Preços agrícolas: alta de 3,38% na segunda quadrissemana de agosto

   Os preços agrícolas subiram 3,38% na segunda quadrissemana de agosto de 2004, com perda de 0,86 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) manteve a tendência de alta, em função da elevação dos preços dos produtos vegetais de mercado interno e dos produtos de origem animal, bem como de menores quedas nas cotações internacionais das commodities. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de julho.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª Quadrissemana / julho
-1,99
2ª Quadrissemana / julho
-1,62
3ª Quadrissemana / julho
-3,35
4ª Quadrissemana / mês de julho
-1,64
1ª Quadrissemana / agosto
+4,24
2ª Quadrissemana / agosto
+3,38


   No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde maio último.


   Na segunda quadrissemana de agosto, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 
 

Produto
Variação quadrissemanal(%) 
Algodão
3,03
Amendoim
0,00
Arroz
6,25
Banana
1,06
Batata
32,28
Café
4,17
Cana-de-açúcar
0,00
Cebola
73,35
Feijão
-10,71
Laranja
5,00
Milho
-4,81
Soja
-13,88
Tomate
104,55
Trigo
-25,39
Aves
-3,13
Boi gordo
2,82
Leite
3,77
Ovos
7,84
Suínos
7,85

   Fonte: NBM/IEA
 

   O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na segunda quadrissemana de agosto, foi o seguinte:
 
 

Grupo
Variação % 
Grãos + café
-6,27
Frutas
4,62
Olerícolas
71,74
Produtos de Origem Vegetal
3,78
Produtos de Origem Animal
2,67
Total do IPR
3,38

   Fonte: NBM/IEA

   Dos 19 produtos analisados, doze apresentaram crescimento no preço (algodão, arroz, banana, batata, café, cebola, laranja, tomate, boi, leite, ovos e suínos), enquanto cinco tiveram reduções (feijão, milho, soja, trigo e aves). O destaque de alta foi o preço do tomate (+104,55%), enquanto a queda mais expressiva foi verificada no trigo (-25,39%).

   Entre os produtos de origem vegetal, a alta nos preços das frutas e o forte aumento nos preços das olerícolas, mesmo com a redução nos preços dos grãos, fizeram com que o preço do grupo tivesse crescimento de 3,78%. Já no segmento animal, o aumento nas cotações de todos os produtos, com exceção das aves, elevou o preço do grupo em 2,67%. O resultado foi a alta de 3,38% no índice geral (IPR).

   O preço do milho continua em queda, com a intensificação da colheita da safrinha e a estratégia dos produtores de vender o produto e estocar a soja, bem como a lentidão do Governo Federal de implementar medidas para sustentação do preço do produto. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

 

 


Data de Publicação: 16/08/2004

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor