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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Primeiro Semestre de 2021
1 - BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO No
acumulado de janeiro a junho de 2021, as exportações do Estado de São Paulo1
somaram US$25,03 bilhões (18,4% do total nacional) e as importações2
US$32,35 bilhões (32,6% do total nacional), registrando deficit
comercial de US$7,32bilhões (Figura 1). Em relação ao mesmo período de 2020,
houve aumento nas exportações (28,0%) e nas importações (22,0%), e essa
conjunção de desempenhos resultou crescimento de 5,3% do deficit no
saldo da balança comercial paulista nos seis primeiros meses de 2021. O
Estado de São Paulo é o maior polo industrial do país e concentra grande valor
e quantidades de produtos importados, e sua participação na pauta brasileira
corresponde geralmente em torno de 33%. Além disso, há produtos manufaturados
(prontos) cujas importações são registradas no domicílio fiscal do importador (caso
do Estado de São Paulo) que também são revendidos para outros estados
brasileiros. Por esse motivo, os números de importação se mostram sempre
superiores aos da exportação, apresentando resultados deficitários na balança
comercial paulista. Observa-se
na tabela 1 que as exportações dos seis primeiros meses de 2021 registraram
variações positivas e superiores em relação aos meses de 2020. No mês de junho
de 2021, as exportações cresceram 37,6%, e as importações, 40,1%, em relação a
junho de 2020. Um dos motivos desse aumento no acumulado de 2021 é a forte
retomada de alguns setores pós-ajustes em relação à pandemia do covid-19,
inclusive no agronegócio, e também pela desvalorização do real perante o dólar,
principalmente nos quatros primeiros meses de 2021. 1.1 - Análise
setorial do agronegócio Na análise setorial do
agronegócio, o resultado do acumulado de 2021, na comparação com o mesmo
período do ano anterior, indica que o agronegócio3 paulista
apresentou aumento nas exportações (+11,0%), alcançando US$9,20 bilhões, e nas
importações (+3,7%), totalizando US$2,24 bilhões; com esses resultados,
obteve-se superavit de US$6,96
bilhões, 13,5% superior ao mesmo período de 2020 (Tabela 2). A participação das
exportações do agronegócio paulista no total do Estado é de 36,8%, enquanto a
participação das importações setoriais é de 6,9% (Figura 1). Há que se destacar que as
exportações paulistas nos demais setores da economia - exclusive o agronegócio
- somaram US$15,83 bilhões, e as importações, US$30,11 bilhões, gerando um deficit externo desse agregado de
US$14,28 bilhões. Dessa forma, conclui-se que o deficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao
desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo (US$6,96
bilhões). A tabela 2 apresenta os
resultados mensais da balança comercial do agronegócio paulista. Analisando o
comportamento de junho/21 as exportações do Estado de São Paulo somaram US$1,68
bilhão e as importações US$0,35 bilhão, registrando superavit de US$1,33
bilhão. Na comparação com junho de 2020, o valor da balança comercial
apresentou aumentos de 11,3% nas exportações e de 34,6% nas importações (Tabela
2). 1.2 -
Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos Os cinco principais
grupos nas exportações do agronegócio paulista, no primeiro semestre de 2021
foram: complexo sucroalcooleiro (US$2,98 bilhões, sendo que desse total o
açúcar representou 87,9%, e o álcool, 12,1%), complexo soja (US$1,62 bilhão),
setor de carnes (US$1,15 bilhão, do qual a carne bovina respondeu por 86,7%),
grupo dos sucos (US$722,06 milhões, dos quais 96,8% referentes a sucos de
laranja) e produtos florestais (US$765,83 milhões, com participações de 50,1%
de papel e 35,3% de celulose). O grupo de café, tradicional nas exportações
paulistas, aparece na sétima colocação (US$353,63 milhões, dos quais 74,9%
referentes ao café verde). O agregado dos cinco principais grupos representou
79,3% das vendas externas setoriais paulistas (Tabela 3). Ainda de acordo com a tabela
3, no primeiro semestre de 2021, em comparação com o de 2020, houve importantes
variações nos valores exportados dos cinco principais grupos de produtos da
pauta paulista, com aumentos para os grupos do complexo sucroalcooleiro
(+26,3%), dos sucos (+15,1%), das carnes (+6,0%), e do complexo soja (0,6%),
além de quedas registradas para produtos florestais (-5,2%). O grupo café, por
sua vez, apresentou variação positiva de 15,5%. Essas variações nas receitas do
comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços
como de volumes exportados. 1.3 - Exportações dos Principais Produtos do
Agronegócio Paulista Os
dados de valor e volume exportados dos principais produtos dos grupos mais
relevantes do agronegócio paulista no primeiro semestre de 2021, em comparação
com igual período de 2020, são apresentados na tabela 4. Desses
grupos relevantes, o sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação
(32,4%) nas exportações paulistas. No total, o grupo cresceu 26,3% em valores e
11,1% em volumes exportados, devido ao desempenho das vendas externas do açúcar
(29,5% em valores e 11,6% em volume). Para o álcool, os embarques apresentaram
aumentos de 4,3% em volume e de 7,1% em valores, quando comparados com o mesmo
período de 2020. Os destinos das exportações desse grupo são bem diversificados
em termos de participação dos países, e os resultados apontam como principais
compradores China (11,3%), Argélia (7,6%), Nigéria (7,2%), Arábia Saudita
(7,0%), Bangladesh (6,7%), Indonésia (5,9%), Malásia (5,1%) e Coreia do Sul
(5,0%). O
grupo composto pelo complexo soja tem a segunda posição na pauta do estado e
obteve, de janeiro a junho de 2021, desempenho negativo com queda nos embarques
O
grupo de carnes aparece na terceira posição na pauta do estado, apresentando
aumento em valores (6,0%) e queda em volume (-3,6%) em relação aos seis
primeiros meses de 2020. A carne bovina, com maior contribuição, no grupo
registrou aumentos de 8,2% em valores e de 0,2% em volume exportado. O
desempenho da carne de frango foi de retração em valores (-8,0%) e em volumes
(-11,1%). A carne suína apresentou elevações de 20,1% em valores e de 4,0% na
quantidade embarcada. Os principais destinos em participação são China (45,6%),
Estados Unidos (16,2%), Hong Kong (7,3%), União Europeia (6,7%), Filipinas
(3,0%) e Reino Unido (2,0%), enquanto os demais países compradores somam 19,2%
de participação. O
suco de laranja (FCOJ concentrado) exibiu queda (-4,0%) no valor e aumento de
0,5% em volume exportado. Para o suco NFC (não congelado), as vendas externas
cresceram em valores (+25,5%) e em volume (24,3%). A variação total das
exportações do grupo de sucos foi de +15,1% em valores e 20,5% em volume, na
comparação com os seis primeiros meses de 2020. Os maiores compradores desse
grupo são União Europeia (61,8%), Estados Unidos (20,6%), China (5,9%), Reino
Unido (2,1%) e Japão (1,9%). Os
produtos florestais aparecem com quedas de -5,2% em valores e -2,5% em volume
em relação ao ano anterior. O produto papel, principal item do grupo na pauta paulista,
obteve variação negativa quanto aos valores (-8,3%) e ao volume (-4,5%). As
exportações dos produtos de celulose apresentaram quedas nos valores (-13,0%) e
queda nos embarques (-6,4%). O principal destino em participação de valores
exportados é a União Europeia (19,5%), seguida pela China (14,5%), Estados
Unidos (13,8%), Argentina (8,0%), Chile (5,2%) e Reino Unido (4,8%). Para
o grupo do café, os resultados apontaram aumentos de 15,5% nos valores e de
18,8% no volume das exportações paulistas. O principal produto desse grupo é o
café verde, que registrou aumento de 22,7% em valores e 22,5% em quantidades
exportadas pelo estado, enquanto o café solúvel exibiu decréscimos de -4,9% em
valores e de -5,6% em volume comercializado. A União Europeia é o principal
destino e suas compras representam 44,9% do valor exportado; na sequência,
aparecem Estados Unidos (16,5%) e Japão (8,4%). 1.4 - Destinos das Exportações do Agronegócio Paulista Em relação aos destinos das exportações do
agronegócio paulista no primeiro semestre de 2021 (tabela 5), a China (US$ 2,43
bilhões, 26,4% de participação e variação positiva de 10,9% em relação ao valor
do primeiro semestre de 2020) é o principal destino das exportações de São
Paulo, seguida da União Europeia (US$ 1,23 bilhão, 13,4% de participação e
aumento de 0,2% sobre 2020) e dos Estados Unidos (US$ 830,77 milhões,
participação de 9,0% e variação positiva de 22,0%). Na sequência, completando
os 10 principais destinos em termos de participação, aparecem Argélia (2,7%),
Arábia Saudita e Bangladesh (ambos com 2,6%), Nigéria (2,4%), Indonésia (2,3%),
Coreia do Sul (2,2%), Índia (1,8%) e Malásia (1,8%). A tabela 5 apresenta os 20
principais destinos das exportações paulistas no ano de 2021 que, somados,
representam 78,8% do total, e as respectivas pautas (em %) por grupos de
produtos. Ainda de acordo com a
tabela 5, observa-se uma diferenciação na composição das pautas dos principais
parceiros comerciais do agronegócio paulista. A China importou principalmente
produtos de complexo soja (50,2%) e de carnes (21,6%), enquanto na pauta da
União Europeia predominam os produtos do grupo de sucos (38,8%, basicamente
suco de laranja) e do café (12,9%). Já os Estados Unidos apresentam pauta
bastante diversificada, composta principalmente pelos grupos das carnes (22,4%)
e de sucos (19,1%). Na sequência dos dez maiores importadores, da Argélia até a
Malásia, todos têm elevada concentração de suas importações no complexo
sucroalcooleiro (acima de 60% de representatividade) e Argentina e Reino Unido
recebem 42,3% e 25,8% respectivamente, dos produtos florestais exportados. 1.5 - Importações do Agronegócio
Paulista Os principais produtos da pauta de
importação do agronegócio paulista nos primeiros seis meses de 2021 foram papel
(US$170,57 milhões), seguido de trigo (US$153,04 milhões) e salmões (US$136,27
milhões). A figura 2 apresenta os dez principais produtos que representam 45,8%
(US$1,03 bilhão) do total importado de janeiro a junho (US$2,25 bilhões). 2 - BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL A balança comercial
brasileira registrou saldo positivo de
US$36,73 bilhões no acumulado de janeiro a junho de 2021, com exportações de
US$135,89 bilhões e importações de US$99,16bilhões. Esse resultado indica
aumento de 64,8% no saldo comercial
em relação ao mesmo período de 2020, quando alcançou US$22,29 bilhões (Figura
3). A tabela 6 apresenta o
comportamento mensal indicando que, no mês de junho de 2021, as exportações
brasileiras somaram US$28,10 bilhões, e as importações, US$17,84 bilhões,
apresentando superavit de US$10,26
bilhões. Na comparação com junho de 2020, os valores cresceram 60,8% nas
exportações e 62,5% nas importações (Tabela 6), resultado impactado pela
retomada do crescimento econômico dos principais países da pauta da balança
comercial brasileira. 2.1 - Análise
Setorial do Agronegócio Na análise setorial, as
exportações do agronegócio brasileiro no primeiro semestre de 2021 (Figura 3)
apresentaram aumento (+20,8%) em relação a igual período de 2020, alcançando
US$61,49 bilhões (45,2% do total nacional). Já as importações cresceram 20,2%
no período, registrando US$7,50 bilhões (7,6% do total nacional). O superavit do agronegócio foi de US$53,99
bilhões no período, 20,9% superior na comparação com os meses de janeiro a
junho de 2020 (Figura 3 e no acumulado da Tabela 7). Portanto, o comércio
exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao bom desempenho do
agronegócio, uma vez que os demais setores da economia, com exportações de
US$74,40 bilhões e importações de US$91,66 bilhões, produziram um deficit de US$17,26 bilhões nos
primeiros seis meses de 2021. A participação das
exportações do agronegócio no total nacional recuou 5,4 pontos percentuais, e a
das importações caiu 0,4 p.p. no período analisado (Figura 3). A tabela 7 mostra os
resultados mensais da balança comercial do agronegócio nacional. Em junho de
2021, as exportações somaram US$12,11 bilhões, e as importações, US$1,27
bilhão, registrando superavit de
US$10,84 bilhões. Na comparação com junho de 2020, o valor do saldo da balança
comercial cresceu 22,3%, com acréscimos de 25,0% nas exportações e de 53,0% nas
importações. 2.2 – Exportações
do Agronegócio Brasileiro por Grupos de Produtos Os cinco principais
grupos nas exportações do agronegócio brasileiro no primeiro semestre de 2021
foram: complexo soja (US$29,26 bilhões, sendo 84,8% de participação da soja em
grãos), carnes (US$9,05 bilhões, com as carne bovina, de frango e suína
representando, respectivamente, 45,0%, 37,6% e 14,8% desse total), produtos
florestais (US$6,40 bilhões, com participações de 49,2% de celulose e 37,8% de
madeira), complexo sucroalcooleiro (US$4,64 bilhões, dos quais 89,0% de açúcar)
e grupo de café (US$2,98 bilhões, tendo o café verde com participação de
91,2%). Esses cinco grupos agregados representaram 85,2% das vendas externas
setoriais brasileiras (Tabela 8). Ainda conforme a tabela
8, na comparação com os meses de janeiro a junho de 2020, houve importantes
variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos do
agronegócio brasileiro, com destaque para os grupos de complexo sucroalcooleiro
(+30,4%), complexo soja (+25,3%), café (+17,7%), produtos florestais (+12,8%) e
carnes (+9,2%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas
da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados. 2.3 -
Exportações dos Principais Produtos do Agronegócio Brasileiro A
tabela 9 apresenta os dados de valor e volume exportados dos principais
produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio brasileiro e suas
respectivas variações no acumulado dos meses de janeiro a junho de 2021, em
comparação com o mesmo período de 2020. Desses
grupos relevantes, o complexo soja, que apresenta a maior participação (47,6%),
registrou aumento em valores (+25,3%) e queda no volume exportado (-2,2%) em
relação ao mesmo período do ano anterior. A soja em grão, principal produto
deste grupo, teve elevação de 24,3% em valores e queda de -2,1% em volume. A
China representa 59,9% das compras desse grupo, seguida por União Europeia
(14,2%) e Tailândia (4,5%), enquanto os demais países importadores somam 21,4%. O
grupo de carnes, que tem a segunda posição na pauta brasileira, apresentou
avanço de 9,2% em valores e 5,3% em volume em relação ao primeiro semestre de
2020. A carne bovina apresentou crescimento de 4,3% em valores e retração de -3,6%
em volumes exportados. Com resultado expressivo mostra-se a carne suína (+25,3%
e +17,3%) e a carne de frango (+10,0% e +6,0%), com aumentos em valores e
volume, respectivamente. Nesse grupo, a China se destacou como principal
destino e representa 36,9% das compras de carnes. Na sequência aparecem Hong
Kong (8,7%), Arábia Saudita (5,3%), União Europeia (4,4%) e Japão (4,3%), enquanto
os demais países somam 40,4% de participação. O
grupo produtos florestais aparece na terceira posição na pauta brasileira,
apresentando variações positivas em valores (+12,8%) e em volume exportado
(+9,4%). Destaca-se expressivo aumento do valor e volume da madeira (+52,4% e
+36,7%, respectivamente), enquanto a celulose apresentou pequenos ganhos em
valores (+0,5%) e queda em quantidade (-0,5%). Já o papel apresentou variações
negativas para valores (-12,6%) e volumes (-11,8%), nas exportações dos
primeiros seis meses de 2021 quando confrontados com igual período de 2020. Os
principais países importadores desse grupo são Estados Unidos (26,8% de
participação), China (24,2%) e União Europeia (17,7%). Para
o grupo sucroalcooleiro, os resultados do primeiro semestre de 2021 foram
bastante positivos, com crescimento expressivo em valores e quantidades
embarcadas (+30,4% e +15,8%, respectivamente). O açúcar exibiu bom desempenho
do grupo, com aumentos para valores (+30,7%) e volumes (+15,2%) no período
analisado. O mesmo acontece para o álcool etílico, com incrementos de 28,3% e
24,9% para valores e quantidades embarcadas, em comparação com o período de
janeiro a junho de 2020. Assim como para o Estado de São Paulo, os destinos das
exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação dos
países. Os resultados principais apontam China (10,9%), Argélia (8,6%),
Bangladesh (6,7%), Nigéria (6,2%), Arábia Saudita (5,5%), Indonésia (5,4%) e
Irã (4,1%). O
grupo do café apresenta ganho em valores (+17,7%) e em quantidade (+17,5%), tendo
o café verde o principal produto variações positivas de 20,2% em valores, e de
18,2% em quantidades exportadas pelo país. Quanto às participações dos países
destinos das exportações em valores, a União Europeia representa 46,3% desse
grupo, seguida por Estados Unidos (18,9%) e Japão (7,0%). 2.4 - Destinos
das Exportações do Agronegócio Brasileiro Em relação aos destinos
das exportações do agronegócio brasileiro nos seis primeiros meses de 2021, a
liderança permanece com a China (US$23,96 bilhões, 39,0% de participação e
20,1% de crescimento em comparação com o mesmo período do ano anterior), seguida
por União Europeia (US$8,94 bilhões, 14,5% de participação) e Estados Unidos (US$3,93 bilhões, 6,4% de participação). A tabela
10 apresenta os 20 principais destinos das exportações que, somados,
representam 85,2% do total, e as respectivas pautas (em %) por grupos de
produtos. Ainda de acordo com a tabela 10, observa-se uma diferenciação na
composição das pautas dos principais países. A China importa principalmente
produtos do complexo soja (73,2%) e carnes (13,9%). Já a União Europeia possui
pauta mais diversificada, com destaque para complexo soja (46,4%), café
(15,4%), produtos florestais (12,7%) e sucos (6,0%). Os Estados Unidos têm como
principal produto na pauta os produtos florestais (43,6%), seguido pelo café
(14,3%). Na sequência, aparecem Tailândia, Turquia, Vietnã, Coreia do Sul,
Indonésia e Bangladesh tendo o complexo soja o principal grupo; o Japão, com
destaque para carnes, completa a lista dos dez principais importadores no
primeiro semestre de 2021. 2.5
- Importações do Agronegócio Brasileiro Os principais produtos da pauta de importação do
agronegócio brasileiro de janeiro a junho de 2021 foram trigo (US$856,38
milhões), seguido de papel (US$433,76 milhões) e malte (US$343,07 milhões). A
figura 4 apresenta os dez principais produtos que representam 43,2% (US$3,24
bilhões) do total importado (US$7,50 bilhões). 3 - PARTICIPAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO BRASIL A participação paulista no total da balança comercial brasileira (todos
os setores da economia) apresentou queda de 1,0 p.p. nas exportações e 1,2 p.p.
nas importações no primeiro semestre de 2021, na comparação com o mesmo período
do ano anterior, apontando valores de representatividade de 18,4% nas
exportações e de 32,6% para as importações (Figura 5). Para o agronegócio, as
exportações setoriais de São Paulo nos seis primeiros meses de 2021
representaram 15,0% em relação ao agronegócio brasileiro, valor -1,3 ponto
percentual inferior ao registrado no mesmo período de 2020; já as importações
tiveram queda (4,7 p.p.), passando de 34,6% para 29,9% (Figura 5). 1Estado produtor (unidade da Federação exportadora), para efeito de
divulgação estatística de exportação, é aquele onde foram cultivados os
produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados,
total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual
foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote
sua forma final. 2Estado importador (unidade da Federação importadora) é definido como aquele
do domicílio fiscal do importador. 3Os grupos de
produtos dos agronegócios podem ser vistos na opção “Tabela de Agrupamentos” de
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Agrostat. Brasília:
MAPA, 2021. Disponível em:
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGROSTAT.html. Acesso em: jul.
2021. Palavras-chave: agronegócio,
balança comercial, exportações, importações, comércio exterior, grupo de
produtos. COMO CITAR ESTE ARTIGO OLIVEIRA,
M. D. M.; ANGELO, J. A.; GHOBRIL, C. N. Balança Comercial dos Agronegócios
Paulista e Brasileiro,
Primeiro Semestre de 2021. Análises e Indicadores do Agronegócio, São
Paulo, v. 16, n. 7, jul. 2021, p. 1-18. Disponível em: colocar o link do artigo.
Acesso em: dd
mmm. aaaa.
(-20,6%) e aumento em valores (+0,6%). A soja em grão, principal produto do
grupo, apresentou pequeno aumento nos valores e variação negativa nos volumes
(1,9% e -18,4%, respectivamente), quando comparados com o mesmo período de
2020. A China (75,0%) é o principal destino em termos de participação de
valores, seguida da Tailândia (5,3%).
Data de Publicação: 22/07/2021
Autor(es):
Marli Dias Mascarenhas Oliveira (marlimascarenhasoliveira@gmail.com) Consulte outros textos deste autor
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Carlos Nabil Ghobril (nabil@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor