oleaginosas
(soja), produtos florestais, carnes (bovina e avícola), pescado (que reverteu
o déficit), agronegócios especiais para nichos de mercado e, com
menor incremento, cana (açúcar) e frutas (sucos cítricos); b) segmentos
superavitários, com queda ou redução do crescimento da exportação e dos saldos
comerciais, representados por têxteis, café e fumo; e c) segmentos deficitários,
com déficits comerciais em todo o período, representados por olerícolas
(principalmente batata, cebola e alho), flores e plantas ornamentais (em razão
da importação de matérias-primas para a agroindústria de cosméticos) e os bens
de capital e insumos estratégicos (que são compras fundamentais para a
competitividade setorial).
Outros destaques da revista são os artigos Exportações brasileiras de couro no
período 1996-2003; Desnutrição infantil: distribuição de leite pelo governo
paulista; Mudanças recentes da política agrícola da União Européia; Tipificação
de produtores rurais com área reflorestada; e o novo balanço de oferta e demanda
de milho no Estado de São Paulo.
Clique aqui para ter acesso à
íntegra da revista Informações Econômicas, edição de
dezembro/2004.
Data de Publicação: 03/01/2005
Autor(es): José Venâncio De Resende Consulte outros textos deste autor