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Impactos do SarS-CoV-2 na Produção de Borracha Natural no Estado de São Paulo
1 - INTRODUÇÃO Os dados da safra 2018 do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE)1 apontam que a produção de borracha
natural no Brasil foi de 333.117 toneladas, sendo a área destinada para
colheita de 153.179 hectares. O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional e
possui, segundo o IBGE, 49,1% de toda área brasileira destinada à colheita
(75.179 hectares) e 68,2% do volume produzido (227.163 toneladas) de látex
coagulado. Em relação ao número de propriedades agrícolas, de
acordo com o Censo Agropecuário Paulista (LUPA 2016/17)2, o estado
registra 6.886 Unidades de Produção Agropecuária (UPAs) com seringais, ocupando
área de 132.659,12 hectares. Esse levantamento também apontou que a
heveicultura está presente em 305 municípios paulistas, sendo que em torno de
10% deles somam 50% da área estadual. Quanto ao valor da produção da agropecuária
paulista, a borracha está na 20ª colocação no estado e teve valor da produção
de R$584,4 milhões em 2019. O valor da produção da agricultura do Estado de São Paulo
foi de R$82,3 bilhões. A atividade obteve ganhos de 18,2% em relação a 2018 devido
à alta no preço do quilograma do coágulo (+8,1%) e da produção (+9,3%), e esse
resultado permitiu que sua participação no VPA passasse de 0,6% (2018) para
0,7% (em 2019)3. Em
termos regionais no Estado de São Paulo, o valor da produção da borracha está
entre as principais atividades agrícolas. Nos Escritórios de Desenvolvimento
Rural (EDRs)4 de São José do Rio Preto, Votuporanga e Fernandópolis,
ela está entre as cinco principais atividades, o que confere à heveicultura
como geradora de renda e participação no desenvolvimento regional5.
Observa-se na tabela 1 que as três regionais possuem como primeira e segunda
posição a cana-de-açúcar, que abarca em torno de 50% do valor da produção, e a
carne bovina, cujo valor varia de 11,6% a 25,1% em participação na renda
regional, o que torna a borracha, mesmo com menor participação muito
competitiva, destaque na geração de emprego por absorver mão de obra no sistema
de produção e de coleta, estritamente manuais. A produção está distribuída regionalmente, de acordo
com Camargo et al.6, em 81,4% dos sete EDRs situados nas regiões
norte e noroeste do estado, absorvendo o EDR de São José do Rio Preto 29,7% da
oferta, seguido pelos EDRs de Votuporanga (12,2%), General Salgado (11,8%),
Barretos (11,0%), Fernandópolis (6,3%), Catanduva (5,3%) e Jales (5,0%) (Figura
1). 2 - INSTALAÇÃO DA CRISE Em
março de 2020, com a decretação do regime de quarentena, indústrias automotivas
fecharam suas fábricas por dois motivos: vulnerabilidade dos trabalhadores na
realização do trabalho em ambiente fechado e altos estoques de seus produtos.
Algumas das maiores empresas de pneus, que são as maiores consumidoras do granulado
escuro brasileiro grade 10 (GEB-10), produto do beneficiamento do coágulo
adquirido por usinas beneficiadoras dos produtores que cultivam a seringueira,
confirmam o fechamento das fábricas e suspensão das entregas deste item. Em
abril, outras empresas anunciam o fechamento total de suas fábricas, acusando
fechamento total do setor. Nesse momento, dá-se também a paralisação de
importantes usinas de beneficiamento no país e, como consequência, há restrição
de compras de coágulos de pequenos, médios e grandes produtores. Esse cenário instalado gera incertezas e pânico por
parte dos sangradores de borracha, uma vez que a grande maioria trabalha em
regime de parceria tendo como remuneração um percentual da produção, e famílias
inteiras dependem dessa renda para sobrevivência. De acordo com a MBAgro7,
existem aproximadamente 30,4 mil empregos formais no Brasil relacionados à
produção de borracha natural, sem contar em São Paulo que, de acordo com a
Associação dos Produtores de Látex do Brasil (Apotex), ocupa em torno de 17 mil
parceiros na atividade (1 parceiro para cada 6 hectares)8. 3 - A SAFRA 2019/20 A primeira previsão da safra da borracha 2019/209
constatou um incremento de 3,3% na produção em comparação à safra 2018/19,
projetando 251,6 mil toneladas de coágulo. Embora as estimativas iniciais
mostrassem aumentos até o mês de março, dados do site Borracha Natural10
apontaram que a produção de borracha sofreu queda em torno de 30% devido aos
períodos intensos de chuva, principalmente nos meses de dezembro e meados de
janeiro, que atrapalharam a prática de sangria e consequentemente a produção. A
partir de janeiro de 2020, os preços médios mensais recebidos pelo produtor de
coágulo do Estado de São Paulo11 apresentavam valores em elevação.
Criou-se um otimismo por parte dos produtores de recuperação da produção, uma
vez que as estimativas futuras das condições climáticas estavam favoráveis,
havendo perspectivas de aumentos nos preços em nível de produtor por influência
dos preços das bolsas asiáticas e principalmente pela elevação do dólar, o que
valoriza os preços nacionais. Esse clima reverte as condições de baixa
rentabilidade nos últimos anos por causa principalmente dos preços baixos e
altos custos de produção. Com a
parada das pneumáticas, os produtores com baixa capacidade de armazenamento da
produção, devido à falta de capital, ficaram expostos a algumas usinas de
beneficiamento que passaram a oferecer preços baixíssimos e prazos longos para
pagamento, que variaram de 60 a 180 dias. Os
preços médios recebidos pelos produtores de coágulo do Estado de São Paulo,
divulgados pelo IEA, mostram o impacto da paralisação. A média estadual, que
apresentou em abril valor de R$2,71/kg de coágulo, caiu em junho para R$2,32/kg
de coágulo, interrompendo uma trajetória de subida e contrariando
principalmente a desvalorização do real em relação ao dólar (Figura 2). Relatos
de produtores consultados via entrevista por telefone apontam recebimento de
R$1,80/kg de coágulo e três meses para pagamento, quando a situação já mostrava
pagamentos de até R$3,20/kg de coágulo no mês de março. Conforme estimativas
preliminares do IEA e da CDRS, o preço médio recebido pelo produtor de coágulo
em junho poderá atingir o valor de R$2,30/kg. A
queda dos preços aponta uma realidade bastante desanimadora para a produção,
pois os custos de produção estimados com metodologia do custo operacional com
preços de setembro de 2019, início da safra, apontaram valores de R$3,68/kg de
coágulo/ha para o custo operacional efetivo (COE) e R$4,20 para o custo
operacional total (COT) (no sistema de sangria D4, o mais disseminado no
estado) (Tabela 2), o que de acordo com os preços acima não remunera nenhum
nível de uso dos fatores de produção, em nenhum sistema de sangria apresentado. A
expectativa agora é bastante negativa uma vez que, embora algumas pneumáticas tenham
retornado suas atividades, algumas usinas possuem estoques (armazenaram o que
puderam, comprando a preços bem abaixo dos de mercado), e a safra está em fase
final, uma vez que a planta entra em senescência (perdem as folhas) normalmente
a partir do mês de julho, e elas retornam à produção a partir do mês de
setembro12. Com a indefinição da situação, quanto à atividade
das indústrias pneumáticas e à aquisição pelas usinas beneficiadoras,
acredita-se que a produção nacional deverá continuar desestimulada, uma vez que,
de acordo com o nível das importações de borracha TSR20 (tipo de borracha de
maior quantidade importada pelo país13 e semelhante ao utilizado
pela indústria) frente à falta de atividade industrial, os estoques deverão
continuar abastecidos, conforme apresentado na figura 3, que apresenta a
quantidade de borracha em 2018, 2019 e nos meses de janeiro a maio de 202014. 4 - EVIDÊNCIAS FINAIS DA CRISE E
PROPOSTAS DE POLÍTICAS Os
dados e situações apresentados até o momento mostram um quadro de muitos
desafios ao setor produtor da borracha, devido às consequências bastante
negativas da crise implantada pela pandemia do SarS-CoV-2. Todos
os fatos apresentados, aliados à erradicação de seringais e substituição destas
áreas por outras culturas, já evidenciam a queda da produção e no número de plantas
em produção no Estado de São Paulo. O levantamento de previsão de safras
realizado pelo IEA e pela CDRS15 no mês de abril cobre o período de
pico de produção de coágulo. O levantamento aponta avanço de 1,2% no total de
área plantada (136,2 mil hectares). Com o aumento da área produtiva, espera-se
crescimento de 3,8% no volume, totalizando 252,8 mil toneladas de coágulo, mas
também perdas de 1,3% na produtividade, com 2,4 t/ha (Tabela 3). Os dados
também indicam aumento em relação à safra anterior no número de pés em produção
(7,1%) e decréscimo de pés novos em 7,1%, o que é coerente com o pequeno
aumento de área de 1,7%. Apesar do crescimento em área e produção, a
produtividade esperada é ligeiramente decrescente 0,3%, e pode-se atribuir tal
queda à descapitalização do produtor e, consequentemente, à falta de recursos
para realização dos tratos culturais recomendados para cultura. Analisando-se os dados tabela 3, observa-se que, em
relação à safra 2018/19, pouco mais de 2 milhões de pés em formação entraram em
produção na safra agrícola 2019/20 por atingirem a idade produtiva (normalmente
o sétimo ano de idade). Ao se fazer um balanço entre pés em formação que
passam à idade produtiva e os pés em formação existentes, nota-se que nas
últimas três safras agrícolas a reposição de pés novos tem sido menor. Na safra
agrícola 2017/18, houve incremento de 7 milhões de pés, aproximadamente; já nas
safras subsequentes, os ganhos foram de pouco mais de 900 mil e 320 mil pés
novos plantados, dada a baixa rentabilidade da atividade devido aos preços
recebidos pelos produtores e consequente descapitalização da atividade. Os
resultados preliminares da safra agrícola 2019/20, obtidos em abril de 2020,
deveriam apontar ganhos muito maiores desse período de pico, já caminhando para
a finalização da safra, mas informações obtidas via telefone, com produtores
que haviam parado a sangria, confirmam os valores apurados. A expectativa
desses produtores era de aumento da produção, e os dados obtidos em abril
mostram que o incremento entre uma safra e outra caiu drasticamente saltando de
20.700 toneladas de coágulo para apenas 9.251 toneladas. O levantamento da
previsão e estimativa das safras agrícolas paulista realizado em junho, quando
de sua divulgação, mostrará o resultado final da safra 2019/2020 e seu
desempenho. Dentre
as propostas de mitigação frente à crise estabelecida pela pandemia, entidades
ligadas ao setor produtivo consultadas propõem as seguintes medidas16, 17: 1) Liberação de crédito agrícola para o heveicultor
conseguir continuar sangrando as árvores e ter capital para pagar os
sangradores, e renda para estocar produção e aguardar período em que possa
obter preços remuneradores; 2) Criação de cotas de importação por um período
determinado; 3) Comprometimento das pneumáticas em adquirir primeiro
a produção nacional (é sabido que a
paralisação fez cair os números de venda dos produtos derivados da mesma, mas,
por outro lado, garantirá a sobrevivência dos heveicultores e sangradores que
dependem da atividade); 4) Aumento do imposto de importação (que foi de 40% na década de 1990 para 4% atualmente,
enquanto para outros tipos de borracha variam de 12 a 25%); 5) Uso de índice de preço de
importação da borracha divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), que é um valor recomendado como referência na formação do preço
ao produtor em suas negociações de contratos com as usinas beneficiadoras, e que
tramita como pauta de discussão na Câmara Setorial Federal da Borracha Natural;
e 6) Valorização ambiental e social da borracha
brasileira. 1INSTITUTO
BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA- IBGE. Pesquisa Agrícola Municipal
(PAM). Brasília: IBGE, 2018. Disponível em:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricultura-e-pecuaria/9117-producao-agricola-municipal-culturas-temporarias-e-permanentes.html?=&t=o-que-e.
Acesso em: jun. 2020. 2SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Agricultura e Abastecimento
do Estado de São Paulo. Instituto de Economia Agrícola. Coordenadoria de
Desenvolvimento Rural Sustentável. Projeto LUPA 2016/17: Censo
agropecuário do Estado de São Paulo. São Paulo: SAA/IEA/CDRS, 2019.
Disponível em: http://www. 3SILVA. J. R. da
et al. Valor da Produção Agropecuária do Estado de
São Paulo: resultado final 2019. Análises e Indicadores do
Agronegócio, São
Paulo, v. 15, n. 4, abr. 2020. Disponível em: http://www.iea. 4Escritório de
Desenvolvimento Rural é a organização geográfica de interesse da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. 5SILVA. J. R. da
et al. Valor da Produção Agropecuária por
Escritório de Desenvolvimento Rural do Estado de São Paulo: estimativa de 2019.
Análises e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v.
15, n. 5, maio 2020. Disponível em:
http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/AIA/AIA-35-2020.pdf. Acesso em: jul. 2020. 6CAMARGO, F. P. de et al. Previsões e Estimativas de Safra
do Estado de São Paulo, Ano agrícola 2019/20, abril de 2020 Análises e
Indicadores do Agronegócio, São
Paulo, v. 15, n. 7,
jul. 2020. Disponível em:
http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/AIA/AIA-51-2020.pdf. Acesso em: jul. 2020. 7MENDONÇA DE
BARROS ASSOCIADOS - MBAGRO. A cadeia da borracha no Brasil. Setembro de
2019. Documento interno. Associação Brasileira da Industria de Artefatos
de borracha – ABIARB, São Paulo. 8Associação
Brasileira dos Produtores de látex do Brasil - APOTEX. Comunicação pessoal. 9CAMARGO, F. P. de
et al. Previsões e estimativas das safras agrícolas do estado de São Paulo,
acompanhamento do ano Agrícola 2019/20 e levantamento final, ano agrícola
2018/19, novembro de 2019. Análises e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v. 15, n. 1, jan. 2020.
Disponível em: http://www.iea.sp.gov.br/ 10BORRACHA NATURAL.
Produção de Coágulo Cai 30% com Excesso de Chuvas. Piracicaba, 16 mar. 2020. Disponível em:
http://borrachanatural.agr.br/cms/index.php?option=com_content&task=category§ion 11INSTITUTO DE ECONOMIA
AGRÍCOLA - IEA. Preços mensais
diários recebidos pelos produtores. São Paulo: IEA, 2019. Disponível em:
http://ciagri.iea.sp.gov.br/nia1/precos_medios.aspx?cod_sis=2. Acesso em: 26
jun. 2020. 12É sabido que a
produção de borracha no Estado de São Paulo se dá nos meses de outubro até
julho e que, de outubro a março, produz-se em torno de 30 a 35% da produção da
safra, sendo que de março a julho, tem-se o pico de produção (60 a 65% do total
da safra). A entressafra se dá nos meses de agosto a setembro. 13CONGRESSO DA
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 56., 2018,
Campinas. Anais [...]. Campinas: CARVALHO, Y. M. K.; SAMPAIO, R. M.,
2018. Tema: Borracha natural: características das importações e da produção no
Brasil. Disponível em: http://icongresso.itarget.com.br/ 14MINISTÉRIO DA
ECONOMIA. Secretaria de Comércio Exterior. Sistema ComexStat. Brasília:
ME/SECEX, 2020. Disponível em: http://comexstat.mdic.gov.br. Acesso em: jul. 2020; organizado
conforme a classificação dos grupos de produtos dos agronegócios
do MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO -
MAPA. Agrostat. Brasília: MAPA, 2020. Disponível em:
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGRO 15CAMARGO, F. P. de et al. Previsões e estimativas de safra
do Estado de São Paulo, ano agrícola 2019/20, abril de 2020. Análises e Indicadores do Agronegócio,
São Paulo, v. 15, n. 7, jul. 2020. Disponível em:
http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/AIA/AIA-51-2020.pdf. Acesso em: jul. 2020. 16Ministério da
Agricultura e Pecuária - Câmara Setorial da Borracha Natural: Comunicação
pessoal da presidência da câmara. 17Uma iniciativa de
estímulo à indústria já tomada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai) contempla projeto que ensina fabricantes a produzirem luvas cirúrgicas,
um mercado muito promissor e que deve permanecer no período pós-pandemia. Ver:
LAMPERT, A. Senai contempla projeto
que ensina fabricantes a produzirem luvas cirúrgicas. Jornal do Comércio, Porto Alegre, 30 mar. 2020. Disponível em: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/especiais/coronavirus/2020/03/732105-senai-contempla-projeto-que-ensina-fabricantes-a-produzirem-luvas-cirurgicas.html.
Acesso em: jun. 2020. Palavras-chave: produção
de borracha natural, Sar-Cov-2 na borracha, preços da borracha; COMO
CITAR ESTE ARTIGO
OLIVEIRA,
M. D. M.; GONÇALVES, E. C. P. Impactos da SarS-CoV-2 na produção de borracha
natural do Estado de São Paulo. Análises e Indicadores do Agronegócio,
São Paulo, v. 15, n. 8, ago. 2020. Disponível em: colocar o link do
artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa.
cdrs.sp.gov.br/projetolupa/. Acesso em: 17 jun. 2020.
sp.gov.br/ftpiea/AIA/AIA-23-2020.pdf. Acesso em: jul. 2020.
ftpiea/AIA/AIA-04-2020.pdf. Acesso em: jul. 2020.
id=3&id=6&Itemid=10. Acesso em: mar. 2020.
useradm/anais/?clt=ser.8&lng=P. Acesso em: abr.2020.
STAT.html. Acesso em: jul. 2020.
Data de Publicação: 06/08/2020
Autor(es):
Marli Dias Mascarenhas Oliveira (marlimascarenhasoliveira@gmail.com) Consulte outros textos deste autor
Elaine Cristine Piffer Gonçalves (elaine.piffer@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor