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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Janeiro a Setembro de 2024
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- BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO No
acumulado de janeiro a setembro de 2024, as exportações do estado de São Paulo1
somaram US$52,11 bilhões (20,4% do total nacional), e as importações2,
US$56,58 bilhões (28,8% do total nacional), registrando déficit comercial de
US$4,47 bilhões (Figura 1). Em relação ao mesmo período de 2023, houve queda
nas exportações (-0,2%) e aumento nas importações (+4,0%); essa conjunção de
desempenhos resultou no crescimento do déficit (+103,2%) no saldo da balança
comercial paulista. 1.1 - Análise Setorial
do Agronegócio Na análise setorial do agronegócio3,
comparando-se os valores no acumulado de janeiro a setembro de 2024 à igual
período do ano anterior, o setor paulista apresentou aumento nas exportações
(+9,2%), alcançando US$22,69 bilhões, bem como nas importações (+10,4%),
totalizando US$4,24 bilhões; com esses resultados, o saldo da balança comercial
do agro paulista obteve superávit de US$18,45 bilhões, 8,9% superior em relação
aos nove primeiros meses de 2023 (Figura 1). A participação das exportações do
agronegócio paulista no total do estado de janeiro a setembro de 2024
representou 43,5%, enquanto a participação das importações setoriais foi de
7,5% (Figura 1). Há que se destacar que as
exportações paulistas nos demais setores da economia - exclusive o agronegócio
- somaram US$29,42 bilhões, e as importações, US$52,34 bilhões, gerando um
déficit externo desse agregado de US$22,82 bilhões no acumulado de janeiro a
setembro de 2024. Dessa forma, conclui-se que o déficit do comércio exterior
paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo
saldo se manteve positivo (US$18,45 bilhões). Na figura 2 é apresentado o
comportamento mensal das exportações de janeiro a setembro de 2023 e 2024, em
valores e suas respectivas variações. Ao se analisar os resultados obtidos no
mês de setembro de 2024 em comparação com setembro de 2023, observa-se que os
valores das exportações do agro paulista recuaram 3,3%, por conta das menores
vendas dos produtos soja em grão (-57,5% em valores e -47,5% no volume) e do
açúcar em valores (-9,3% em bruto e -12,4% do refinado), porém com aumentos nos
volumes embarcados (5,3% e 1,1%, respectivamente). Em compensação, houve
aumento nos valores para o café verde (+121,6%), produtos de celulose (+15,0%),
carne bovina (+39,0%) e suco de laranja (+27,5%, mesmo com a redução de 22,8%
no volume embarcado). 1.2 - Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos
de Produtos Os
cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista de janeiro a
setembro de 2024 foram: complexo sucroalcooleiro (US$9,15 bilhões, sendo que
desse total o açúcar representou 93,0% e o álcool etílico – etanol, 7,0%),
carnes (US$2,49 bilhões, em que a carne bovina respondeu por 83,9%), produtos
florestais (US$2,35 bilhões, com participações de 54,3% de celulose e 38,0% de
papel), complexo soja (US$2,10 bilhões, dos quais a soja em grão participa com
78,8%) e o grupo de sucos (US$2,00 bilhões, sendo 98,0% referentes a suco de
laranja). Esses cinco agregados representaram 79,7% das vendas externas
setoriais paulistas (Tabela 1). Já o grupo do café,
tradicional cultura do estado de São Paulo, aparece em sexto lugar, com vendas
de US$944,21 milhões (71,4% referentes ao café verde e 24,5% de café solúvel). Ainda de acordo com a tabela 1, nos
nove primeiros meses de 2024, em comparação com igual período de 2023, houve
importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos
da pauta paulista, com aumento para os grupos do café (+38,3%), dos sucos
(+30,2%), complexo sucroalcooleiro (+23,0%), dos florestais (+15,5%) e de
carnes (+9,1%); e queda no grupo complexo soja (-34,9%). Embora se encontre em
11º lugar na lista de exportações, note-se que houve uma variação negativa de
42,6% do grupo Cereais, farinhas e preparações, impactado pela menor exportação
do milho em grão. Essas variações nas receitas do comércio exterior são
derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes
exportados. 1.3 - Exportações dos
Principais Produtos do Agronegócio Paulista Os dados de valor e volume
exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio
paulista no acumulado de janeiro a setembro de 2024, frente ao mesmo período do
ano anterior, são apresentados na tabela 2. Desses
grupos relevantes, o sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação nas
exportações paulistas (40,3%). No total, o grupo subiu 23,0% em valores e 30,5%
em volumes exportados, puxado pelo bom desempenho das vendas externas do açúcar
(+31,5% em valores e +35,2% em volume). Para o álcool (biocombustível), as
exportações apresentaram quedas em volume (-21,9%) e em valores (-33,5%),
quando comparados a janeiro a setembro de 2023. Os destinos das
exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação em
valores dos países, e os resultados apresentam como principais compradores:
Emirados Árabes Unidos (8,4%), China (8,1%), Indonésia (8,0%), Índia (7,7%),
Marrocos (5,2%), Bangladesh (4,8%), Nigéria (4,7%), Egito e Argélia (4,6%,
cada), Arábia Saudita (4,1%), Estados Unidos (3,7%) e demais países (36,1%). Na segunda posição de janeiro a setembro de 2024, aparece o grupo de
carnes com 11,0% de participação na pauta paulista, que apresentou altas em
valores (+9,1%) e em volumes embarcados (+14,5%) em relação ao mesmo período de
2023. A carne bovina, principal produto com 83,9% de contribuição no grupo,
somou aumentos de 12,3% em valores e de 22,0% no volume exportado. Para a carne
de frango, segundo produto com 13,8% de participação no grupo, o desempenho
obtido registrou diminuição das vendas, tanto em valores (-13,2%) quanto em
volumes (-1,2%). A carne suína (0,4% de participação) apresentou resultados
positivos em valores (+105,9%) e na quantidade embarcada (+123,1%). Os principais destinos em participação são China (45,4%),
Estados Unidos (13,0%), União Europeia (6,0%), Hong Kong (4,7%), Filipinas
(4,3%) e Arábia Saudita (2,8%), enquanto os demais países compradores somam
23,8% de participação. O grupo dos produtos florestais ocupa a terceira posição na pauta
paulista com 10,3% de participação, e seu desempenho foi de aumentos em valores
(+15,5%) e na quantidade embarcada (+2,1%) em relação a igual período do ano
anterior. As exportações dos produtos de celulose, principal item do grupo,
apresentou aumento em valores (+21,7%) e queda nos embarques (-3,0%). Já o
papel obteve variações positivas para os valores (+8,8%) e volume (+21,3%). O principal destino em participação de valores exportados
é a China (32,9%), seguida de União Europeia (16,8%), Estados Unidos (9,5%),
Argentina (4,7%), Peru (4,6%), Chile (3,8%) e Colômbia (3,4%); outros países
somam 24,3% de participação. Para o
grupo composto pelo complexo soja (na 4ª
posição e 9,3% de participação), no período analisado apresentou
reduções nos embarques (-20,7%) e em valores (-34,9%), acompanhando o
comportamento da soja em grão, principal produto do grupo, com variação
negativa para valores (-39,0%) e nos volumes (-25,5%). A
China (65,0%) é o principal destino em termos de participação de valores,
seguida da União Europeia (5,9%), Tailândia (5,1%), Indonésia (4,7%), Irã e
Índia (3,6%, cada); os demais importadores somam 12,1%. No grupo de
sucos (5ª posição e 8,8% de representatividade na pauta paulista), o suco de laranja (FCOJ
concentrado e congelado) registrou aumento de 38,7% no valor e redução de 17,2%
no volume exportado. Para o suco NFC (não congelado, valor brix <=20), as
vendas externas ganharam em valores (+29,0%) e queda em volumes (-5,0%). Já os
outros sucos de laranja não fermentados obtiveram alta em valores de 25,8% e
queda de 29,9% em volumes. A variação total das exportações do grupo de sucos
foi positiva em valores (+30,2%), puxados pela valorização dos preços dos sucos
no período analisado (FCOJ 67,4%, NFC 35,8% e outros sucos de laranja não
fermentados 79,4%), uma vez que houve diminuição nos volumes embarcados
(-8,5%). Os maiores compradores desse grupo são União Europeia (53,6%), Estados
Unidos (32,4%), China (5,5%) e Japão (3,9%); os demais compradores têm 4,6% de
participação. Para o
grupo do café, os resultados apontaram crescimentos de 38,3% nos valores e
32,9% no volume das exportações paulistas. O principal produto deste grupo é o
café verde, apresentando bom desempenho com aumentos nas vendas externas de
46,6% em valores e de 40,2% em quantidades exportadas pelo estado. Já o café
solúvel obteve incrementos de 34,6% em valores e 14,7% em volume
comercializado. A União Europeia é o principal destino e
suas compras representam 42,6% do valor exportado. Na sequência aparecem
Estados Unidos (15,8%), Japão (5,6%), Canadá (4,8%), Argentina (3,3%), Coreia
do Sul (3,0%) e Reino Unido (2,7%); os demais países participam com 22,2%. 1.4 - Destinos das Exportações do Agronegócio Paulista Em relação aos destinos das exportações do agronegócio
paulista no acumulado de janeiro a setembro de 2024, a China é o principal
destino das exportações do estado de São Paulo, com US$4,58 bilhões e detém 20,2% de participação no total
do agro paulista, contudo registrou variação
negativa de 15,1% em relação ao valor do mesmo período de 2023, por conta das
reduções das compras de soja pelos chineses e do preço médio do grão no mercado
internacional. Na segunda posição aparece a União Europeia (US$2,84 bilhões,
12,5% de participação e crescimento de 14,2% no período analisado), seguido
pelos Estados Unidos (US$2,36 bilhões, participação de 10,4% e variação
positiva 14,6%). Na sequência, completando os 10 principais destinos em
termos de participação, aparecem Indonésia (3,9%), Emirados Árabes Unidos
(3,8%), Índia (3,7%), Bangladesh e Arábia Saudita (2,2%, cada), Argélia e Egito
(2,1%, cada). A tabela 3 apresenta os 20 principais destinos das exportações
paulistas em 2024, que somados representam 77,8% do total, e as respectivas
pautas (em %) por grupos de produtos. Ainda de acordo com a tabela 3, observa-se uma
diferenciação na composição das pautas dos principais parceiros comerciais do
agronegócio paulista. A China importou principalmente produtos dos grupos
complexo soja (29,9%), carnes (24,7%), produtos florestais (16,8%) e
sucroalcooleiro (16,1%), enquanto na União Europeia, entre os principais
produtos da pauta de importações paulista, predominam os produtos do grupo de
sucos (37,7%, basicamente suco de laranja) e destaques para café (14,1%) e
produtos florestais (13,9%). Já os Estados Unidos apresentam pauta mais
diversificada, composta principalmente pelos sucos (27,4%), sucroalcooleiro
(14,1%), grupo das carnes (13,7%), produtos florestais (9,4%), café (6,3%) e os
demais grupos (28,9%). Na sequência, do 4º ao 15º principais países destinos,
apresentam elevada concentração de suas importações no complexo
sucroalcooleiro, acima de 70% de representatividade. O Canadá, que se encontra
na 17º posição na lista de destinos, participou no período analisado com 16%
das exportações do café paulista. 1.5 - Importações do Agronegócio
Paulista Os
principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista no acumulado
de janeiro a setembro de 2024 foram: salmões (US$343,08 milhões), papel
(US$300,92 milhões), trigo (US$248,71 milhões), produtos têxteis de algodão
(US$165,57 milhões), leite em pó (US$160,82 milhões), outras rações para
animais domésticos (US$158,37 milhões), demais peixes (US$144,33 milhões) e
arroz (US$139,86 milhões). Observou-se
queda das importações de azeite de oliva devido à quebra de produção nos países
produtores, o que levou a acentuado alto dos preços de importação e ao mercado
consumidor. A figura 3 apresenta os dez principais produtos que representam
44,3% (US$1,88 bilhão) do total importado (US$4,24 bilhões). 2 - BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL A balança
comercial brasileira registrou superávit de US59,12 bilhões no acumulado de
janeiro a setembro de 2024, com exportações de US$255,46 bilhões e importações
de US$196,34 bilhões. Esse resultado apresenta
queda de 17,4% no saldo da balança em relação a igual período de 2023, quando
alcançou um superávit de US$71,61 bilhões (Figura 4). 2.2 - Análise
Setorial do Agronegócio Na análise
setorial, as exportações do agronegócio brasileiro nos nove primeiros meses de
2024 apresentaram redução de 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior
(Figura 4), alcançando o valor de US$125,89 bilhões (49,3% do total nacional).
As importações subiram 15,9% no período, registrando US$14,47 bilhões (7,4% do
total nacional). O saldo da balança comercial dos
agronegócios registrou superávit de US$111,42 bilhões no acumulado de janeiro a
setembro de 2024, sendo -2,0% inferior na comparação com igual período de 2023
(Figura 4). Portanto, o comércio exterior
brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez
que os demais setores da economia, com exportações de US$129,57 bilhões e
importações de US$181,87 bilhões, produziram um déficit de US$52,30 bilhões no
acumulado até setembro de 2024. 2.2 – Exportações do Agronegócio Brasileiro por Grupos de Produtos Os cinco principais grupos nas
exportações do agronegócio brasileiro no acumulado de janeiro a setembro de
2024 foram: complexo soja (US$47,32 bilhões, tendo a soja em grão 82,3% de
participação e farelo de soja, 15,5%), carnes (US$18,87 bilhões, com as carnes
bovina, de frango e suína representando desse total, respectivamente, 48,5%,
37,9% e 11,3%), grupo sucroalcooleiro (US$14,76 bilhões, sendo que desse total
o açúcar representou 94,3% e o álcool etílico – etanol, 5,6%), produtos
florestais (US$12,82 bilhões, com participações de 60,9% de celulose e 24,1% de
madeira) e café (US$8,36 bilhões com participação de 91,6% do café verde e 7,6%
do café solúvel). Esses cinco grupos agregados representaram 81,1% das vendas
externas setoriais brasileiras (Tabela 4). Ainda conforme
a tabela 4, na comparação com o valor acumulado dos nove primeiros meses de
2023, houve importantes variações nos valores exportados dos principais grupos
de produtos do agronegócio brasileiro, com destaque positivo para os grupos
café (+49,5%), complexo sucroalcooleiro (+29,0%), florestais (+17,8%) e carnes
(+7,0%), enquanto o grupo complexo soja (-16,3%) apresentou redução. Essas
variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das
oscilações tanto de preços como de volumes exportados. 2.3 - Exportações
dos Principais Produtos do Agronegócio Brasileiro A
tabela 5 apresenta os dados de valor e volume exportados dos principais
produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio brasileiro e suas
respectivas variações nos meses de janeiro a setembro de 2024, em relação igual
período de 2023. Desses grupos relevantes, o grupo complexo
soja é o que apresenta a maior participação em valores nas exportações do agro
brasileiro (37,6%). No acumulado até setembro/24, o grupo reduziu -16,3% em
valores e aumentou 1,5% em volumes exportados. O desempenho da soja em grão
impactou nesse resultado, com perdas de -14,5% nos valores e incremento de 2,6%
nas quantidades exportadas. Para o óleo de soja, os embarques apresentaram
quedas em receitas de -54,5% e de -48,3% nos embarques, enquanto o farelo de soja teve redução de -16,0% em valores e elevação
de 1,5% em volume. A China
representa 60,5% das compras em valores desse grupo, seguida por União Europeia
(12,4%), Tailândia (4,4%) e Irã (2,9%); os demais países importadores somam
19,8%. O grupo
de carnes aparece na segunda posição na pauta brasileira (15,0% de
participação), apresentando ganhos de 7,0% em valores e 8,2% em volume em
relação ao período de janeiro a setembro de 2023. A
carne bovina teve aumentos em valores (+19,9%) e no volume exportado (+27,8%).
Para a carne de frango, foram registradas redução em valores (-3,9%) e leve
aumento nos embarques (+0,7%), e para carne suína, estabilidade em valores
(0,0%) e crescimento na quantidade (+6,0%). Neste grupo, a China se destacou
como principal destino, com 28,8% das compras de carnes; na sequência aparecem
Emirados Árabes Unidos (7,0%), Estados Unidos (4,8%), Japão e União Europeia
(4,7%, cada), Arábia Saudita (4,4%), Filipinas e Chile (4,0%, cada) e Hong Kong
(3,7%); os demais países somam 33,9% de participação. Na
terceira posição, com 11,7% de participação, destaca-se o grupo
sucroalcooleiro, que entre janeiro e setembro de 2024 apresentou aumentos de
29,0% em valores e 31,9% em volumes exportados, devido ao crescimento das
vendas externas do açúcar (+36,0% em valores e +35,3% em volume). Para o álcool
(biocombustível), as vendas externas tiveram quedas de -17,6% nos embarques e
de -30,3% em valores, quando comparados ao mesmo período do ano anterior. Assim
como no estado de São Paulo, os destinos das exportações desse grupo são bem diversificados
em termos de participação dos países. Os resultados apontam sequência composta
por Indonésia (8,3%), China (7,7%), Índia (7,6%), Emirados Árabes Unidos
(6,8%), Argélia (5,6%), Egito (5,2%), Marrocos e Estados Unidos (4,3%, cada),
Nigéria (3,8%) e os demais países importadores somam 46,4% de participação. O grupo
de produtos florestais (4ª posição e 10,2% de participação), no período
analisado registrou aumentos para valores (+17,8%) e no volume exportado
(+1,9%). As variações de valores e volume foram de, respectivamente, +29,6% e
+1,0% para a celulose (principal item do grupo), +1,5% e +0,2% para a madeira,
e +5,9% e +15,6% para o papel. Os principais
países importadores deste grupo são China
(26,0%), Estados Unidos (21,7%), União Europeia (20,5%), México (3,4%) e
Argentina (2,6%); os demais países participam com 25,8%. O grupo do café (5ª posição e 6,6% de participação)
apresentou aumentos em valores (+49,5%) e em quantidade (+42,2%),
puxado pelo café verde, principal produto do grupo, com variações positivas de
53,0% em valores, e 44,2% em quantidades exportadas pelo país. Quanto às
participações dos países destinos das exportações em valores, a União Europeia
representa 47,1% desse grupo, seguida por Estados Unidos com 15,9%, Japão
(5,0%), Turquia (2,8%) e Reino Unido (2,6%); os demais países somam 26,6% de
participação. 2.4 - Destinos
das Exportações do Agronegócio Brasileiro Em relação
aos destinos das exportações do agronegócio brasileiro no acumulado de janeiro
a setembro de 2024, a China (US$41,43 bilhões, 32,9% de participação e variação
negativa de 10,4% em relação ao ano anterior) é o principal destino das
exportações do Brasil, seguida da União Europeia (US$17,44 bilhões, 13,8% de
participação em 2024 e variação positiva de 4,7%) e dos Estados Unidos (US$8,50
bilhões, participação de 6,8% e crescimento de 18,4%). A tabela 6 apresenta os
20 principais destinos das exportações brasileiras até setembro/24, que somados
representam 82,5% do total, e as respectivas pautas (em %) por grupos de
produtos. A China importou principalmente produtos do complexo soja (69,1%), carnes
(13,1%) e produtos florestais (8,1%), enquanto a União Europeia entre os
principais produtos da pauta de importações, predominam os setores de grupo
complexo soja (33,6%) e, destaques para café (22,2%) e os produtos florestais
(15,0%). Já os Estados Unidos apresentam em sua pauta principalmente os grupos
produtos florestais (32,7%), café (15,6%), carnes (10,7%), sucroalcooleiro
(7,4%) e os demais grupos (32,0%). 2.5 - Importações
do Agronegócio Brasileiro Os principais produtos da pauta de
importação do agronegócio brasileiro no acumulado de janeiro a setembro de 2024
foram: trigo (US$1,28 bilhão, contabilizando 5,15 milhões de toneladas, 61,9%
superior ao volume importado em relação ao mesmo período de 2023), papel
(US$728,73 milhões), salmões (US$671,08 milhões), azeite de oliva (US$639,81
milhões), arroz (US$559,57 milhões, com importação de 894,43 mil toneladas,
9,2% maior em relação ao mesmo período de 2023), produtos têxteis de algodão
(US$ 523,28 milhões) e malte (US$517,00 milhões). A figura 5 apresenta os dez
principais produtos que representam 43,1% (US$6,24 bilhões) do total importado
(US$14,47 bilhões). 3 - PARTICIPAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO BRASIL A participação
paulista no total da balança comercial brasileira (todos os setores da
economia) apresentou queda entre os meses de janeiro a setembro de 2024. As
exportações caíram 0,2 ponto percentual, e as importações, 1,1p.p., apontando
valores de 20,4% nas exportações e de 28,8% de representatividade para as
importações (Figura 6). Figura 6 - Participações da balança
comercial paulista no total do Brasil e do agronegócio paulista no brasileiro, janeiro
a setembro de 2023 e 2024. Fonte:
Elaborada pelos autores a partir de dados do MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO,
INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS. Sistema
ComexStat. Brasília: MDIC, 2024. Disponível em: http://comexstat.mdic.gov.br.
Acesso em: out. 2024; organizado conforme a classificação dos grupos de
produtos dos agronegócios do MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA. Agrostat. Brasília: MAPA, 2024.
Disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGROSTAT.html. Acesso
em: out. 2024. Para o agronegócio, as exportações
setoriais de São Paulo de janeiro a setembro de 2024 representaram 18,0% do
agronegócio brasileiro, alta de 1,5 p.p. comparados ao mesmo período do ano
anterior, enquanto as importações recuaram em 1,4 p.p. fechando em 29,3%
(Figura 6). Em relação aos principais estados
exportadores em valores, São Paulo aparece na primeira posição com 18,0% de
participação, o estado de Mato Grosso (17,3%) aparece na segunda posição. Em
terceiro lugar está o estado do Paraná (11,5%), seguido por Minas Gerais
(10,1%), Rio Grande do Sul (8,7%) e Goiás (6,6%) (Figura 7). Esses seis estados
somados representam 72,2% das exportações totais do agro brasileiro no
acumulado até setembro de 2024. A participação dos grupos do agronegócio
paulista no agronegócio nacional de janeiro a setembro de 2024 se destacou nos
seguintes grupos de produtos, cuja participação em valores ultrapassa 50% do
total nacional: sucos (85,9%), produtos alimentícios diversos (74,0%), Plantas
vivas e produtos de floricultura (66,0%), complexo sucroalcooleiro (62,0%) e
demais produtos de origem vegetal (61,9%) (Tabela 7). 1Estado produtor
(unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de
exportação, é a unidade da Federação onde foram cultivados os produtos
agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente.
Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última
fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final. 2Estado importador
(unidade da Federação importadora) é definido como a unidade da Federação do
domicílio fiscal do importador. 3Os grupos de
produtos dos agronegócios podem ser vistos na opção Tabela de Agrupamentos em
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA
E ABASTECIMENTO. Agrostat. Brasília:
MAPA, 2024. Disponível em:
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGROSTAT.html. Acesso em: out. 2024. Palavras-chave:
agronegócio, balança comercial, exportações,
importações, comércio exterior, grupo de produtos, superávit, saldo. COMO
CITAR ESTE ARTIGO OLIVEIRA,
M. D. M.; GHOBRIL, C. N.; ANGELO, J. A. Balança Comercial dos Agronegócios
Paulista e Brasileiro, Janeiro a Setembro de 2024. Análises e Indicadores do
Agronegócio, São Paulo, v. 19, n. 10, p. 1-19, out. 2024. Disponível em: colocar o link do artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa.
Data de Publicação: 24/10/2024
Autor(es):
Marli Dias Mascarenhas Oliveira (marlimascarenhasoliveira@gmail.com) Consulte outros textos deste autor
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