Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Janeiro a Maio de 2021

 

1 - BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

No acumulado de janeiro a maio de 2021, as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$20,17 bilhões (18,6% do total nacional), e as importações2, US$26,73 bilhões (32,8% do total nacional), registrando deficit comercial de US$6,56 bilhões (Figura 1). Em relação ao mesmo período de 2020, houve aumento nas exportações (24,0%) e nas importações (18,8%); essa conjunção de desempenhos resultou crescimento de 5,3% do deficit no saldo da balança comercial paulista nos cinco primeiros meses de 2021.

 

O Estado de São Paulo é o maior polo industrial do país e concentra grande valor e quantidades de produtos na pauta de importação; sua participação na pauta brasileira corresponde a 32,8% em 2021. Além disso, tem-se produtos manufaturados (prontos) cujas importações são registradas no domicílio fiscal do importador (caso do Estado de São Paulo), que também são revendidos para outros estados brasileiros. Por esse motivo, os números de importação se mostram sempre superiores aos da exportação, apresentando resultados deficitários na balança comercial paulista.

Observa-se na tabela 1 que as exportações dos cinco primeiros meses de 2021 registraram variações positivas e superiores em relação aos meses de 2020. No mês de maio/2021, as exportações cresceram 43,0% e as importações, 50,4%, em relação a maio/2020. Um dos motivos desse aumento no acumulado de 2021 é a forte retomada de alguns setores pós-ajustes em relação à pandemia da covid-19, inclusive no agronegócio, e também a desvalorização do real perante o dólar. No período de fevereiro/2020 (pré-pandemia no Brasil) a maio/2021, o dólar apresentou valorização de 22,0%.

 

 

1.1 - Análise Setorial do Agronegócio

Na análise setorial do agronegócio, o resultado do acumulado de 2021, na comparação com o mesmo período do ano anterior, indica que o agronegócio3 paulista apresentou aumento nas exportações (+9,4%), alcançando US$7,42 bilhões, e queda nas importações (-0,5%), totalizando US$1,89 bilhão; com esses resultados, obteve-se superavit de US$5,53 bilhões, 13,3% superior ao mesmo período de 2020 (Figura 1).

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado é de 36,8%, enquanto a participação das importações setoriais é de 7,1% (Figura 1).

 

Há que se destacar que as exportações paulistas nos demais setores da economia - exclusive o agronegócio - somaram US$12,75 bilhões, e as importações, US$24,84 bilhões, gerando um deficit externo desse agregado de US$12,09 bilhões. Dessa forma, conclui-se que o deficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo (US$5,53 bilhões).

A tabela 2 apresenta os resultados mensais da balança comercial do agronegócio paulista. Analisando-se o comportamento de maio/2021, as exportações do Estado de São Paulo somaram US$1,67 bilhão, e as importações, US$0,35 bilhão, registrando superavit de US$1,32 bilhão. Na comparação com maio/ 2020, o valor da balança comercial recuou 2,3% nas exportações e teve aumento de 25% nas importações (Tabela 2).

 

 

1.2 - Exportações do agronegócio paulista por grupos de produtos

Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista, de janeiro a maio 2021, foram: complexo sucroalcooleiro (US$2,31 bilhão, sendo que, desse total, o açúcar representou 87,9% e o álcool, 12,1%), complexo soja (US$1,35 bilhão), setor de carnes (US$917,38 milhões, dos quais a carne bovina respondeu por 86,7%), grupo de produtos florestais (US$628,86 milhões, com participações de 48,6% de papel e 36,5% de celulose) e dos sucos (US$622,41 milhões, dos quais 96,9% referentes a sucos de laranja). O grupo de café, tradicional nas exportações paulistas, aparece na sexta colocação (US$305,14 milhões, dos quais 75,9% referentes ao café verde). O agregado dos cinco principais grupos representou 78,7% das vendas externas setoriais paulistas (Tabela 3).

 

 

Ainda de acordo com a tabela 3, nos primeiros cinco meses de 2021, em comparação com os de 2020, houve importantes variações nos valores exportados dos cinco principais grupos de produtos da pauta paulista, com aumentos para os grupos de complexo sucroalcooleiro (+29,3%), carnes (+2,6%) e sucos (+9,9%). O grupo café apresentou variação positiva de 15,9%. Foram registradas quedas para complexo soja (-2,6%) e produtos florestais (-7,8%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.

 

1.3 - Exportações dos Principais Produtos do Agronegócio Paulista

Os dados de valor e volume exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio paulista nos quatro primeiros meses de 2021, em comparação com igual período de 2020, são apresentados na tabela 4.

Desses grupos relevantes, o sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação (31,6%) nas exportações paulistas. No total, o grupo cresceu 29,3% em valores e 17,3% em volumes exportados, devido ao desempenho das vendas externas do açúcar (31,6% em valores e 16,7% em volume). Para o álcool, os embarques apresentaram aumentos de 24,6% em volume e de 14,6% em valores, quando comparados com o mesmo período de 2020. Os destinos das exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação dos países, e os resultados apontam como os principais compradores: China (10,2%), Argélia (8,0%), Indonésia (7,6%), Arábia Saudita e Bangladesh (ambos com 7,3%), Nigéria (6,8%) e Malásia (5,0%).

O grupo composto pelo complexo soja tem a segunda posição na pauta do estado, e obteve, de janeiro a maio de 2021, desempenho negativo, com queda nos embarques
(-22,5%) e em valores (-2,6%). A soja em grão, principal produto do grupo, apresentou estabilidade nos valores e variação negativa nos volumes (0,3% e -18,9%, respectivamente), quando comparados com o mesmo período de 2020. A China (76,9%) é o principal destino em termos de participação de valores, seguida da Tailândia (5,2%).

O grupo de carnes aparece na terceira posição na pauta do estado, apresentando aumento em valores (2,6%) e queda em volume (-5,5%) em relação aos cinco primeiros meses de 2020. A carne bovina com maior contribuição no grupo registrou aumentos de 5,7% em valores e de 0,6% em volume exportado. O desempenho da carne de frango foi de retração em valores (-15,4%) e em volumes (-16,0%). A carne suína apresentou elevações de 49,0% em valores e de 22,8% na quantidade embarcada. Os principais destinos em participação são: China (44,8%), Estados Unidos (16,2%), Hong Kong (7,5%), União Europeia (6,6%), Filipinas (3,3%) e Reino Unido (2,0%); os demais países compradores somam 19,6% de participação.

Os produtos florestais aparecem com quedas de -7,8% em valores e -2,7% em volume em relação ao ano anterior. O produto papel, principal item do grupo na pauta paulista, obteve variação negativa quanto aos valores (-15,6%) e ao volume (-10,7%). As exportações dos produtos de celulose apresentaram quedas nos valores (-9,0%) e nos embarques (-0,6%). O principal destino em participação de valores exportados é a União Europeia (19,3%), seguida de China (15,2%), Estados Unidos (14,2%), Argentina (7,9%), e Chile e Reino Unido (ambos com 4,9%).

O suco de laranja (FCOJ concentrado) exibiu queda (-3,9%) no valor e aumento de 3,9% em volume exportado. Para o suco NFC (não congelado), as vendas externas cresceram em valores (+23,2%) e em volume (26,1%). A variação total das exportações do grupo de sucos foi de +9,9% em valores e 20,1% em volume na comparação com os cinco primeiros meses de 2020. Os maiores compradores desse grupo são: União Europeia (60,4%), Estados Unidos (21,9%), China (5,3%), Japão (2,1%) e Reino Unido (1,9%).

Para o grupo do café, os resultados apontaram aumentos de 15,9% nos valores e de 21,2% no volume das exportações paulistas. O principal produto desse grupo é o café verde, que registrou aumento de 23,6% em valores e 25,3% em quantidades exportadas pelo estado, enquanto o café solúvel exibiu decréscimos de 6,0% em valores e de 5,4% em volume comercializado. A União Europeia é o principal destino e suas compras representam 45,8% do valor exportado; na sequência aparecem Estados Unidos (17,0%) e Japão (8,2%).

 

1.4 - Importações do Agronegócio Paulista

Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista nos primeiros cinco meses de 2021 foram papel (US$144,9 milhões), trigo (US$125,9 milhões) e salmões (US$109,8 milhões). A figura 2 apresenta os dez principais produtos que representam 45,3% (US$857,49 milhões) do total importado de janeiro a maio (US$1,89 bilhão).

 

2 - BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL

A balança comercial brasileira registrou saldo positivo US$27,13 bilhões no acumulado de janeiro a maio de 2021, com exportações de US$108,64 bilhões e importações de US$81,51 bilhões. Esse resultado indica aumento de 71,82% no saldo comercial em relação ao mesmo período de 2020, quando alcançou US$15,79 bilhões (Figura 3).

 

 

A tabela 5 apresenta o comportamento mensal da balança comercial, no mês de maio de 2021, quando as exportações brasileiras somaram US$26,95 bilhões e as importações US$17,66 bilhões, apresentando superavit de US$9,29 bilhões. Na comparação com maio de 2020, os valores cresceram 53,8% exportações e 65,4% nas importações (Tabela 5), resultado impactado pela retomada do crescimento econômico dos principais países da pauta da balança comercial brasileira.

 

 

2.1 - Análise Setorial do Agronegócio

Na análise setorial, as exportações do agronegócio brasileiro nos cinco primeiros meses de 2021 (Figura 3) apresentaram aumento (+21,9%) em relação igual período de 2020, alcançando US$50,24 bilhões (46,2% do total nacional). Já as importações cresceram 15,2% no período, registrando US$6,23bilhões (7,6% do total nacional).

O superavit do agronegócio foi de US$44,01 bilhões no período, sendo 23,0% superior na comparação com os meses de janeiro a maio de 2020 (Figura 2).

A participação das exportações do agronegócio no total nacional recuou 3,3 pontos percentuais, e a das importações caiu 0,4 p.p. no período analisado (Figura 2). Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao bom desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores da economia, com exportações de US$58,40 bilhões e importações de US$75,28 bilhões, produziram um deficit de US$16,88 bilhões nos primeiros cinco meses de 2021.

A tabela 6 mostra os resultados mensais da balança comercial do agronegócio nacional. Em maio de 2021, as exportações somaram US$13,94 bilhões, e as importações, US$1,22 bilhão, registrando superavit de US$12,72 bilhões. Na comparação com maio de 2020, o valor do saldo da balança comercial cresceu 32,8%, com acréscimos de 33,8% nas exportações e aumentos de 45,2% nas importações.

 

 

2.2 – Exportações do Agronegócio Brasileiro por Grupos de Produtos

Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio brasileiro nos cinco primeiros meses de 2021 foram: complexo soja (US$23,81 bilhões, sendo 85,3% de participação da soja em grãos), carnes (US$7,26 bilhões, com as carnes bovina, de frango e suína representando, respectivamente, 44,6%, 38,1% e 14,7% desse total), produtos florestais (US$5,21 bilhões, com participações de 49,6% de celulose e 37,6% de madeira), complexo sucroalcooleiro (US$3,62 bilhões, dos quais 90,6% são de açúcar) e grupo de café (US$2,53 bilhões, tendo o café verde participação de 91,5%). Esses cinco grupos agregados representaram 84,5% das vendas externas setoriais brasileiras (Tabela 7).

 

Ainda conforme a tabela 7, na comparação entre os meses de janeiro a maio de 2020, houve importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos do agronegócio brasileiro, com destaque para complexo sucroalcooleiro (+33,5%), complexo soja (+29,9%), café (+14,4%), produtos florestais (+10,6%) e carnes (+5,7%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.

 

2.3 - Exportações dos Principais Produtos do Agronegócio Brasileiro

A tabela 8 apresenta os dados de valor e volume exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio brasileiro e suas respectivas variações nos meses de janeiro a maio de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020.

Desses grupos relevantes, o complexo soja, que apresenta a maior participação (47,4%), registrou aumentos em valores (+29,9%) e no volume exportado (+3,8%) em relação ao mesmo período do ano anterior. O principal produto desse grupo, a soja em grão, teve elevação de 29,6% em valores e de 4,9% em volume. A China representa 61,8% das compras desse grupo, seguida por União Europeia (13,4%) e Tailândia (4,2%), enquanto os demais países importadores somam 20,6%.

O grupo de carnes, que tem a segunda posição na pauta brasileira, apresentou avanço de 5,7% em valores e 4,4% em volume nos primeiros meses de 2021. A carne bovina apresentou crescimento de 2,3% em valores e retração -2,9% em volume exportados. Com resultado expressivo estão as carnes suína (22,8% e 18,4%) e a de frango (4,1% e 4,0%), com aumentos em valores e volume, respectivamente. Nesse grupo, a China se destacou como principal destino e representa 36,1% das compras de carnes. Na sequência aparecem Hong Kong (9,0%), Arábia Saudita (5,8%), Japão (4,4%) e União Europeia (4,3%); os demais países somam 40,4% de participação.

O grupo de produtos florestais aparece na terceira posição na pauta brasileira, apresentando variações positivas em valores (+10,6%) e em volume exportado (+10,6%). Destaca-se expressivo aumento do valor e volume da madeira (+47,2% e +35,2%, respectivamente), enquanto a celulose apresentou pequenos ganhos em volume e quantidade (0,1% e 2,2%, respectivamente). Já o papel apresentou variações negativas para valores
(-16,5%) e volumes (-14,3) nas exportações dos primeiros cinco meses de 2021, quando confrontadas com igual período de 2020. Os principais países importadores desse grupo são Estados Unidos (27,0% de participação), China (23,8%) e União Europeia (18,1%).

Para o grupo sucroalcooleiro, os resultados do primeiro quadrimestre de 2021 foram bastante positivos, com crescimento expressivo em valores e quantidades embarcadas (33,5% e 22,8%, respectivamente). O açúcar exibiu bom desempenho do grupo, com aumentos para valores (35,0%) e volumes (22,4%) no período analisado. O mesmo para o álcool etílico, com incrementos de 22,3% e 32,6% para valores e quantidades embarcadas, em comparação com o período de janeiro a maio de 2020. Assim como o Estado de São Paulo, os destinos das exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação dos países. Os resultados apontam como principais compradores a China (10,8%), Argélia (8,1%), Indonésia (7,3%), Bangladesh (6,7%), Nigéria (5,8%), Arábia Saudita (5,7%) e Irã (4,9%).

O grupo do café apresenta ganho em valores (14,4%) e em quantidade (16,7%), sendo o café verde o principal produto com variações positivas de 16,7% em valores e de 17,6% em quantidades exportadas pelo país. Quanto às participações dos países destinos das exportações em valores, a União Europeia representa 46,2% desse grupo, seguida de Estados Unidos com 19,6% e Japão 6,8%.

2.4 - Importações do Agronegócio Brasileiro

Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio brasileiro de janeiro a maio de 2021 foram: trigo (US$710,90 milhões), papel (US$359,96 milhões) e malte (US$288,81 milhões). A figura 4 apresenta os dez principais produtos que representam 42,4% (US$2,64 bilhões) do total importado (US$6,23 bilhões).

 

2.5 - Participação do Estado de São Paulo no Brasil

A participação paulista no total da balança comercial brasileira (todos os setores da economia) apresentou queda de 1,3 ponto percentual nas exportações e estabilidade nas importações no primeiro quadrimestre de 2021, na comparação com o mesmo período do ano anterior, apontando valores de representatividade de 18,6% nas exportações e de 32,9% para as importações (Figura 5).

Para o agronegócio, as exportações setoriais de São Paulo nos cinco primeiros meses de 2021 representaram 14,8% em relação ao agronegócio brasileiro, valor -1,7 ponto percentual inferior ao registrado no mesmo período de 2020; já as importações tiveram queda (4,8 p.p.), passando de 35,1% para 30,3% (Figura 5).

 

 

 

 

1Estado produtor (unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

 

2Estado importador (unidade da Federação importadora) é definido como a unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.

 

3Os grupos de produtos dos agronegócios podem ser vistos na opção “Tabela de Agrupamentos” de MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Agrostat. Brasília: MAPA, 2020. Disponível em:  http://indicadores.agricultura.gov.br/agrostat/index.htm. Acesso em: jun. 2021.


 

 

Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações, comércio exterior, grupo de produtos.

 

 


 

 

COMO CITAR ESTE ARTIGO 

OLIVEIRA, M. D. M.; ANGELO, J. A.; GHOBRIL, C. N. Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Janeiro a Maio de 2021. Análises e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v. 16, n. 6, jun. 2021, p. 1-15. Disponível em: colocar o link do artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa. 

Data de Publicação: 25/06/2021

Autor(es): José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Marli Dias Mascarenhas Oliveira (marlimascarenhasoliveira@gmail.com) Consulte outros textos deste autor
Carlos Nabil Ghobril (nabil@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor