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Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, Novembro de 2021
1 –
INTRODUÇÃO A
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do
Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica
Integral (CATI), realizou entre 3 e 30 de novembro de 2021 o levantamento de
previsão de área e produção de culturas no estado de São Paulo referentes à
safra agrícola 2021/22 e as estimativas finais da safra 2020/21. Na condução do
levantamento foi aplicado o método subjetivo2, que consiste da
coleta e sistematização dos dados fornecidos pelos técnicos das Casas de
Agricultura, em cada um dos 645 municípios do Estado de São Paulo. Os
resultados contêm informações sobre os produtos agrícolas de maior expressão
econômica na agricultura paulista. Também são apresentados indicadores do ano
agrícola 2020/21, calculados a partir da seleção das produções mais
significativas do Valor da Produção Agropecuária Paulista, que refletem o
comportamento da produção, área plantada e produtividade. 2 – ACOMPANHAMENTO DA
SAFRA AGRÍCOLA 2021/22 No
levantamento de novembro de 2021, foram realizadas as previsões iniciais de
área e produção para a safra paulista 2021/22 de grãos (primeira safra ou safra
de verão) e para as culturas da batata das águas, banana, café, seringueira e
das uvas (Tabelas 1 e 2). Para a safra de verão de grãos
2021/22 (amendoim, arroz, feijão das águas, milho, soja e sorgo granífero das
águas) e algodão, os resultados parciais, quando comparados com os números
definitivos da safra 2020/21, indicam acréscimo de 1,0% na área cultivada,
estimada em 1,8 milhão de hectares, e aumento de 3,8% na produção, com previsão
de ultrapassar 7,3 milhões de toneladas, sendo esperado ganho de 2,8% na
produtividade média. Tabela
1 - Previsões e estimativas das safras
agrícolas do estado de São Paulo, acompanhamento do ano agrícola 2021/22, novembro
de 20211 Produto Área (1.000 ha) Produção (1.000 t) Produtividade (kg/ha) Final Lev. nov./2021 Var.2 % Final 21 Lev. nov./2021 Var.2 % Final 21 Lev. nov./2021 Var.2% Algodão3 5,8 7,6 31,9 15,8 20,8 31,4 2.732 2.732 0,0 Amendoim 172,8 173,7 0,5 673,8 652,0 -3,2 3.899 3.753 -3,7 Arroz4 9,8 7,4 -24,3 56,9 43,4 -23,7 5.801 5.845 0,8 Batata das águas 7,8 7,8 -0,3 252,2 243,1 -3,6 32.258 31.196 -3,3 Feijão das águas (1ª safra) 53,2 41,3 -22,4 149,0 111,6 -25,1 2.802 2.704 -3,5 Milho4 333,5 342,7 2,8 2.096,8 2.247,4 7,2 6.288 6.557 4,3 Soja4 1.154,3 1.173,4 1,7 4.070,7 4.252,9 4,5 3.527 3.624 2,8 1Este
levantamento foi efetuado de 3 a 30 de novembro de 2021. 2Diferenças
nos cálculos de variação percentual podem ocorrer devido à apresentação da
tabela utilizar uma única casa decimal e os cálculos originais utilizarem o
máximo de precisão possível. 3Produção estimada tomando-se por base a
produtividade da safra anterior. 4Inclui a cultura irrigada. Fonte: Instituto de
Economia Agrícola (IEA) e Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável
(CATI/CDRS). Tabela
2 - Previsões e estimativas das safras
agrícolas do estado de São Paulo, acompanhamento do ano agrícola 2021/22, novembro
de 20211 Produto Área (1.000ha) Final Lev. nov./2021 Var.2 % Total Nova Em produção Total Nova Em produção Banana 56,3 2,9 53,4 52,5 2,4 50,1 -6,8 Café 205,7 9,8 195,9 201,1 10,2 190,9 -2,2 Seringueira 129,6 24,6 105,0 130,8 24,9 105,9 0,9 Uva para indústria 0,1 0,0 0,1 0,1 0,0 0,1 -1,6 Uva para mesa total 6,8 0,2 6,6 7,0 0,3 6,7 2,7
Uva comum para mesa 4,6 0,1 4,5 4,8 0,2 4,6 4,7 Uva fina para mesa 2,2 0,1 2,1 2,2 0,1 2,1 -1,6 Produto Produção (1.000 t) Produtividade3 (kg/ha) Final Lev. nov./2021 Var.2 % Final Lev. nov/21 Var.2 % Banana 1.059,3 999,5 -5,6 19.833 19.959 0,6 Café 243,0 272,9 12,3 1.240 1.429 15,3 Seringueira 247,1 251,9 1,9 2.354 2.379 1,1 Uva para indústria 2,0 2,2 12,5 25.270 28.432 12,5 Uva para mesa total 245,1 245,5 0,2 36.699 35.807 -2,4
Uva comum para mesa 179,4 180,5 0,7 39.646 38.083 -3,9 Uva fina para mesa 65,7 65,0 -1,2 30.510 30.706 0,6 1Este levantamento foi efetuado de 3 a 30 de novembro de 2021. 2Diferenças nos cálculos de variação
percentual podem ocorrer devido à apresentação da tabela utilizar uma única casa
decimal e os cálculos originais terem o máximo de precisão possível. 3Produtividade calculada a partir da
área em produção. Fonte: Instituto de
Economia Agrícola (IEA) e Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável
(CATI/CDRS). 2.1 – Algodão A
cotonicultura no estado de São Paulo, conforme o levantamento de novembro de
2021, aponta para aumento de área plantada na safra 2021/22 em relação à safra
passada. A previsão para safra 2021/22 expressa no levantamento da intenção de
plantio do algodão é otimista: 7,6 mil hectares de área cultivada e crescimento
de 31,9% em relação à safra anterior. Quanto à produção, a expectativa é
igualmente positiva, pois estima-se que sejam colhidas 20,8 mil toneladas, que
representa a mesma produtividade do ano anterior, mas com maior área na
comparação com a safra 2020/21. O
descompasso entre oferta e demanda nos dois últimos anos, sinalizado por preços
mais atrativos aos produtores e aliado aos fatores como câmbio valorizado e
comercialização antecipada, influenciou na manifestação da intenção de plantio
dos cotonicultores estaduais em novembro de 2021, apesar dos custos de produção
bem mais elevados pelo mesmo fator cambial que os incentiva com preços mais
interessantes. O cultivo do algodão é realizado em apenas nove regiões,
denominadas Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) no estado, sendo a
regional de Votuporanga o principal (2,3 mil hectares na safra 2021/22); na
sequência encontram-se os EDRs de Presidente Prudente, Avaré e Itapeva. Apesar
da grande demanda de algodão pelo setor industrial, não há perspectivas de
mudança para a cotonicultura paulista na participação de área do produto dentre
as culturas com maiores áreas no Estado, se não encontrar um meio de acompanhar
a forma de produção dos maiores produtores do país. 2.2 – Amendoim Na comparação com o resultado
final da safra anterior, o cenário do levantamento de novembro mostra
estabilidade, mas há expectativa do setor que, em virtude de condições
climáticas favoráveis à produção, se
eleve em relação ao do último ciclo, contudo, os números do levantamento
atual realizado em novembro mostram aumento de 0,5% na área em produção e
redução de 3,2% na produção estimada. O levantamento de fevereiro de 2022, já
com a colheita em desenvolvimento, mostrará a produtividade efetiva desse ciclo
para a cultura do amendoim no estado. Os cinco principais EDRs em relação ao amendoim nessa
safra são Marília, Presidente Prudente, Jaboticabal, Tupã e Assis, que
representam juntas 57,7% da produção paulista. 2.3
- Arroz A previsão para a cultura do arroz, de acordo com o
levantamento realizado em novembro de 2021, é de plantio em uma área estimada
de 7,4 mil hectares, o que cor- responde
a 43,4 mil toneladas de arroz. Esses números indicam reduções de área e
produção em relação à safra 2020/21, de 24,3% e 23,7%, respectivamente. A
produtividade, contabilizando 5.845 kg/hectare, assemelha-se à da safra
anterior, com ligeiro aumento de 0,8%. Os dados do próximo levantamento deverão
trazer informações mais precisas sobre a atual safra de arroz no estado de São
Paulo. 2.4 - Batata das Águas
Em relação ao levantamento de setembro para a batata
das águas, a estimativa atual aponta aumento da área cultivada, que chegou a
7.793 hectares (2,5%), estabilidade na produção, chegando a 243.113 toneladas
(0,8%), com produtividade de 31.196,3 kgha (queda de 1,6%). Em relação ao
levantamento final da safra passada, observa-se estabilidade na área (-0,3%), e
menores produção e produtividade: 3,6% e 3,3%, respectivamente. 2.5 - Feijão das Águas
No segundo levantamento da safra 2021/22 para a cultura do
feijão das águas (ou primeira safra), realizado em novembro de 2021, a produção
foi estimada em 111,6 mil toneladas. Se confirmada, representaria queda de
25,1% na comparação com o volume obtido na safra passada (2020/21).
Contribuíram para esse resultado negativo, a menor produtividade, sendo
esperadas perdas de 3,5%, e principalmente a redução em 22,4% na área cultivada
(41,3 mil hectares) em relação à safra anterior. Essa queda de área foi
verificada nos EDRs de Avaré (7,4 mil hectares) e de Itapetininga (4,1 mil hectares),
que ocupam, na ordem, a segunda e terceira posições, diminuindo assim suas
participações (de 48,2% na safra 2020/21 para 34,0% na safra 2021/22) no total da
área de feijão das águas no estado de São Paulo. Contudo, o encolhimento de 8 mil hectares dos 11,5 mil hectares
desses EDRs (Avaré e Itapetininga) responde pelo plantio antecipado, e os dados
finais de área e produção foram contabilizados no feijão de inverno da safra
2020/21, encerrado no final de setembro de 2021. O cultivo do feijão no estado de São
Paulo é realizado em três safras: águas (setembro a janeiro), seca (fevereiro a
junho) e de inverno (abril a setembro), podendo variar de acordo com as
condições do clima e da conjuntura de mercado. O próximo levantamento a ser
realizado em fevereiro de 2022 encerra a safra das águas e traz as primeiras
informações da safra da seca, do ano agrícola 2021/22. 2.6
- Milho de Primeira Safra A cultura do
milho, segundo técnicos da CATI, evolui bem no estado, com condições climáticas
favoráveis na maioria das regiões produtoras. Em comparação com a safra
2020/21, a área foi expandida em 2,8% (342,7 mil hectares), a produção deve ser
7,2% maior, chegando a 2.247,4 mil toneladas, e com produtividade de 6.557
kg/ha. Os bons preços praticados, o aumento das exportações para a China com a
regularização da produção de suínos e os estoques abaixo da média são fatores
que explicam os agricultores a reverterem uma tendência de queda de área
produtiva no estado. 2.7 - Soja A cultura da soja já responde por pouco mais de 65%
da área destinada a culturas de verão no estado. Essa tendência de aumento já
persiste por mais de dez anos, embora tenha diminuído a velocidade de expansão
nas últimas duas safras. Em comparação com o ciclo de 2020/21, a área atual
destinada ao cultivo é estimada em 1.173,4 mil hectares, acréscimo de 1,7%, com
produção esperada de 4.252,9 mil toneladas, com produtividade média de 3.624
kg/ha. Esses valores são, respectivamente, 4,5% e 2,8% superiores à última
safra. O bom retorno financeiro da cultura e o clima até o momento favorável
são boas notícias para os agricultores rurais. 2.8 – Banana O primeiro levantamento da safra de banana para
2021/22 projeta 999,5 mil toneladas da fruta, o que indica diminuição de (5,6%)
na produção e pequeno aumento na produtividade (0,6%) em relação à safra
2020/21. A área total da cultura é de 52,5 mil hectares com plantas novas e em
produção, o que indica queda de 6,8% de área. A redução de área e produção
estão relacionadas aos distúrbios climáticos dos últimos meses. A cultura
concentra-se no EDR de Registro, que responde por 71,6% da produção paulista, e
os principais municípios são Sete Barras, Eldorado e Cajati. Paulatinamente,
outros EDRs têm aumentado suas participações no cultivo da fruta, como São
Paulo, (sendo o principal produtor o município de Itanhaém), Jales (município
de Aparecida D’ Oeste), Pindamonhangaba (município de São Bento do Sapucaí) e
Andradina (município de Pereira Barreto), totalizando 13,1% da produção do
estado. 2.9 - Café Em
novembro de 2021 foi realizado o primeiro levantamento de safra 2021/22 para a
lavoura do café no estado de São Paulo. Inicialmente, se previa temporada de
ciclo de alta para a produção que, porém, foi frustrada pela prolongada
estiagem outonal e primaveril, associada à ocorrência de geadas sobre os
principais cinturões cafeeiros paulistas. Assim, foi estimada por essa campanha
safra de 4,5 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado (272,9 mil
toneladas), resultado em produtividade média de 23,8 sc./ha (1.429 kg/ha). O
resultado para a safra é apenas 12,3% superior à produção estimada na safra
passada, com chances de vir a encolher ainda mais, tendo em conta que no
primeiro levantamento há imensas dificuldades em apontar uma certeira
produtividade. Já os resultados regionalizados apontam, para o cinturão
francano (EDR de Franca), principal polo produtivo paulista, colheita de 1,8
milhão de sacas, situando-se aproximadamente 1 milhão de sacas abaixo daquilo
que se espera em ciclos de alta para a região. Demais EDRs significativas na
produção cafeeira (São João da Boa Vista, Marília e Ourinhos) têm previsões com
desempenho similar às produções ao ciclo de baixa ou ainda menor, como é o caso
de Marília, com estimativa de produção de 335 mil sacas (-11,9%). Nas próximas
campanhas se espera revisão dessas estimativas, com melhor assertividade dos
técnicos em avaliar o estado produtivo das plantas, já afetado pelo excesso de
precipitações e impedimentos em operacionalizar o manejo de adubações (pesada e
de cobertura), e pulverizações nos prazos agronomicamente recomendados. 2.10 - Seringueira Para a
cultura da seringueira, em novembro de 2021 foi realizado o primeiro
levantamento da safra paulista 2021/22, com estimativa inicial da produção de
251,9 mil toneladas de coágulo (látex natural), crescimento de 1,9% em relação
à safra passada (2020/21), por conta do incremento de 1,1% na produtividade e
da expansão de 1,1% de área produtiva (destinada para a sangria). As plantações
dos seringais ocupam uma área total 130,8 mil hectares (24,9 mil hectares de
área nova e de 105,9 mil hectares de área em produção). As principais regiões
produtoras são os EDRs de São José do Rio Preto (28,1%), General Salgado
(11,3%), Votuporanga (11,0%), Barretos (9,7%) e Fernandópolis (6,8%), que representam
juntas 66,9% da área total de seringueira no estado de São Paulo. 3 - RESULTADOS FINAIS, SAFRA AGRÍCOLA 2020/21 O levantamento de
novembro de 2021 finaliza as estimativas da safra 2020/21 para as culturas da
cana-de-açúcar, laranja, cebola (muda e plantio direto), mandioca e tomate
rasteiro (indústria). Os resultados encontram-se na tabela 3, acrescidas das
demais culturas que tiveram suas safras encerradas em levantamentos anteriores. Tabela
3 - Comparativo de área, produção e produtividade
agrícola dos principais produtos vegetais, estado de São Paulo, safra agrícola
2020/21 relativamente a 2019/20 Produto Área (1.000 ha) Produção (1.000 t) Produtividade (kg/ha) Final Final Var.1 % Final Final Var.1 % Final Final Var.1 % Algodão 12,2 5,8 -52,5 39,2 15,8 -59,7 3.218 2.732 -15,1 Amendoim2 154,1 172,8 12,1 624,8 673,8 7,8 4.055 3.899 -3,8 Arroz3 9,8 9,8 0,0 62,2 56,9 -8,5 6.342 5.801 -8,5 Banana4 56,6 56,3 -0,5 1.091,2 1.059,3 -2,9 20.456 19.833 -3,0 Batata das
águas 7,5 7,8 4,0 211,7 252,2 19,1 28.172 32.258 14,5 Batata da
seca 6,7 6,2 -7,5 188,7 189,8 0,6 28.208 30.558 8,3 Batata de
inverno 13,1 12,8 -2,3 420,0 434,2 3,4 32.135 33.922 5,6 Café4 209,4 205,7 -1,8 381,7 243,0 -36,3 1.925 1.240 -35,6 Cana para
forragem 60,9 62,3 2,3 3.682,6 3.741,7 1,6 60.480 60.083 -0,7 Cana para
indústria4 6.125,2 6.084,2 -0,7 437.546,4 408.359,7 -6,7 78.336 74.145 -5,4 Cebola total 5,0 4,5 -10,0 239,1 200,7 -16,1 47.820 44.600 -6,7 Cebola de
bulbinho 0,4 0,3 -25,0 17,0 11,7 -31,2 39.609 36.484 -7,9 Cebola de
muda 1,6 2,0 25,0 59,2 81,0 36,8 37.357 40.500 8,4 Cebola em
plantio direto 3,0 2,2 -26,7 162,9 108,0 -33,7 53.907 49.369 -8,4 Feijão total 102,6 89,2 -13,1 242,4 233,4 -3,7 2.363 2.617 10,8 Feijão das
águas (1ª safra) 61,6 53,2 -13,6 142,0 149,0 4,9 2.307 2.802 21,5 Feijão da
seca (2ª safra) 16,1 12,3 -23,6 35,2 23,7 -32,7 2.186 1.934 -11,5 Feijão de
inverno (3ª safra)3 24,9 23,7 -4,7 65,2 60,6 -7,0 2.623 2.559 -2,4 Laranja4 436,1 423,4 -2,9 12.963,2 12.081,4 -6,8 31.995 30.596 -4,4 Mandioca
para indústria4 63,2 59,0 -6,6 1.363,7 1.245,9 -8,6 30.358 28.950 -4,6 Mandioca para mesa4 19,8 19,9 0,5 247,1 250,0 1,2 16.010 16.097 0,5 Milho3 352,8 333,5 -5,5 2.278,8 2.096,8 -8,0 6.458 6.288 -2,6 Milho safrinha 481,9 492,1 2,1 2.041,5 1.596,4 -21,8 4.236 3.244 -23,4 Seringueira4 135,5 129,6 -4,4 247,7 247,1 -0,2 2.390 2.354 -1,5 Soja3 1.101,3 1.154,3 4,8 3.836,5 4.070,7 6,1 3.484 3.527 1,2 Sorgo total 63,6 61,0 -4,1 231,5 206,6 -10,8 3.640 3.387 -7,0 Sorgo granífero da seca 47,2 49,3 4,4 171,1 163,8 -4,3 3.624 3.324 -8,3 Sorgo granífero das águas 16,4 11,7 -28,7 60,4 42,8 -29,1 3.682 3.666 -0,4 Tomate envarado 10,1 11,2 10,9 772,0 872,6 13,0 76.742 77.979 1,6 Tomate
rasteiro (indústria) 3,2 2,4 -25,0 272,7 185,0 -32,2 85.424 75.520 -11,6 Trigo 100,5 98,9 -1,6 310,9 290,7 -6,5 3.094 2.938 -5,0 Triticale 2,1 5,8 171,3 6,2 15,6 150,7 2.929 2.707 -7,6 Uva para indústria4 0,1 0,1 0,0 2,0 2,0 0,0 22.526 25.270 12,2 Uva para mesa total4 6,7 6,8 1,5 244,9 245,1 0,1 36.552 36.044 -1,4 Uva comum para mesa4 4,5 4,6 2,2 175,9 179,4 2,0 39.982 39.646 -0,8 Uva fina para mesa4 2,2 2,2 0,0 69,0 65,7 -4,8 31.558 30.510 -3,3 1Diferenças nos cálculos de variação percentual podem ocorrer
devido à apresentação da tabela utilizar uma única casa decimal e os cálculos
originais utilizarem o máximo de precisão possível. 2Inclui amendoim das safras das águas e da seca. 3Inclui cultura irrigada. 4Somatório da área nova e área em produção, e produtividade
calculada a partir da área em produção. Fonte: Instituto de Economia Agrícola
(IEA) e Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CATI/CDRS). 3.1 - Batata de Inverno O
levantamento final para a batata de inverno confirmou a intenção apresentada
durante a safra, com crescimento de 5,2% de área (12.815 hectares) e produção 3,9%
maior (434.158,5 toneladas), com produtividade praticamente estável, de
33.880,3 kg/ha (-1,2%). Em relação à safra passada, houve redução de 2,3% na
área plantada, aumento de 3,4% no volume produzido e 5,6% de aumento na relação
de toneladas por hectare. 3.2 - Cana para
Indústria O levantamento final da safra 2020/21 da cana,
realizado em novembro de 2021, indicou estabilidade em relação ao levantamento
anterior (setembro de 2021). Na comparação entre esses dois levantamentos, as
variações foram de redução de 0,1% em área nova e de 0,7% na área para corte, e
queda inferior a 0,1% na produção, totalizando 408,4 milhões de toneladas em
uma área produtiva de 5,5 milhões de hectares. Em relação à safra 2019/20, os resultados deste
levantamento indicam reduções de 0,7% e 6,7%, respectivamente, para área total
e produção. Na safra 2020/21, os EDRs que apresentaram maior
produção foram Barretos, Orlândia, Araraquara, Ribeirão Preto e Andradina.
Esses cinco EDRs representaram 31,6% do total do estado, indicando que a
cultura tem produções significativas em diversas outras áreas do território
paulista. 3.3 – Cebola de Muda e
em Plantio Direto 3.3.1
- Cebola de muda O último levantamento para a cebola de muda indica
redução de 12,9% na área plantada (2.005 hectares), enquanto a produção também
apresentou redução de 8,4%, totalizando 81.054 toneladas, e 40.436 kg/ha de
produtividade, aumento de +5,1% em relação ao levantamento anterior. Em relação
à safra passada, observou se incremento de 25,0% na área cultivada, 36,8% no
volume produzido e 8,4% no rendimento por hectare. 3.3.2
- Cebola plantio direto O
levantamento final para cebola produzida no sistema de plantio direto aponta
para redução de 26,7% na área cultivada, declinando de 3,0 mil hectares para
2,2 mil hectares. Produção e a produtividade também foram menores, com 108,0
mil toneladas para o primeiro (queda de 33,7%), 53.907 kg/ha para o segundo,
redução de 8,4%. 3.4 – Mandioca 3.4.1
- Mandioca para indústria Este levantamento aponta redução de 6,6% da área
ocupada com o produto, passando de 63,2 mil hectares para 59,0 mil hectares,
enquanto a produção foi 8,6% menor, chegando a 1.245,9 mil toneladas. A
produtividade atingiu 28.950 kg/ha, redução de 4,6% em relação à safra
anterior. 3.4.2 - Mandioca para mesa Este levantamento aponta estabilidade em relação à
safra passada, pois a área expandiu-se em 0,5%, chegando à 19,9 mil hectares,
elevando a produção em 1,2%, mantendo, porém, a produtividade praticamente
estável em 16.097 kg/ha (+0,5%). 3.5 - Tomate Rasteiro
(Indústria) A estimativa final da safra 2020/21 para o tomate rasteiro,
obtida no levantamento realizado em novembro de 2021, apresenta redução de área
plantada (25,0%), de produção (32,2%) e de produtividade (11,6%), na comparação
com a safra 2019/20. Com o plantio em 2,4 mil hectares e produção final
consolidada em 185,0 mil toneladas, o rendimento médio estadual foi calculado
em 75,5 t/ha, cerca de 10 t/ha inferior ao valor verificado na safra anterior,
refletindo as condições climáticas desfavoráveis (estiagem prolongada e
ocorrência de geadas) observadas no território paulista entre maio e julho de
2021. Em termos de participação da produção, as principais regiões
produtoras foram os EDRs de Barretos (24,9%), Votuporanga (17,7%) e Jaboticabal
(9,8%), que somadas concentraram 52,4% do volume produzido no estado de São
Paulo. 3.6 - Laranja O levantamento final da safra
agrícola 2020/21 para a cultura da laranja, realizado em novembro de 2021,
mostra as seguintes variações em relação ao levantamento realizado em setembro:
para o número de pés em produção, queda de 0,4%, e para a quantidade produzida,
alta de 0,1%, indicando que entre esses dois levantamentos não houve fatos que
produzissem alterações significativas nas estimativas da laranja paulista. Os
resultados finais da safra, de acordo com este levantamento, são de 152,4
milhões de pés em produção e de 296,1 milhões de caixas de 40,8 kg produzidas. Na comparação com a safra anterior (2019/20), os
resultados da safra atual apresentaram redução de área (2,9%) e também de
produção (6,8%), denotando, dessa forma, diminuição na produtividade em 4,4%. Em relação às principais regiões produtoras no estado
de São Paulo, o levantamento de novembro indica os EDRs de Barretos (11,4%),
São João da Boa Vista (10,8%), Mogi-Mirim (7,3%), Bauru (7,1%) e Botucatu
(7,0%) como os mais importantes para o cultivo. Este ranking permanece praticamente igual ao da safra anterior, apenas
com a inversão de Bauru e Botucatu, que apresentam resultados muito próximos,
na quarta e na quinta posição. Os
resultados deste levantamento encontram-se nas tabelas 5 e 6 por EDR, nas
tabelas 7 e 8 por Região Administrativa (RA) e Região Metropolitana, e na
tabela 9 consta o total do estado para as demais culturas. 4 – INDICADORES DA
AGRICULTURA PAULISTA A composição dos números índices tem por base a
metodologia de Laspeyres e, em comparação ao período anterior, foram
selecionadas as lavouras conforme sua maior participação na composição do valor
da produção. Os resultados agregados, que refletem a evolução da agricultura
paulista no ano agrícola 2020/21, indicam decréscimo de produtividade da terra
de 5,3%, uma vez que a área cultivada foi praticamente a mesma da safra de
2019/20, com uma pequena perda de apenas 0,3%. A redução na produtividade
impactou negativamente com uma queda de aproximadamente 5,8% do volume produzido
(Tabela 4). Tabela
4 - Evolução da agricultura no ano agrícola
2020/21 relativamente a 2019/20, estado de São Paulo Culturas/produtos Produção1 Área2 Produtividade Anuais4 100,48 101,72 98,79
Grãos5 99,31 101,77 97,58 Perenes e semiperenes6 91,80 99,00 93,11 Total 94,22 99,69 94,74 1Índice Laspeyres; ano-base 2019/20 e base de ponderação
2019/20=100. 2Índice simples de área cultivada; 2019/20=100. 3Índice Laspeyres de produção/índice simples de área em produção. 4Abóbora; abobrinha; alface; algodão; amendoim; arroz em casca;
batata das águas, de inverno e da seca; batata- -doce; beterraba; cebola de muda e de
bulbinho (soqueira); cenoura; feijão das águas, de inverno e da seca; melancia;
milho e safrinha; pimentão; repolho; soja; sorgo granífero da seca e das águas;
tomate envarado e rasteiro e trigo. 5Algodão; amendoim; arroz em casca; feijão das águas, de inverno e
da seca; milho e safrinha; soja; sorgo granífero da seca e das águas e trigo. 6Abacate; abacaxi; banana; café; cana para indústria; caqui; figo
para mesa; goiaba de mesa; goiaba para indústria; laranja; limão; mandioca;
manga; maracujá; pêssego para mesa; seringueira; tangerina e uva para mesa. Fonte: Instituto de Economia Agrícola
(IEA) e Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CATI/CDRS). Na análise por agregado de produtos, conforme sua
característica de produção, anuais e grãos, perenes e semiperenes, pode-se
verificar que o grupo de culturas anuais apresentou crescimento aproximado de
1,7% na área cultivada, enquanto o grupo de culturas semiperenes e perenes
reduziu sua participação em área de 1,0%. Essa redução tem relação com a queda
da área cultivada das culturas de cana para indústria (0,7%), laranja (2,9%) e
café (1,8%). Apesar da participação positiva da área plantada e de produção com
culturas anuais, a produtividade foi 1,2% inferior a última safra,
especificamente pela menor área e produção de laranja na safra 2020/21. Merece
destaque a queda significativa na produção de café, de 36,3%, provavelmente
ligado ao fator característico da cultura (bienalidade produtiva) e a geada
ocorrida em boa parte da região produtiva. Apesar do bom desempenho da soja
dentre as culturas anuais, o milho safrinha, com queda significativa de
produção (-21,8%), influenciou em um aumento pouco representativo (0,5%) dentro
de sua categoria. 1Os autores agradecem
aos técnicos do DEXTRU, das Casas de Agricultura, e diretores dos EDRs, da
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), pelo desempenho no
levantamento. Agradecem também as contribuições dos pesquisadores científicos
Ana Victória Vieira Martins Monteiro (feijão), Celso Luis Rodrigues Vegro
(café), José Roberto da Silva (mandioca), Katia
Nachiluk (cana-de-açúcar) e Marisa Zeferino
Barbosa (algodão e soja), além do apoio técnico de Talita Tavares Ferreira e da
equipe do Núcleo de Informática para os Agronegócios do IEA. 2Entende-se por método subjetivo a coleta e sistematização de
dados fornecidos pelos técnicos da Casa de Agricultura, em função de seu
conhecimento regional e/ou da coleta de dados de forma declaratória, fornecida
pelo responsável pela unidade de produção. Palavras-chave: previsão
de safras área, produção, estatísticas agrícolas. COMO CITAR ESTE ARTIGO CAMARGO,
F. P. Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo,
Novembro de 2021. Análises e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v.
17, n. 3, p. 1-12, mar. 2022. Disponível em: colocar o link do artigo.
Acesso em: dd
mmm. aaaa.
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Data de Publicação: 10/03/2022
Autor(es):
Felipe Pires de Camargo (fpcamargo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
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Carlos Roberto Ferreira Bueno Consulte outros textos deste autor
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Carlos Nabil Ghobril (nabil@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Celma Da Silva Lago Baptistella (csbaptistella@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
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Paulo José Coelho (pjcoelho@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Maximiliano Miura (maximiliano.miura@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor