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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Janeiro a Setembro de 2023
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- BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO No
acumulado de janeiro a setembro de 2023, as exportações do estado de São Paulo1
somaram US$51,57bilhões (20,4% do total nacional), e as importações2,
US$54,39 bilhões (29,9% do total nacional), registrando déficit comercial de
US$2,82 bilhões (Figura 1). Em comparação com o mesmo período de 2022, foram
registradas quedas nas exportações (-0,7%) e nas importações (-11,8%); essa
conjunção de desempenhos resultou na redução do déficit (-71,1%) no saldo da balança comercial paulista. 1.1 - Análise Setorial
do Agronegócio Na análise setorial do
agronegócio3, o resultado de janeiro a setembro de 2023, na
comparação a igual período do ano anterior, indica que o setor paulista
apresentou aumento nas exportações (+5,8%), alcançando US$20,46 bilhões, e
redução nas importações (-0,8%), totalizando US$3,84 bilhões; com esses
resultados, obteve-se superávit de US$16,62 bilhões, 7,5% superior em relação a
2022 (Figura 1). A
participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado é de
39,7%, enquanto a participação das importações setoriais é de 7,1% (Figura 1). Destaca-se que as exportações paulistas nos demais
setores da economia - exclusive o agronegócio - somaram US$31,11 bilhões, e as
importações, US$50,55 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de
US$19,44 bilhões. Desta forma, conclui-se que esse saldo negativo do comércio
exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio
estadual, cujo saldo se manteve positivo (US$16,62 bilhões). A tabela 1 apresenta os resultados mensais da
balança comercial do agronegócio paulista. Analisando o comportamento de
setembro/23, as exportações do estado de São Paulo somaram US$2,44 bilhões e as
importações US$0,40 bilhão, registrando superávit de US$2,04 bilhões. Na
comparação com setembro/22, o valor da balança comercial apresentou
estabilidade nas exportações e redução de 12,0% nas importações (Tabela 1). Esses resultados em valores no total acumulado até
setembro de 2023 indicam que as exportações e o saldo do agro paulista devam
ultrapassar os valores recordes (US$25,98 e US$20,89 bilhões, respectivamente)
obtidos no ano de 2022. 1.2 -
Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos Os cinco principais grupos nas
exportações do agronegócio paulista no acumulado de janeiro a setembro de 2023
foram: complexo sucroalcooleiro (US$7,23 bilhões, sendo que desse total o
açúcar representou 86,9% e o álcool etílico – etanol, 13,1%), complexo soja
(US$3,19 bilhões, tendo a soja em grão 84,0% de participação no grupo), setor
de carnes (US$2,28 bilhões, em que a carne bovina respondeu por 81,5%),
produtos florestais (US$2,03 bilhões, com participações de 51,4% de celulose e
40,5% de papel) e o grupo de sucos (US$1,54 bilhão, dos quais 97,6% referentes
a suco de laranja). Esses cinco agregados representaram 79,5% das vendas externas
setoriais paulistas (Tabela
2). Já o grupo de café, tradicional nas exportações paulistas, aparece na
sétima posição, com vendas de US$682,36 milhões (67,4% referentes ao café verde
e 25,2% de café solúvel). Ainda de acordo com a tabela 2, nos nove primeiros
meses de 2023 em comparação ao mesmo período do ano de 2022, houve importantes
variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta
paulista, com aumentos para os grupos complexo sucroalcooleiro (+24,7%) e de
sucos (+15,2%), e quedas nos grupos de carnes 1.3 - Exportações dos
Principais Produtos do Agronegócio Paulista Os dados de valor e volume
exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio
paulista no acumulado de janeiro a setembro de 2023 frente ao mesmo período do
ano anterior são apresentados na tabela 3. Desses grupos relevantes, o sucroalcooleiro é o que
apresenta a maior participação (35,3%) nas exportações paulistas. No total, o
grupo subiu 24,7% em valores e 5,4% em volumes exportados, acompanhando o
comportamento das vendas externas do açúcar (+28,2% em valores e +4,5% em
volume), principal produto do grupo, com valorização de 22,5% no preço médio
dessa commodity nos nove primeiros
meses de 2023. Para o álcool, os embarques apresentaram elevações de 16,1% em
volume e de 5,7% em valores, quando comparados com o mesmo período de 2022. Os destinos das exportações desse grupo
são bem diversificados em termos de participação em valores dos países, e os
resultados apontam como principais compradores: China (11,3%), Nigéria (7,0%),
Marrocos (6,1%), Índia (5,6%), Arábia Saudita (5,5%), União Europeia (5,1%),
Bangladesh (5,0%), Coreia do Sul (4,7%), Argélia (4,4%) e Estados Unidos
(4,3%); demais países (41,0%). O grupo composto pelo complexo soja apresentou no
acumulado de janeiro a setembro de 2023 a segunda posição na pauta do estado,
desempenho positivo com elevação nos embarques (+10,4%) e queda em valores
(-2,2%). A soja em grão, principal produto do grupo, apresentou variação
negativa de valores (-2,9%), mas com aumento em volumes (+9,4%), quando
comparados ao mesmo período de 2022. A China (66,6%) é o principal destino em termos de participação de
valores, seguida de Irã e Tailândia (5,3%, cada um), Indonésia (3,7%) e União
Europeia (3,5%); os demais importadores somam 15,6%. No acumulado de janeiro a setembro de 2023, o grupo
de carnes apresentou perdas em valores (-26,5%) e em volume (-6,1%) em relação
ao mesmo período de 2022. A carne bovina, principal produto com 81,3% de
contribuição no grupo, registrou quedas de 31,0% em valores, por conta do menor
volume exportado (-11,7%) e da redução do preço médio (-21,9%) no período
analisado. Para a carne de frango, segundo produto com 17,4% de participação no
grupo, o desempenho foi de expansão em valores (+6,8%) e em volumes (+7,5%). A
carne suína (0,2% de participação) apresentou resultado positivo em valores
(+31,3%) e na quantidade embarcada (+34,9%). Os principais destinos em participação são China
(50,9%), Estados Unidos (12,3%), União Europeia (6,5%), Hong Kong (3,5%) e
Arábia Saudita (2,9%), enquanto os demais países compradores somam 23,9% de
participação. O grupo dos produtos florestais aparece na quarta
posição na pauta paulista, de janeiro a setembro de 2023 seu desempenho foi de
estabilidade (+0,1%) em valores e recuo de 2,4% na quantidade embarcada em
relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações dos produtos de
celulose, principal item do grupo, apresentaram elevação nos valores (+10,4%) e
nos embarques (+4,0%). Já o papel obteve variações negativas para os valores
(-7,2%) e volume (-16,7%). O principal destino em participação de valores exportados
é a China (35,7%), seguida por União Europeia (12,6%), Estados Unidos (9,4%),
Argentina (7,3%), Peru (5,0%) e Chile (4,9%). Outros países somam 25,1% de
participação. O suco de laranja (FCOJ
concentrado e congelado) registrou aumento de 17,5% no valor e queda de 5,1% no
volume exportado. Para o suco NFC (não congelado), as vendas externas ganharam
em valores (+30,3%) e em volume (+20,8%). Já os outros sucos de laranja não
fermentados obtiveram altas de 1,2% em valores e queda de 13,8% em volumes. A
variação total das exportações do grupo de sucos foi positiva em valores e em
volume (+15,2% e +11,9%, respectivamente). Os maiores compradores desse grupo são União
Europeia (50,7%), Estados Unidos (35,4%), China (4,6%) e Japão (3,2%); os
demais compradores têm 6,1% de participação. Para o grupo do café, os resultados apontaram quedas
de 11,4% nos valores e 11,6% no volume das exportações paulistas. O principal
produto deste grupo é o café verde, que apresentou menores vendas externas de
16,1% em valores e de 11,1% em quantidades exportadas pelo estado; já o café
solúvel obteve crescimento de 1,4% em valores e redução de 15,3% em volume
comercializado. A
União Europeia é o principal destino e suas compras representam 39,0% do valor
exportado. Na sequência aparecem Estados Unidos (15,2%), Japão (8,3%),
Argentina (7,5%), Canadá (4,0%), Coreia do Sul (3,1%), Reino Unido (2,9%),
China (2,7%) e os demais países participam com 17,3%. 1.4 - Destinos das Exportações do Agronegócio Paulista Em relação aos destinos das exportações do agronegócio
paulista no acumulado de janeiro a setembro de 2023, a China é o principal
destino das exportações do estado de São Paulo com US$5,34 bilhões e detém
26,1% de participação no total do agro paulista, contudo registrou variação
negativa de 9,7% em relação ao valor do mesmo período de 2022 por conta das
reduções nos preços dos dois principais produtos adquiridos pelos chineses, a
soja em grão (-11,3%) e a carne bovina (-21,9%). Na segunda posição aparece a
União Europeia (US$2,47 bilhões, 12,1% de participação em 2023 e decréscimos de
3,3% no valor ante ao ano de 2022), seguido pelos Estados Unidos (US$2,06
bilhões, participação de 10,0% e incremento de 14,1% em valores). Na sequência, completando os 10
principais destinos em termos de participação, aparecem Índia (2,7%), Arábia
Saudita (2,6%), Nigéria (2,5%), Coreia do Sul (2,3%), Argentina e Marrocos
(2,2%, cada um) e Argélia (2,0%). A tabela 4 apresenta os 20 principais
destinos das exportações paulistas nos nove primeiros meses de 2023, que
somados representam 79,5% do total, e as respectivas pautas (em %) por grupos
de produtos. Ainda de acordo com a tabela 4, observa-se uma diferenciação na
composição das pautas dos principais parceiros comerciais do agronegócio
paulista. A China importou principalmente produtos dos grupos complexo soja
(39,8%), carnes (21,7%), sucroalcooleiro (15,2%) e produtos florestais (13,6%),
enquanto que na União Europeia entre os principais produtos da pauta de
importações paulista, predominam os produtos do grupo de sucos (31,6%,
basicamente suco de laranja) e destaques para o complexo sucroalcooleiro
(14,9%), café (10,8%) e produtos florestais (10,3%). Já os Estados Unidos
apresentam pauta mais diversificada, composta principalmente pelos sucos
(26,5%), sucroalcooleiro (15,3%), grupo das carnes (13,7%), produtos florestais
(9,2%), café (5,0%) e os demais grupos (30,3%). Na sequência, entre os 10
principais importadores, com exceção de Argentina, esses países têm elevada
concentração de suas importações no complexo sucroalcooleiro, 6 países acima de
70% de representatividade. 1.5 - Importações do Agronegócio
Paulista Os principais produtos da pauta de importação do
agronegócio paulista no acumulado de janeiro a setembro de 2023 foram: papel (US$305,56
milhões), seguido de salmões (US$285,08 milhões) e trigo (US$250,81 milhões). A
figura 2 apresenta os dez principais produtos que representam 44,0% (US$1,69
bilhão) do total importado (US$3,84 bilhões). 2 - BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL A balança comercial brasileira registrou superávit
de US$71,26 bilhões de janeiro a setembro de 2023, com exportações de US$252,99
bilhões e importações de US$181,73 bilhões. Esse resultado apresenta aumento de
50,3% no superávit em relação ao mesmo período de 2022, quando alcançou
US$47,42 bilhões (Figura 3). 2.2 - Análise
Setorial do Agronegócio Na análise setorial, as
exportações do agronegócio brasileiro no acumulado de janeiro a setembro de
2023 (Figura 3) apresentaram aumentos de 3,6% em relação a igual período de
2022, alcançando US$126,22 bilhões (49,9% do total nacional). Já as importações
tiveram queda em 3,0% no período, registrando US$12,49 bilhões (6,9% do total
nacional). O superávit do agronegócio
chegou a US$113,73 bilhões no período, sendo 4,3% superior na comparação com o
acumulado do período de janeiro a setembro de 2022 (Figura 3). Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi
deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores
da economia, com exportações de US$126,77 bilhões e importações de US$169,24
bilhões, produziram um déficit de US$42,47 bilhões no acumulado até setembro de
2023. A
tabela 5 mostra os resultados mensais da balança comercial do agronegócio
nacional. Em setembro de 2023, as exportações somaram US$13,71 bilhões, e as
importações, US$1,32 bilhão, registrando superávit
de US$12,39 bilhões. Na comparação com setembro de 2022, o valor do
saldo da balança comercial cresceu 2,4%, com acréscimos de 0,1% nas exportações
e redução de 17,5% nas importações. 2.2 – Exportações
do Agronegócio Brasileiro por Grupos de Produtos Os cinco principais grupos nas exportações do
agronegócio brasileiro no acumulado de janeiro a setembro de 2023 foram:
complexo soja (US$56,56 bilhões, tendo a soja em grão 80,6% de participação e
15,5% do farelo de soja), carnes (US$17,63 bilhões, com as carnes bovina, de
frango e suína representando 43,2%, 42,2% e 12,1% desse total,
respectivamente), grupo sucroalcooleiro (US$11,41 bilhões, sendo que desse
total o açúcar representou 89,5% e o álcool etílico – etanol, 10,5%), produtos
florestais (US$10,89 bilhões, com participações de 55,4% de celulose e 28,1% de
madeira) e cereais, farinhas e preparações (US$10,28 bilhões, dos quais o milho
em grão representou 83,5% do grupo, o trigo, 6,4% e o arroz, 4,7%). Esses cinco
grupos agregados representaram 84,5% das vendas externas setoriais brasileiras
(Tabela 6). Ainda conforme a tabela 6, na comparação com janeiro
a setembro de 2022, houve importantes variações nos valores exportados dos
principais grupos de produtos do agronegócio brasileiro, com destaque positivo
para os grupos complexo sucroalcooleiro (+34,5%), cereais, farinhas e
preparações (+22,3%) e complexo soja (+7,5%), enquanto os grupos produtos
florestais (-13,4%) e carnes (-9,9%) apresentaram reduções. Essas variações nas
receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto
de preços como de volumes exportados. 2.3 - Exportações dos Principais Produtos do Agronegócio Brasileiro A tabela 7 apresenta dados
de valor e volume exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes
do agronegócio brasileiro e suas respectivas variações no período de janeiro a
setembro de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. Desses grupos relevantes, o
grupo complexo soja é o que
apresenta maior participação em valores (44,8%) nas exportações brasileiras. No
acumulado dos nove primeiros meses de 2023, o grupo cresceu 7,5% em valores e
19,3% em volumes exportados. O desempenho da soja em grão impactou nesse
resultado, com ganhos de 9,9% nos valores e de 23,8% nas quantidades
exportadas, notando-se redução de 11,2% no preço médio da tonelada no período
analisado. Para o óleo de soja, os embarques apresentaram quedas em receitas de
27,6% e aumento de 4,8% nos embarques, enquanto
o farelo de soja teve variações positivas de 8,4% em valores e de 6,3% em
volume. A China representa 57,4%
das compras em valores desse grupo, seguida por União Europeia (12,3%),
Tailândia (4,4%), Argentina (3,4%) e Indonésia (2,3%); os demais países
importadores somam 20,2%. O grupo de carnes, que tem a segunda posição na
pauta brasileira (14,0% de participação), apresentou queda de 9,9% em valores e
aumento de 4,2% em volume em relação ao acumulado de janeiro a setembro de
2022. A carne bovina teve redução em valores Com bom desempenho, o grupo sucroalcooleiro passou
para terceira posição, no total, o grupo subiu 34,5% em valores e 13,5% em
volumes exportados, devido ao crescimento das vendas externas do açúcar (+38,5%
em valores e 13,2% em volume). Para o álcool, os embarques apresentaram
elevações de 19,7% em volume e de 8,6% em valores, quando comparados com o
mesmo período de 2022. Assim
como no estado de São Paulo, os destinos das exportações desse grupo são bem
diversificados em termos de participação dos países. Os resultados apontam a
sequência composta por China (10,1%), União Europeia (6,7%), Índia (5,7%),
Argélia (5,5%), Nigéria (5,4%), Arábia Saudita (5,3%), Marrocos (5,2%), Estados
Unidos (4,6%) e Bangladesh (4,5%); os demais países importadores somam 47,0% de
participação. O grupo de produtos florestais registrou variação
negativa para valores (-13,4%) e volume exportado (-9,1%). As variações de
valores e volume, respectivamente, foram de -0,7% e -0,7% para a celulose (principal
item do grupo), -30,0% e -22,0% para a madeira e de -15,4% e -19,9% para o
papel. A borracha apresentou desempenho positivo, com elevação nas exportações
(+69,6% em valores e +94,2% em volume); contudo, trata-se de produto em que o
país é importador, pois a produção interna não atende totalmente à demanda do
mercado brasileiro. Os principais países importadores desse grupo são China
(27,4%), Estados Unidos (22,2%), União Europeia (17,4%) e Argentina (4,4%); os
demais países participam com 28,6%. O grupo de cereais, farinhas e preparações apresentou resultados positivos em valores (+22,3%) e em
quantidades embarcadas (+34,0%). O milho em grão, principal item do grupo,
registrou maior exportação em volume (+40,2%) e em valores (+27,5%). O arroz em
grão teve resultados positivos em valores (+22,1%) e em quantidade (+12,0%),
enquanto o trigo apontou reduções em valores (-13,1%) e volume (-16,8%). Os
principais destinos são China (18,0%), Japão (10,3%), Vietnã (7,7%), Coreia do
Sul (6,0%), União Europeia (5,8%), Irã (5,0%), México (4,7%) e Colômbia (4,5%),
restando 38,0% de participação para os demais países. O grupo do café registrou perdas em valores (-16,0%) e em
quantidade (-9,3%), sendo o café verde o principal produto do
grupo, com variações negativas de 18,1% em valores e 9,4% em quantidades
exportadas pelo país. Quanto às participações dos países destinos das
exportações em valores, a União Europeia representa 42,4% desse grupo e é
seguida por Estados Unidos com 17,1% e Japão com 6,4%. Os demais países somam
34,1% de participação. 2.4 - Destinos
das Exportações do Agronegócio Brasileiro Em relação
aos destinos das exportações do agronegócio brasileiro no acumulado de janeiro
a setembro de 2023, a China é o principal destino das exportações do Brasil (US$46,23
bilhões, 36,6% de participação e variação positiva de 12,2% em relação ao valor
do mesmo período de 2022), seguida da União Europeia (US$16,64 bilhões, 13,2%
de participação em 2023 e queda de 14,1%) e dos Estados Unidos (US$7,17
bilhões, participação de 5,7% e variação negativa de 7,9%). A tabela 8
apresenta os 20 principais destinos das exportações brasileiras nos nove
primeiros meses de 2023, que somados representam 83,7% do total, e as
respectivas pautas (em %) por grupos de produtos. A China importou principalmente produtos do complexo soja (70,2%), carnes
(13,5%) e produtos florestais (6,4%), enquanto que na União Europeia entre os
principais produtos da pauta de importações, predominam os produtos do grupo
complexo soja (41,7%) com destaques para café (14,2%) e os produtos florestais
(11,4%). Já os Estados Unidos apresentam em sua pauta principalmente os grupos
produtos florestais (33,7%), café (13,4%), carnes (8,6%) e os demais grupos
(33,0%). 2.5 -
Importações do Agronegócio Brasileiro Os
principais produtos da pauta de importação do agronegócio brasileiro no acumulado
de janeiro a setembro de 2023 foram: trigo (US$1,03 bilhão, contabilizando 3,18
milhões de toneladas, 37% inferior ao volume importado em relação ao mesmo
período de 2022), papel (US$679,58milhões), malte (US$605,84 milhões), salmões
(US$581,79 milhões) e leite em pó (US$555,47 milhões). A figura 4 apresenta os
dez principais produtos que representam 43,8% (US$5,47 bilhões) do total
importado (US$12,49 bilhões). 3 - PARTICIPAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO BRASIL A participação paulista
no total da balança comercial brasileira (todos os setores da economia)
apresentou reduções de 0,1 ponto percentual nas exportações e nas importações
no acumulado de janeiro a setembro de 2023, apontando valores de 20,4% nas
exportações e de 29,9% de representatividade para as importações (Figura 5). Para o agronegócio, as exportações setoriais de São
Paulo entre os meses de janeiro a setembro de 2023 representaram 16,2% em
relação ao agronegócio brasileiro, alta de 0,3p.p. ante ao mesmo período de
2022, e as importações tiveram aumento maior (0,5p.p.), passando de 30,0% para
30,7% (Figura 5). A participação dos grupos do agronegócio
paulista no agronegócio nacional no acumulado até setembro de 2023 se destacou
nos seguintes grupos de produtos, cuja participação em valores ultrapassa 50%
do total nacional: sucos (84,3%), produtos alimentícios diversos (75,6%),
plantas vivas e produtos de floricultura (68,7%), complexo sucroalcooleiro
(63,4%) e demais produtos de origem vegetal (62,6%) (Tabela 9). Destaque para o
grupo lácteos com crescimento de 14,5 pontos percentuais, passando de 26,9% de
participação em 2022 para 41,4% até setembro de 2023. 1Estado produtor
(unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de
exportação, é a unidade da Federação onde foram cultivados os produtos
agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou
parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi
completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua
forma final. 2Estado importador
(unidade da Federação importadora) é definido como a unidade da Federação do
domicílio fiscal do importador. 3Os grupos de
produtos dos agronegócios podem ser vistos na opção Tabela de Agrupamentos em
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA
E ABASTECIMENTO. Agrostat. Brasília:
MAPA, 2022. Disponível em:
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGROSTAT.html. Acesso em: out. 2023. Palavras-chave:
agronegócio, balança comercial, exportações,
importações, comércio exterior, grupo de produtos. COMO
CITAR ESTE ARTIGO GHOBRIL,
C. N.; ANGELO, J. A.; OLIVEIRA, M. D. M. Balança Comercial dos Agronegócios
Paulista e Brasileiro, Janeiro a Setembro de 2023. Análises e Indicadores do
Agronegócio, São Paulo, v. 18, n. 10, p. 1-19, out. 2023. Disponível em: colocar o link do
artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa.
(-26,5%), café (-11,4%), complexo soja (-2,2%) e florestais (-0,1%). Essas
variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das
oscilações tanto de preços como de volumes exportados.
(-24,3%) e em volume exportado (-4,3%). Com resultado positivo mostram-se as
carnes de frango (+3,5% em valores e +7,6% em volume) e a suína com aumentos em
valores e volume de, respectivamente, +16,9% e +11,1%. Nesse grupo, a China se
destacou como principal destino e representa 35,5% das compras de carnes; na
sequência aparecem União Europeia (5,3%), Emirados Árabes Unidos (5,2%), Japão
(4,7%), Arábia Saudita (4,5%), Chile (3,7%) e Estados Unidos (3,5%); enquanto
os demais países somam 37,6% de participação.
Data de Publicação: 24/10/2023
Autor(es):
Carlos Nabil Ghobril (nabil@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Marli Dias Mascarenhas Oliveira (marlimascarenhasoliveira@gmail.com) Consulte outros textos deste autor