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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Ano de 2023, Recordes para Exportação e Saldo Comercial
1 - BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Em 2023, as exportações do Estado
de São Paulo1 somaram US$71,03 bilhões (20,9% do total nacional), e
as importações2, US$71,78 bilhões (29,8% do total nacional),
registrando déficit comercial de US$ 750 milhões (Figura 1). Em relação a 2022,
houve aumento nas exportações (+2,0%) e redução nas importações (-12,0%); essa
conjunção de desempenhos resultou na redução do déficit (-93,7%) no saldo da
balança comercial paulista. Assim, o saldo da balança comercial
paulista ficou próximo da estabilidade, passando de um déficit de US$11,91
bilhões em 2022 para menos de US$1 bilhão em 2023 (US$ 750 milhões). 1.1 - Análise
Setorial do Agronegócio Na análise setorial do agronegócio3, o resultado do ano de
2023, na comparação com o ano anterior, o setor paulista apresentou aumento nas
exportações (+9,3%), alcançando US$28,39 bilhões, e queda nas importações
(-1,0%), totalizando US$5,05 bilhões; com esses resultados, a balança comercial
obteve um superávit de US$23,34 bilhões, 11,8% superior em relação a 2022
(Figura 1). A participação das exportações do agronegócio
paulista no total do estado em 2023 foi de 40,0%, enquanto a participação das
importações setoriais foi de 7,0% (Figura 1). Há que se destacar que as exportações paulistas nos
demais setores da economia - exclusive o agronegócio - somaram US$42,64
bilhões, e as importações, US$66,73 bilhões, gerando um déficit externo desse
agregado de US$24,09 bilhões em 2023. Dessa forma, conclui-se que o déficit do
comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio
estadual, cujo saldo se manteve positivo (US$23,34 bilhões). A figura 2 apresenta os resultados das exportações,
importações e respectivos saldos comerciais da balança paulista do agronegócio,
mostrando a evolução no período de 2000 a 2023. Percebe-se o crescimento no
período analisado, principalmente nos valores de exportação e saldo comercial,
resultando no valor recorde alcançado em 2023, tanto no valor exportado como no
saldo comercial da balança paulista do agronegócio, ultrapassando os valores
recordes do ano de 2022. 1.2 -
Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos Os cinco principais grupos nas
exportações do agronegócio paulista no acumulado do ano de 2023 foram: complexo
sucroalcooleiro (US$10,76 bilhões, sendo que desse total o açúcar representou
88,2% e o álcool etílico-etanol, 11,8%), complexo soja (US$3,64 bilhões, tendo
a soja em grão 82,7% de participação no grupo), setor de carnes (US$3,15
bilhões, em que a carne bovina respondeu por 82,6%), produtos florestais
(US$2,70 bilhões, com participações de 51,1% de celulose e 41,1% de papel) e o
grupo de sucos (US$2,27 bilhões, dos quais 97,7% referentes a suco de laranja).
Esses cinco agregados representaram 79,3% das vendas externas setoriais
paulistas (Tabela
1). Já o grupo de café, tradicional nas exportações paulistas, aparece na
oitava posição, com vendas de US$896,95 milhões (69,0% referentes ao café verde
e 24,4% de café solúvel). Ainda de acordo com a tabela 1, em 2023, na
comparação com 2022, houve importantes variações nos valores exportados dos
principais grupos de produtos da pauta paulista, com aumentos para os grupos
complexo sucroalcooleiro (+26,8%) e de sucos (+18,3%), e quedas nos grupos de
carnes (-21,1%), café (-11,8%), florestais (-1,2%) e complexo soja (-0,2%).
Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição
das oscilações tanto de preços como de volumes exportados. 1.3 - Exportações dos Principais Produtos do
Agronegócio Paulista Os dados de valor e volume
exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio
paulista no ano de 2023, frente ao mesmo período do ano anterior, são
apresentados na tabela 2. Desses grupos relevantes, o sucroalcooleiro é o que
apresenta a maior participação (37,9%) nas exportações paulistas. No total, o
grupo subiu 26,8% em valores e 6,8% em volumes exportados, acompanhando o
comportamento das vendas externas do açúcar (+33,8% em valores e +7,3% em
volume), principal produto do grupo, com valorizações nos preços médios dessas commodities em 2023 de 23,7% para açúcar
em bruto e de 21,5% para o refinado. Para o
álcool, os embarques apresentaram elevação de 1,9% em volume e queda de 8,6% em
valores, quando comparados com o ano de 2022. Os destinos das
exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação em
valores dos países, e os resultados apresentam como principais compradores:
China (12,5%), Índia (7,5%), Nigéria (5,8%), Indonésia e Marrocos (5,4% cada),
Arábia Saudita (4,9%), Argélia (4,8%), União Europeia (4,4%), Bangladesh (4,2%)
e Coreia do Sul (3,9%); e os demais países (41,2%). O grupo composto pelo complexo soja apresentou, no
acumulado de 2023, a segunda posição na pauta do estado, obtendo elevação nos
embarques (+13,2%) e queda em valores (-0,2%). A soja em grão, principal
produto do grupo, apresentou pequena variação positiva de valores (+0,2%), com
aumento em volumes (+13,4%), quando comparado ao ano de 2022. A China (66,6%) é o principal destino em
termos de participação de valores, seguida de Tailândia (5,4%), Irã (4,8%),
União Europeia (4,2%), Indonésia (4,1%) e os demais importadores somam 14,9%. No acumulado de 2023, o grupo de carnes apresenta
perdas em valores (-21,1%) e em volumes (-1,3%) em relação a 2022. A carne
bovina, principal produto com 82,6% de contribuição no grupo, registrou quedas
de 24,3% em valores, por conta do menor volume exportado (-4,2%) e da redução
do preço médio (-21,0%) no período analisado. Para a carne de frango, segundo
produto com 16,7% de participação no grupo, o desempenho foi estabilidade em
valores (0,0%) e incremento em volumes (+6,5%). A carne suína (0,2% de participação)
apresentou resultado positivo em valores (+40,0%) e na quantidade embarcada
(+41,9%). Os principais
destinos em participação são China (51,5%), Estados Unidos (11,8%), União
Europeia (6,3%), Hong Kong (3,9%) e Arábia Saudita (2,8%), enquanto os demais
países compradores somam 23,7% de participação. O grupo dos produtos florestais aparece na quarta
posição na pauta paulista, no ano de 2023 e seu desempenho foi de reduções em
valores (-1,2%) e na quantidade embarcada (-3,9%) em relação ao ano anterior.
As exportações dos produtos de celulose, principal item do grupo, apresentaram
elevação nos valores (+4,8%) e redução nos embarques (-1,6%). Já o papel obteve
variações negativas para os valores (-5,2%) e volume O suco de laranja (FCOJ
concentrado e congelado) registrou aumentos de 42,1% no valor e de 5,9% no
volume exportado. Para o suco NFC (não congelado, valor brix <=20), as
vendas externas ganharam em valores (+25,7%) e em volumes (+12,8%). Já os
outros sucos de laranja não fermentados obtiveram quedas de 4,1% em valores e
de 24,0% em volumes. A variação total das exportações do grupo de sucos foi
positiva em valores e em volume (+15,7% e +6,6%, respectivamente). Os maiores
compradores desse grupo são União Europeia (50,2%), Estados Unidos (35,0%),
China (5,2%) e Japão (3,2%); os demais compradores têm 6,4% de participação. Para o grupo do café, os resultados apontaram quedas
de 11,8% nos valores e 8,5% no volume das exportações paulistas. O principal
produto deste grupo é o café verde, que apresentou retração nas vendas externas
de 15,7% em valores e de 7,2% em quantidades exportadas pelo estado; já o café
solúvel obteve crescimento de 0,6% em valores e redução de 14,2% em volume
comercializado. A
União Europeia é o principal destino e suas compras representam 40,6% do valor
exportado. Na sequência aparecem Estados Unidos (14,2%), Japão (8,1%),
Argentina (6,5%), Canadá (3,7%), Coreia do Sul (3,4%), Reino Unido (3,1%) e
China (2,6%); os demais países participam com 17,8%. 1.4 -
Destinos das Exportações do Agronegócio Paulista Em relação aos destinos das exportações do agronegócio
paulista em 2023, a China é o principal destino das exportações do estado de
São Paulo com US$7,26 bilhões e detém 25,6% de participação no total do agro
paulista, contudo registrou variação negativa de 2,4% em relação ao valor do
ano de 2022 por conta das reduções nos preços dos dois principais produtos
adquiridos pelos chineses, a soja em grão (-11,6%) e a carne bovina (-21,0%).
Na segunda posição aparece a União Europeia (US$3,83 bilhões, 11,9% de participação
em 2023 e decréscimos de 5,3% no valor ante ao ano de 2022), seguido pelos
Estados Unidos (US$2,81 bilhões, participação de 9,9% e incremento de 9,41% em
valores). Na
sequência, completando os 10 principais destinos em termos de participação,
aparecem Índia (3,5%), Indonésia (2,7%), Arábia Saudita (2,4%), Nigéria (2,3%),
Argélia (2,2%), Coreia do Sul (2,1%) e Marrocos (2,0%). A tabela 3 apresenta os
20 principais destinos das exportações paulistas em 2023, que somados
representam 79,2% do total, e as respectivas pautas (em %) por grupos de
produtos. Ainda de acordo com a tabela 3, observa-se uma diferenciação na
composição das pautas dos principais parceiros comerciais do agronegócio
paulista. A China importou principalmente produtos dos grupos complexo soja
(33,4%), carnes (22,3%), sucroalcooleiro (18,6%) e produtos florestais (13,5%),
enquanto à União Europeia predominam os produtos do grupo de sucos (33,8%,
basicamente suco de laranja) 1.5 - Importações do Agronegócio
Paulista Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista no
ano de 2023 foram: papel (US$394,16 milhões), seguido de salmões (US$380,16
milhões) e trigo (US$300,08 milhões). A figura 3 apresenta os dez principais
produtos que representam 42,9% (US$2,17 bilhões) do total importado (US$5,05
bilhões). 2 - BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL A balança comercial brasileira registrou superávit
de US98,84 bilhões em 2023, com exportações de US$339,67 bilhões e importações
de US$240,83 bilhões. Esse resultado apresenta aumento de 60,6% no superávit em
relação ao ano de 2022, quando alcançou US$61,53 bilhões (Figura 4). 2.1 - Análise
Setorial do Agronegócio Na análise setorial, as exportações do agronegócio
brasileiro, no ano de 2023 (Figura 4), apresentaram aumentos de 4,8% em relação
ao ano anterior, alcançando o valor recorde de US$166,55 bilhões (49,0% do
total nacional). Já as importações tiveram queda em 3,7% no período,
registrando US$16,61 bilhões (6,9% do total nacional). O superávit do agronegócio chegou a US$149,94
bilhões no período, valor recorde da série histórica, sendo 5,9% superior na
comparação com 2022 (Figura 4). Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi
deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores
da economia, com exportações de US$173,12 bilhões e importações de US$224,22
bilhões, produziram um déficit de US$51,10 bilhões em 2023. A figura 5 apresenta o comportamento dos resultados
da balança comercial do agronegócio brasileiro no período de 2000 a 2023.
Repetindo o que ocorreu no estado de São Paulo, os resultados de exportação e
saldo comercial no Brasil também foram recordes em 2023, traduzindo o bom
momento da agricultura nacional. 2.2 - Exportações
do Agronegócio Brasileiro por Grupos de Produtos Os cinco principais grupos nas exportações do
agronegócio brasileiro em 2023 foram: complexo soja (US$67,31 bilhões, tendo a
soja em grão com 79,1% de participação e 17,2% do farelo de soja), carnes
(US$23,51 bilhões, com as carnes bovina, de frango e suína representando, desse
total, 44,8%, 40,9% e 11,8% respectivamente), grupo sucroalcooleiro (US$17,38
bilhões, sendo que desse total o açúcar representou 90,7% e o álcool etílico –
etanol, 9,2%), cereais, farinhas e
preparações (US$15,56 bilhões, dos quais o milho em grão representou 86,6% do
grupo, o trigo, 4,7% e o arroz, 4,0%) e produtos florestais (US$14,28 bilhões,
com participações de 55,6% de celulose e 27,7% de madeira). Esses cinco grupos
agregados representaram 82,8% das vendas externas setoriais brasileiras (Tabela
4). Ainda conforme a tabela 4, na comparação com o ano
de 2022, houve importantes variações nos valores exportados dos principais
grupos de produtos do agronegócio brasileiro, com destaque positivo para os
grupos complexo sucroalcooleiro (+36,0%), complexo soja (+10,7%) e cereais,
farinhas e preparações (+8,2%), enquanto os grupos produtos florestais (-13,4)
e carnes (-8,4%) apresentaram reduções. Essas variações nas receitas do
comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como
de volumes exportados. 2.3 - Exportações dos Principais Produtos do
Agronegócio Brasileiro A
tabela 5 apresenta os dados de valor e volume exportados dos principais
produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio brasileiro e suas
respectivas variações em 2023, em comparação com o ano de 2022. Desses grupos relevantes, o
grupo complexo soja é o que
apresenta a maior participação em valores (40,4%) nas exportações brasileiras.
Em 2023, o grupo cresceu 10,7% em valores e 24,7% em volumes exportados. O
desempenho da soja em grão impactou nesse resultado, com ganhos de 14,4% nos valores
e de 29,4% nas quantidades exportadas, notando-se a redução de 11,6% no preço médio da tonelada
no período analisado. Para o óleo de soja, os embarques apresentaram quedas de
36,0% em receitas, e de 10,0% nos embarques, enquanto
o farelo de soja teve variações positivas de 11,8% em valores e de 11,0% em
volume. A China representa 58,2%
das compras em valores desse grupo, seguida por União Europeia (12,1%),
Tailândia (4,4%), Argentina (3,0%) e Indonésia (2,9%); os demais países
importadores somam 19,4%. O grupo de carnes, que tem a segunda posição na
pauta brasileira (14,1% de participação), apresentou queda de 8,4% em valores e
aumento de 5,4% em volume em relação ao ano de 2022. A carne bovina teve redução em valores
(-18,7%) e incremento no volume exportado (+1,2%). Com resultado positivo
mostram-se as carnes de frango (+1,1% e +7,7%) e a suína com aumentos em
valores e volume de, respectivamente, +9,6% e +9,2%. Nesse grupo, a China se
destacou como principal destino e representa 35,2% das compras de carnes; na
sequência aparecem Emirados Árabes Unidos (5,4%), União Europeia (5,1%), Japão
(4,7%), Arábia Saudita (4,5%), Estados Unidos (3,8%), Hong Kong e Chile (3,6%
cada); enquanto os demais países somam 34,1% de participação. Na terceira posição aparece o grupo sucroalcooleiro,
que em 2023 subiu 36,0% em valores e 14,3% em volumes exportados, devido ao
crescimento das vendas externas do açúcar (+43,0% em valores e +15,1% em
volume). Para o álcool, os embarques apresentaram elevações de 3,7% em volume e
perdas de 7,7% em valores, quando comparados com o ano anterior. Assim como no estado de São Paulo, os
destinos das exportações desse grupo são bem diversificados em termos de
participação dos países. Os resultados apontam a sequência composta por China
(11,0%), Índia (7,3%), União Europeia (5,8%), Argélia (5,3%), Arábia Saudita,
Estados Unidos e Indonésia (4,7% cada), Marrocos (4,6%) e Nigéria (4,5%); os
demais países importadores somam 47,4% de participação. O grupo de cereais, farinhas e preparações apresentou resultados positivos em valores (+8,2%) e em
quantidades embarcadas (+24,6%). O milho em grão, principal item do grupo,
registrou maior exportação em volume (+29,4%) e em valores (+11,6%). O arroz em
grão teve reduções em valores (-5,3%) e na quantidade (-16,0%), o mesmo para o
trigo, com perdas em valores (-25,0%) e volume (-23,3%). Os principais destinos
são China (23,5%), Japão (9,5%), Vietnã (8,3%), Coreia do Sul (5,6%), Irã
(5,3%), União Europeia (5,1%), Taiwan (3,9%). México (3,6%) e Colômbia (3,5%),
restando 31,7% de participação para os demais países. Na quinta posição, o grupo de produtos florestais
registrou variação negativa para valores (-13,4%) e no volume exportado
(-9,3%). As variações de valores e volume, respectivamente, foram de -5,3% e
-3,5% para a celulose (principal item do grupo), -26,6% e -20,1% para a madeira
e de -12,3% e -12,4% para o papel. A borracha apresentou desempenho positivo,
com elevação nas exportações (+111,0%
em valores e +152,3% em volume); contudo, trata-se de produto em que o
país é importador, pois a produção interna não atende totalmente à demanda do
mercado brasileiro. Os principais países
importadores desse grupo
são China (28,0%), Estados Unidos (21,6%), União Europeia (16,8%) e Argentina
(4,1%); os demais países participam com 29,5%. O grupo do café registrou perdas em valores (-12,5%) e em
quantidade (-0,9%), sendo o café verde o principal produto do
grupo, com variações negativas de 14,0% em valores e 0,7% em quantidades
exportadas pelo país. Quanto às participações dos países destinos das
exportações em valores, a União Europeia representa 43,2% desse grupo e é
seguida por Estados Unidos com 15,8% e Japão com 5,9%. Os demais países somam
35,1% de participação. 2.4 - Destinos das
Exportações do Agronegócio Brasileiro Em relação
aos destinos das exportações do agronegócio brasileiro em 2023, a China
(US$60,24 bilhões, 36,2% de participação e variação positiva de 18,8% em
relação ao ano anterior) é o principal destino das exportações do Brasil,
seguida da União Europeia (US$21,57 bilhões, 13,0% de participação em 2023 e
queda de 15,5%) e dos Estados Unidos (US$9,80 bilhões, participação de 5,9% e
variação negativa de 6,7%). A tabela 6 apresenta os 20 principais destinos das
exportações brasileiras no ano de 2023, que somados representam 83,2% do total,
e as respectivas pautas (em %) por grupos de produtos. A China importou principalmente produtos do complexo soja (65,1%), carnes
(13,8%) e produtos florestais (6,6%), enquanto
que na União
Europeia predominam os produtos do grupo complexo soja (37,9%) e destaques para
café (16,2%) e os produtos florestais (11,1%). Já os Estados Unidos apresentam
em sua pauta principalmente os grupos produtos florestais (31,5%), café
(13,0%), carnes (9,1%) e os demais grupos (34,7%). 2.5 -
Importações do Agronegócio Brasileiro Os
principais produtos da pauta de importação do agronegócio brasileiro em 2023
foram: trigo (US$1,29 bilhão, contabilizando 4,18 milhões de toneladas, 26,9%
inferior ao volume importado em relação ao ano anterior), papel (US$889,85
milhões), malte (US$867,56 milhões), salmões (US$775,62 milhões) e leite em pó
(US$738,56 milhões). A figura 6 apresenta os dez principais produtos que
representam 43,7% (US$7,26 bilhões) do total importado (US$16,61 bilhões). 3 - PARTICIPAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO BRASIL A participação paulista
no total da balança comercial brasileira (todos os setores da economia)
apresentou certa estabilidade em 2023: as exportações subiram +0,1 ponto
percentual e as importações recuaram em 0,1p.p., apontando valores de 20,9% nas
exportações e de 29,8% de representatividade para as importações (Figura 7). Para o agronegócio, as exportações setoriais de São
Paulo em 2023 representaram 17,0% em relação ao agronegócio brasileiro, alta de
0,6 p.p. ante ao ano anterior. Já as importações tiveram aumento maior (0,8
p.p.), passando de 29,6% para 30,4% (Figura 7). A participação dos grupos do agronegócio
paulista no agronegócio nacional em 2023 se destacou nos seguintes grupos de
produtos, cuja participação em valores ultrapassa 50% do total nacional: sucos
(84,8%), produtos alimentícios diversos (76,0%), plantas vivas e produtos de
floricultura (64,3%), demais produtos de origem vegetal (62,1%) e complexo
sucroalcooleiro (61,9%) (Tabela 7). A tabela 8 apresenta a contribuição dos
estados brasileiros na composição da pauta nacional de exportações do
agronegócio em 2023 e suas respectivas participações. O estado do Mato Grosso
foi o principal exportador em 2023, com exportações de US$31,41 bilhões
(18,9%). São Paulo está na segunda posição (17,0%), seguido por Paraná (11,6%),
Rio Grande do Sul (9,5%), Minas Gerais (8,6%), Goiás (7,2%), Mato Grosso do Sul
(6,0%), Santa Catarina (4,5%), Bahia (3,6%) e Maranhão (2,1%); os demais
estados representam os 10,8% restantes. O estado de São Paulo tem sua pauta de exportações mais
diversificada na classificação de produtos por fator agregado, sendo 31% de
produtos básicos, 34% de manufaturados e 35% de semimanufaturados, enquanto o
fator agregado do agro brasileiro predomina os produtos básicos com 72% de
representatividade, 12% para os produtos manufaturados e 16% de
semimanufaturados. 1Estado produtor (unidade
da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação,
é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos
os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste
último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do
processo de fabricação para que o produto adote sua forma final. 2Estado importador
(unidade da Federação importadora) é definido como a unidade da Federação do
domicílio fiscal do importador. 3Os grupos de
produtos dos agronegócios podem ser vistos na opção Tabela de Agrupamentos em
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA
E ABASTECIMENTO. Agrostat. Brasília:
MAPA, 2023. Disponível em:
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGROSTAT.html. Acesso em: jan. 2024. Palavras-chave:
agronegócio, balança comercial, exportações,
importações, comércio exterior, grupo de produtos, superávit, saldo. COMO CITAR ESTE ARTIGO
GHOBRIL,
C. N.; ANGELO, J. A.; OLIVEIRA, M. D. M. Balança Comercial dos Agronegócios
Paulista e Brasileiro, Ano de 2023, Recordes para Exportação e Saldo Comercial.
Análises e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 1-19, jan.
2024. Disponível em: colocar o link do artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa.
(-7,1%). O principal destino em participação de valores exportados é a China
(36,2%), seguida por União Europeia (11,9%), Estados Unidos (9,2%), Argentina
(6,9%), Chile e Peru (4,7% cada). Outros países somam 26,4% de participação.e com
destaques para o complexo sucroalcooleiro (13,9%), café (10,8%) e produtos
florestais (9,5%). Já os Estados Unidos apresentam pauta mais diversificada,
composta principalmente pelos sucos (28,4%), sucroalcooleiro (14,2%), grupo das
carnes (13,3%), produtos florestais (8,9%), café (4,5%) e os demais grupos
(30,7%). Na sequência, entre os 10 principais importadores, esses países têm
elevada concentração de suas importações no complexo sucroalcooleiro, todos os
7 países acima de 70% de representatividade.
Data de Publicação: 18/01/2024
Autor(es):
Carlos Nabil Ghobril (nabil@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Marli Dias Mascarenhas Oliveira (marlimascarenhasoliveira@gmail.com) Consulte outros textos deste autor