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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Primeiro Trimestre de 2024
1 - BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO No
primeiro trimestre de 2024, as exportações do estado de São Paulo1
somaram US$15,81 bilhões (20,2% do total nacional), e as importações2,
US$17,51 bilhões (29,6% do total nacional), registrando déficit comercial de US$1,70 bilhão (Figura 1). Em relação ao
mesmo período de 2023, houve aumentos nas exportações (+0,7%) e queda nas
importações (-2,8%); essa conjunção de desempenhos resultou na redução do déficit
(-26,7%) no saldo da balança comercial paulista. 1.1 - Análise
Setorial do Agronegócio Na análise setorial do
agronegócio3, comparando-se o primeiro trimestre de 2024 a igual
período do ano anterior, o setor paulista apresentou aumentos nas exportações
(+17,8%), alcançando US$6,81 bilhões, e igualando as importações (+0,0%),
totalizando US$1,37 bilhão; com esses resultados, o saldo da balança comercial
obteve um superávit de US$5,44 bilhões, 23,4% superior em relação ao primeiro
trimestre de 2023 (Figura 1). A
participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado no
primeiro trimestre de 2024 foi de 43,1%, enquanto a participação das
importações setoriais foi de 7,8% (Figura 1). Há que se destacar que as exportações paulistas nos
demais setores da economia - exclusive o agronegócio - somaram US$9,00 bilhões,
e as importações, US$16,14 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado
de US$7,14 bilhões nos três primeiros meses de 2024. Dessa forma, conclui-se
que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao
desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo (US$5,44
bilhões). 1.2 -
Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos Os cinco principais grupos nas
exportações do agronegócio paulista no primeiro trimestre de 2024 foram:
complexo sucroalcooleiro (US$2,76 bilhões, sendo que desse total o açúcar
representou 94,1% e o álcool etílico – etanol, 5,9%), carnes (US$710,99 milhões,
em que a carne bovina respondeu por 84,0%), produtos florestais (US$707,73
milhões, com participações de 52,8% de celulose e 40,6% de papel), grupo de
sucos (US$611,92 milhões, sendo 97,7% referentes a suco de laranja), e complexo
soja (US$522,51 milhões, dos quais a soja em grão participa com 86,1%). Esses
cinco agregados representaram 78,1% das vendas externas setoriais paulistas (Tabela
1). Já
o grupo do café, tradicional cultura do estado de São Paulo, aparece em sexto
lugar, com vendas de US$278,49 milhões (74,0% referentes ao café verde e 23,4%
de café solúvel). No
período analisado, o destaque foi o grupo de fibras e produtos têxteis, cujas
exportações cresceram 1.474,9%, tendo como o principal produto o algodão não
cardado e nem penteado, com representatividade de 95,3% no grupo. Ele registrou
aumento no volume exportado, passando de 221,8 toneladas nos três primeiros
meses de 2023, para 102,5 mil toneladas em 2024, com embarques
predominantemente para a China, que respondeu por 82,5% das compras, por conta
de seu baixo estoque. Ainda de acordo com a tabela 1, no primeiro trimestre
de 2024 na comparação igual período de 2023, houve importantes variações nos
valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta paulista, com
aumentos para os grupos complexo sucroalcooleiro (+65,2%), dos sucos (+14,2%),
do café (+13,9%) e florestais (+8,4%), e queda nos grupos complexo soja
(-41,0%) e de carnes (-3,0%). Essas variações nas receitas do comércio exterior
são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes
exportados. 1.3 - Exportações dos Principais Produtos do
Agronegócio Paulista Os dados de valor e volume
exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio
paulista no primeiro trimestre de 2024, frente ao mesmo período do ano anterior,
são apresentados na tabela 2. Desses grupos relevantes, o sucroalcooleiro é o que
apresenta a maior participação nas exportações paulistas (40,6%). No total, o
grupo subiu 65,2% em valores e 53,6% em volumes exportados, acompanhando o bom
desempenho das vendas externas do açúcar (+92,4% em valores e +64,2% em
volume). Para o álcool, os embarques apresentaram variações negativas de 35,4%
em volume e de 49,0% em valores, quando comparados com os do primeiro trimestre
de 2023. Os destinos das
exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação em
valores dos países, e os resultados apresentam como principais compradores:
Índia (10,4%, segundo maior produtor de açúcar, atrás do Brasil; passou a primeiro importador pela quebra de sua
safra), Emirados Árabes Unidos (8,6%), Indonésia
(8,0%), Bangladesh (6,8%), Marrocos (6,3%), Nigéria (5,9%), Iraque (5,3%),
Argélia (4,7%) China (3,9%), Arábia Saudita (3,5%), Malásia (3,3%) e demais
países (33,3%). Na segunda posição no primeiro
trimestre de 2024, o grupo de carnes apresenta perda em valores (-3,0%) e
aumento em volumes embarcados (+3,2%) em relação ao mesmo período de 2023. A
carne bovina, principal produto com 84,0% de contribuição no grupo, registrou
aumentos de 1,5% em valores e de 10,9% no volume exportado. Para a carne de
frango, segundo produto com 14,1% de participação no grupo, o desempenho obtido
mostrou diminuição das vendas, tanto em valores (-26,4%) quanto em volumes
(-10,2%). A carne suína (0,1% de participação) apresentou resultados negativos
em valores (-35,4%) e na quantidade embarcada (-38,1%). Os principais
destinos em participação são China (46,0%), Estados Unidos (13,3%), União
Europeia (5,8%), Hong Kong (4,7%), Arábia Saudita (3,1%) e Filipinas (2,9%),
enquanto os demais países compradores somam 24,2% de participação. O grupo dos produtos florestais
aparece na terceira posição na pauta paulista, e seu desempenho nos primeiros
três meses de 2024 foi de aumentos em valores (+8,4%) e na quantidade embarcada
(+3,8%) em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. As exportações dos
produtos de celulose, principal item do grupo, apresentaram aumento nos valores
(+5,4%) e diminuições nos embarques (-3,1%). Já o papel obteve variações
positivas para os valores (+17,3%) e volume (+47,6%). O principal destino
em participação de valores exportados é a China (34,1%), seguida de União
Europeia (15,5%), Estados Unidos (8,3%), Argentina (4,9%), Peru (4,2%) e Chile
(3,9%). Outros países somam 29,1% de participação. O suco de laranja (FCOJ
concentrado e congelado) registrou aumento de 13,8% O grupo composto pelo complexo soja apresentou
reduções no primeiro trimestre de 2024, com queda nos embarques (-23,4%) e em
valores (-41,0%), acompanhado pelo comportamento da soja em grão, principal
produto do grupo, com variação negativa para valores (-40,7%) e nos volumes
(-23,0%). A China (71,4%)
é o principal destino em termos de participação de valores, seguida da
Tailândia (6,1%), União Europeia (5,0%) e Indonésia (4,0%); os demais
importadores somam 13,5%. Para o grupo do café, os resultados apontaram
crescimentos de 13,9% nos valores e 20,4% no volume das exportações paulistas.
O principal produto deste grupo é o café verde, com bom desempenho, apresentando
aumentos nas vendas externas de 21,6% em valores e de 26,9% em quantidades
exportadas pelo estado. Já o café solúvel obteve incrementos de 7,3% em valores
e de 0,8% em volume comercializado. A União Europeia é o principal destino e suas compras representam
41,2% do valor exportado. Na sequência aparecem Estados Unidos (18,3%), Japão
(7,3%), Canadá (4,3%), Reino Unido (3,1%) e China (3,0%); os demais países
participam com 22,8%. 1.4 -
Destinos das Exportações do Agronegócio Paulista Em relação aos destinos das exportações do agronegócio
paulista no primeiro trimestre de 2024, a China é o principal destino das
exportações do estado de São Paulo com US$1,32 bilhão, detendo 19,4% de
participação no total do agro paulista. Contudo,
registrou variação negativa de 7,0% em relação ao valor do primeiro trimestre
de 2023, por conta da redução das compras de soja pelos chineses.
Na segunda posição aparece a União Europeia (US$762,26 milhões, 11,2% de
participação e variação negativa de 14,7% no período analisado), seguida de
Estados Unidos (US$750,49 milhões, participação de 11,0% e variação positiva
18,7%). Na
sequência, completando os dez principais destinos em termos de participação,
aparecem Índia (4,6%), Emirados Árabes Unidos (3,8%), Indonésia (3,7%),
Bangladesh (3,1%), Marrocos (2,6%), Nigéria (2,4%) e Iraque (2,2%). A tabela 3
apresenta os 20 principais destinos das exportações paulistas em 2024, que somados
representam 79,0% do total, e as respectivas pautas (em %) por grupos de
produtos. Ainda de acordo com a tabela 3, observa-se uma diferenciação na
composição das pautas dos principais parceiros comerciais do agronegócio
paulista. A China importou principalmente produtos dos grupos complexo soja
(28,3%), carnes (24,8%), produtos florestais (18,3%) e sucroalcooleiro (8,2%),
enquanto na União Europeia, entre os principais produtos da pauta de
importações paulista, predominam os produtos do grupo de sucos (37,8%,
basicamente suco de laranja), com destaques ainda para café (15,0%) e produtos
florestais (14,4%). Já os Estados Unidos apresentam pauta mais diversificada,
composta principalmente por sucos (30,4%), carnes (12,6%), grupo sucroalcooleiro
(8,9%), produtos florestais (7,8%), café (6,8%) e os demais grupos (33,5%). Na
sequência da tabela, os países que ocupam da 4ª a 20ª posição têm elevada
concentração de suas importações no complexo sucroalcooleiro (com exceção de
Chile e Argentina), muitos inclusive com representatividade acima de 80%. 1.5 - Importações do Agronegócio
Paulista Os principais produtos da pauta de importação do
agronegócio paulista no primeiro trimestre de 2024 foram: salmões (US$122,02
milhões), papel (US$94,74 milhões), demais peixes (US$74,81 milhões) e trigo (US$70,59
milhões). A figura 2 apresenta os dez principais produtos que representam 46,6%
(US$637,71 milhões) do total importado (US$1,37 bilhão). 2 - BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL A balança comercial brasileira registrou superávit
de US$19,08 bilhões no primeiro trimestre de 2024, com exportações de US$78,27
bilhões e importações de US$59,19 bilhões. Esse resultado apresenta aumento de 22,2% no
superávit em relação ao primeiro trimestre de 2023, quando alcançou US$15,61
bilhões (Figura 3). 2.1 - Análise
Setorial do Agronegócio Na análise setorial, as exportações do agronegócio
brasileiro no primeiro trimestre de 2024 apresentaram aumentos de 4,4% em
relação ao mesmo período do ano anterior (Figura 3), alcançando o valor de
US$37,44 bilhões (47,8% do total nacional). As importações subiram 3,8% no
período, registrando US$4,64 bilhões (7,8% do total nacional). O saldo da balança comercial dos agronegócios registrou
superávit de US$32,80 bilhões no acumulado até março de 2024, sendo 4,5%
superior na comparação com igual período de 2023 (Figura 3). Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi
deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores
da economia, com exportações de US$40,83 bilhões e importações de US$54,55
bilhões, produziram um déficit de US$13,72 bilhões no primeiro trimestre de
2024. 2.2 - Exportações
do Agronegócio Brasileiro por Grupos de Produtos Os cinco principais grupos nas exportações do
agronegócio brasileiro no primeiro trimestre de 2024 foram: complexo soja
(US$12,4 bilhões, tendo a soja em grão 78,5% de participação e farelo de soja, 19,6%),
carnes (US$5,45 bilhões, com as carnes bovina, de frango e suína representando
desse total, respectivamente, 48,3%, 38,6% e 10,8%), grupo sucroalcooleiro
(US$5,13 bilhões, sendo que desse total o açúcar representou 93,0% e o álcool
etílico – etanol, 6,9%), produtos florestais (US$3,84 bilhões, com
participações de 58,2% de celulose e 26,2% de madeira) e café (US$2,42 bilhões
com participação de 92,0% do café verde e 7,4% do café solúvel). Esses cinco
grupos agregados representaram 78,3% das vendas externas setoriais brasileiras
(Tabela 4). Destaque para o grupo de fibras e têxteis que, no período analisado,
apresentou aumento de 177,5% em valores, acompanhando o bom desempenho das
exportações paulistas, porém, com menor intensidade. Ainda conforme a tabela 4, na comparação com o
primeiro trimestre de 2024, houve importantes variações nos valores exportados
dos principais grupos de produtos do agronegócio brasileiro, com destaque
positivo para os grupos complexo sucroalcooleiro (+92,4%), café (+30,7%),
florestais (+0,6%), enquanto os grupos complexo soja (-10,7%) e de carnes
(-1,3%) apresentaram reduções. Essas variações nas receitas do comércio
exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de
volumes exportados. 2.3 - Exportações dos Principais Produtos do
Agronegócio Brasileiro A
tabela 5 apresenta os dados de valor e volume exportados dos principais
produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio brasileiro e suas
respectivas variações do primeiro trimestre de 2024, em relação igual período
de 2023. Desses grupos relevantes, o
grupo complexo soja é o que
apresenta a maior participação em valores nas exportações brasileiras (33,2%).
No acumulado até março de 2024, o grupo reduziu 10,7% em valores e aumentou
13,4% em volumes exportados. O desempenho da soja em grão impactou nesse
resultado, com perdas de 8,4% nos valores e crescimento de 15,7% nas
quantidades exportadas. Para o óleo de soja, os embarques apresentaram quedas
em receitas de 70,8% e de 62,9% nos embarques, enquanto
o farelo de soja teve variação negativa de 1,2% em valores e positiva de 14,9%
em volume. A China representa
56,8% das compras em valores desse grupo, seguida por União Europeia (13,2%),
Tailândia (5,3%), Indonésia (3,7%), Irã (2,7%), Turquia (2,6%) e Vietnã (2,2%);
os demais países importadores somam 13,5%. O grupo de carnes aparece na segunda posição na
pauta brasileira (14,6% de participação), apresentando queda de 1,3% em valores
e ganhos de 1,6% em volume em relação ao primeiro trimestre de 2023. A carne bovina teve aumentos em valores
(+18,5%) e no volume exportado (+25,9%). Para a carne de frango, houve redução
em valores (-16,8%) e nos embarques (-7,4%), e para carne suína, perdas em
valores (-8,5%) e aumento na quantidade (+2,0%). Neste grupo, a China se
destacou como principal destino, com 29,7% das compras de carnes; na sequência
aparecem Emirados Árabes Unidos (7,9%), Arábia Saudita e Estados Unidos (5,1%,
cada um), Japão (4,9%), União Europeia (4,7%), Hong Kong e Chile (3,7%, cada
um); os demais países somam 35,2% de participação. Na terceira posição, com 13,7% de participação,
aparece o grupo sucroalcooleiro, que no primeiro trimestre de 2024 apresentou
expressivos aumentos de 92,4% em valores e 72,3% em volumes exportados, devido
ao crescimento das vendas externas do açúcar (+111,9% em valores e +78,1% em
volume). Para o álcool (biocombustível), os embarques apresentaram elevações de
10,5% em volume e perdas de 13,7% em valores, quando comparados ao mesmo
período do ano anterior. Assim
como no estado de São Paulo, os destinos das exportações desse grupo são bem
diversificados em termos de participação dos países. Os resultados apontam
sequência composta por Índia (11,3%), Indonésia e Emirados Árabes Unidos (8,2%
cada um), Argélia (5,3%), Marrocos (5,1%), Bangladesh (4,8%), Nigéria (4,7%),
Arábia Saudita (3,8%), Estados Unidos (3,7%), Iraque (3,5%) e Irã (3,3%); os
demais países importadores somam 38,1% de participação. O grupo de produtos florestais ocupa a 4ª posição
registrou aumentos para valores (+0,6%) e no volume exportado (+0,6%). As
variações de valores e volume foram de, respectivamente, -0,9% e -2,2% para a
celulose (principal item do grupo), +1,5% e +1,6% para a madeira, e +5,1% e
+24,2% para o papel. Os principais países importadores deste grupo são China
(26,6%), Estados Unidos (22,7%), União Europeia (19,9%), México (3,5%) e
Argentina (2,8%) e Reino Unido (2,0%); os demais países participam com 22,5%. O grupo do café apresentou aumentos em valores (+30,7%) e em
quantidade (+40,3%), puxado pelo café verde, principal produto do
grupo, com variações positivas de 33,7% em valores, e 42,4% em quantidades
exportadas pelo país. Quanto às participações dos países destinos das
exportações em valores, a União Europeia representa 43,9% desse grupo, seguida
por Estados Unidos com 19,0%, Japão (5,5%) e China (3,4%); os demais países
somam 28,2% de participação. 2.4 - Destinos
das Exportações do Agronegócio Brasileiro
Em relação ao destino das exportações do agronegócio brasileiro no
primeiro trimestre de 2024, a China é o principal delas (US$11,62 bilhões,
31,0% de participação e variação positiva de 0,2% em relação ao ano anterior),
seguida da União Europeia (US$4,78 bilhões, 12,8% de participação em 2024 e
variação negativa de 8,0%) e dos Estados Unidos (US$2,79 bilhões, participação
de 7,4% e variação positiva de 20,7%). A tabela 6 apresenta os 20 principais
destinos das exportações brasileiras no primeiro trimestre de 2024, que somados
representam 81,9% do total, e as respectivas pautas (em %) por grupos de
produtos. A China importou principalmente produtos do complexo soja (60,8%), carnes
(13,9%) e produtos florestais (8,8%), enquanto na União Europeia, entre os
principais produtos da pauta de importações, predominam os produtos do grupo
complexo soja (34,3%), com destaques para café (22,2%) e produtos florestais
(16,0%). Já os Estados Unidos apresentam em sua pauta principalmente os grupos
produtos florestais (31,4%), café (16,6%), carnes (9,9%) e demais grupos
(32,9%). 2.5 -
Importações do Agronegócio Brasileiro Os
principais produtos da pauta de importação do agronegócio brasileiro no
primeiro trimestre de 2024 foram: trigo (US$407,03 milhões, contabilizando
1,656 milhão de toneladas, 42,7% superior ao volume importado em relação ao
mesmo período de 2023), salmões (US$245,53 milhões), papel (US$223,39 milhões),
azeite de oliva (US$206,24 milhões), arroz (US$195,85 milhões e 328,53 mil
toneladas) e malte (US$178,06 milhões). A figura 4 apresenta os dez principais
produtos que representam 44,8% (US$2,08 bilhões) do total importado (US$4,64
bilhões). 3 - PARTICIPAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO BRASIL A participação paulista
no total da balança comercial brasileira (todos os setores da economia)
apresentou queda no primeiro trimestre de 2024. As exportações caíram 0,5 ponto
percentual, e as importações, 0,3 p.p., apontando valores de 20,2% nas
exportações e de 29,6% de representatividade para as importações (Figura 5). Para o agronegócio, as exportações setoriais de São
Paulo no primeiro trimestre de 2024 representaram 18,2% do agronegócio
brasileiro, alta de 2,1 p.p. comparado ao mesmo período do ano anterior, enquanto
as importações ficaram menores em 1,1 p.p. fechando em 29,5% (Figura 5). Em relação aos principais estados exportadores, São
Paulo aparece na primeira posição com 18,2% de participação, seguido por Mato
Grosso (18,1%), Paraná (11,6%), Minas Gerais (9,2%) e Rio Grande do Sul (7,7%).
Esses cinco estados somados representam 64,8% das exportações totais do agro
brasileiro no primeiro trimestre de 2024. A participação dos grupos do agronegócio
paulista no agronegócio nacional nos primeiros três meses de 2024 se destacou
nos seguintes grupos de produtos, cuja participação em valores ultrapassa 50%
do total nacional: sucos (85,3%), produtos alimentícios diversos (73,2%),
demais produtos de origem vegetal (64,6%) e complexo sucroalcooleiro (53,9%)
(Tabela 7). 1Estado produtor (unidade
da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação,
é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos
os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste
último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do
processo de fabricação para que o produto adote sua forma final. 2Estado importador
(unidade da Federação importadora) é definido como a unidade da Federação do
domicílio fiscal do importador. 3Os grupos de
produtos dos agronegócios podem ser vistos na opção Tabela de Agrupamentos em
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA
E ABASTECIMENTO. Agrostat. Brasília:
MAPA, 2023. Disponível em:
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGROSTAT.html. Acesso em: abr. 2023. Palavras-chave:
agronegócio, balança comercial, exportações, importações,
comércio exterior, grupo de produtos, superávit, saldo. COMO CITAR ESTE ARTIGO GHOBRIL,
C. N.; OLIVEIRA, M. D. M.; ANGELO, J. A. Balança Comercial dos Agronegócios
Paulista e Brasileiro, Primeiro Trimestre de 2024. Análises e Indicadores do
Agronegócio, São Paulo, v. 19, n. 4, p. 1-17, abr. 2024. Disponível em: colocar o link do
artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa.
no valor e redução de 22,7% no volume exportado. Para o suco NFC (não
congelado, valor brix <=20), as vendas externas ganharam em valores (+32,7%)
e em volumes (+15,2%). Já os outros sucos de laranja não fermentados obtiveram
quedas de 3,8% em valores e de 32,1% em volumes. A variação total das
exportações do grupo de sucos foi positiva em valores (+14,2%) e em volume
(+3,9%). Os maiores compradores desse grupo são União Europeia (47,1%), Estados
Unidos (37,3%), China (5,4%) e Japão (4,6%); os demais compradores têm 5,6% de
participação.
Data de Publicação: 24/04/2024
Autor(es):
Carlos Nabil Ghobril (nabil@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Marli Dias Mascarenhas Oliveira (marlimascarenhasoliveira@gmail.com) Consulte outros textos deste autor
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor