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Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, 2º Levantamento, Ano Agrícola 2017/18 e Levantamento Final, Ano Agrícola 2016/17, Novembro de 2017
1
– INTRODUÇÃO A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de
São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria
de Assistência Técnica Integral (CATI), realizou entre 1 e 24 de novembro de
2017 o levantamento das previsões de área e produção de culturas no Estado de
São Paulo referentes à safra agrícola 2017/18 e às estimativas finais da safra
2016/17. Na condução do levantamento foi aplicado o método subjetivo2,
que consiste da coleta e sistematização dos dados fornecidos pelos técnicos das
Casas de Agricultura, em cada um dos 645 municípios do Estado de São Paulo. Os resultados apresentam informações sobre a cana para
indústria, laranja e outros 17 produtos agrícolas de maior expressão econômica
na agricultura paulista. Também, são apresentados indicadores do ano agrícola
2016/17, calculados a partir da seleção das produções mais significativas do
Valor da Produção Agropecuária Paulista, que refletem o comportamento da
produção, área plantada e produtividade. 2 –
ACOMPANHAMENTO DA SAFRA AGRÍCOLA 2017/18 No levantamento de novembro de 2017, foram realizadas as
previsões iniciais de área e produção para a safra paulista 2017/18 de grãos
(primeira safra ou safra de verão) e para as culturas da batata das águas,
banana, café, seringueira e das uvas (Tabela 1). Para a safra de
verão de grãos 2017/18 (algodão, amendoim das águas, arroz, feijão das águas,
milho, soja e sorgo granífero das águas), os resultados parciais, quando comparados
com o mesmo período da safra 2016/17, indicam decréscimo de 0,1% na área
cultivada, estimada em 1,5 milhão de hectares, e aumento de 0,4% na produção,
com previsão de ultrapassar 6,7 milhões de toneladas, sendo esperado ganho de
0,5% na produtividade média. 2.1 –
Algodão A cotonicultura no Estado de São Paulo, conforme o
levantamento de novembro de 2017, aponta para aumento de área plantada na safra
2017/18. Dado que a cultura tem perdido área de maneira constante no estado,
surpreende a recuperação na safra atual. A previsão para a safra 2017/18 é de
7,4 mil hectares de área cultivada, crescimento de 55,0% em relação à safra
anterior. Quanto à produção, a expectativa é que sejam colhidas 25,7 mil
toneladas, que representa maior produtividade com aumento de 6,4% na comparação
com a safra 2016/17. Conforme o International Cotton Advisory
Committee (ICAC)3, o consumo mundial e a produção podem se elevar no
período 2017/18. Essa perspectiva, possivelmente, influenciou na decisão dos
produtores nacionais e estaduais no momento do plantio, dado que também segundo
a mesma fonte os estoques mundiais têm decrescido nos últimos três anos. O
cultivo do algodão é realizado em apenas 7 regiões (EDRs) no estado, sendo o
EDR de Avaré o principal (4,2 mil hectares na safra 2017/18); na sequência
encontram-se os EDRs de Itapeva, Limeira, Presidente Prudente, Presidente
Venceslau, Itapetininga e Votuporanga. Apesar da grande demanda de algodão pelo
setor industrial e das estimativas dessa safra, na cotonicultura paulista não
há perspectivas de mudança na participação do produto na distribuição de área. 2.2 -
Amendoim das Águas As estimativas da safra 2017/18 para amendoim
das águas, quando comparadas à safra anterior, apontam aumento de 3,1% na área
plantada, com destaque para o EDR de Jaboticabal, registra incremento de 24,1%,
seguido de outras regionais que também ampliaram o plantio de amendoim, como
Barretos, Marília, Catanduva, Tupã e Dracena. Para a produção, as estimativas
indicam alta de 5,7%, resultado dos ganhos em produtividade de 2,6%,
especialmente, nas regiões de Tupã e Catanduva. Esses indicadores refletem as
expectativas dos produtores em relação ao comportamento das exportações para o
ano de 2018, considerando a exportação de 70,0% da produção. 2.3 - Arroz Os resultados do segundo
levantamento para a safra 2017/18 para a cultura do arroz (sequeiro-várzea e
irrigado) é de uma menor produção com volume total a ser colhido de 61,2 mil
toneladas. Essa produção 5,3% menor deve ocupar área cultivada 7,2% inferior à
safra passada. Essa queda não foi mais acentuada pelo fato de que o rendimento
preliminar verificado foi de 2,0% positivo. Os EDRs de Guaratinguetá e
Pindamonhangaba são as principais regiões produtoras no Estado de São Paulo com
a produção de arroz irrigado. Conforme informações disponibilizadas pela
CONAB4, parte do arroz consumido pela região Sudeste do Brasil tem
origem de importações do Paraguai por indústrias de beneficiamento. Muitos
fatores que vão desde os custos logísticos elevados para o produto da região
Sul, redução da produção no Centro-Oeste e melhores condições de preço pelo
produto paraguaio influenciam a decisão sobre o plantio da cultura no Estado de
São Paulo. 2.4 –
Banana O levantamento de novembro de 2017 para a cultura da
banana é o primeiro da safra 2017/18. Comparado com a safra anterior, foram
observados decréscimos de 1,8% na área total e de 1,6% na produção, com volume
final esperado a ser produzido de 1,1 milhão de toneladas e aumento de 0,4% na
produtividade. A banana é a segunda fruta mais produzida no Estado de
São Paulo, atrás apenas da laranja, mas ocupa a primeira posição no ranking das frutas consumidas in natura. Sua produção está concentrada
no EDR de Registro, que responde por 69,9% do total produzido. A cultura da
banana está presente na maioria das regiões paulistas e produzida,
principalmente, por pequenos produtores. 2.5 -
Batata das Águas O cultivo da batata no Estado de São Paulo é realizado em
três safras: águas (setembro a janeiro), secas (fevereiro a junho) e de inverno
(abril a setembro). Para batata das águas, o segundo levantamento da safra
2017/18, comparado com a safra anterior, indica crescimentos de 13,1% na área
com 7,5 mil hectares plantados, de 23,9% na produção (236,0 mil toneladas) e de
9,6% na produtividade (31,6 t/ha). Apesar da expectativa otimista em relação ao
crescimento de área, produção e produtividade ainda não é possível considerar
como certa e definitiva esta previsão, cabendo esperar o levantamento de
fevereiro que trará efetivamente os números da colheita. As maiores regiões
produtoras estão localizadas no sul e sudoeste do estado, formadas pelos EDRs
de Itapetininga, Avaré, Itapeva, que representam 82,6% da área cultivada. 2.6 -
Café A primeira estimativa da safra de café
2017/18 no Estado de São Paulo indica forte expansão na quantidade a ser
colhida. Cotejando-se com a safra anterior quando foram colhidas 4,5 milhões de
sacas de 60 kg beneficiadas (ciclo de baixa), a atual deverá superar as 5,3
milhões de sacas (318,0 mil toneladas), ou seja, incremento de 17,7% com um
rendimento 18,2% superior frente ao ano anterior. Entretanto, comparativamente à
safra de 2015/16 (ciclo de alta), quando a safra paulista alcançou 6,1 milhões
de sacas, a atual estimativa representa queda de 14,6%. Assim, em reflexo das
boas condições climáticas nos principais cinturões e o manejo agronômico
adotado pelos cafeicultores, muito provavelmente, na próxima estimativa,
campanha a ser realizada em fevereiro, espera-se forte incremento na estimativa
de quantidade colhida, aproximando o atual número daquele contabilizado no
último ciclo (2015/16) de alta de produção no estado. Como esse resultado é preliminar, dois fatores podem
contribuir para o incremento nos números: as condições climáticas, que têm sido
favoráveis à lavoura, e a cotação em alta nos últimos meses, que favorecem o
aumento no uso de insumos de produção cujo resultado poderá elevar a
produtividade. O que esperar da safra de café de 2018? Muitos fatores pesam
nessa expectativa: a produção passada; as condições dos cafezais paulistas; os
estoques de passagem do produto; o fluxo de caixa dos produtores; e as metas
que cada segmento da empresa chamada “café” tem como objetivo. Além de todos
esses fatores têm-se ainda as condições macroeconômicas vividas pelo país. 2.7 -
Feijão das Águas O cultivo do feijão é realizado em três
safras: águas (setembro a janeiro), seca (fevereiro a junho) e inverno (abril a
setembro). O segundo levantamento da safra 2017/18, realizado em novembro de 2017, contabilizou 67,5 mil hectares de área
de plantio com feijão safra das águas, resultado 8,3% inferior da área de
intenção de plantio do levantamento de setembro de 2017. Neste levantamento
também foram consolidadas informações adicionais para o feijão da safra das
águas, os resultados apontaram que cerca de 75,0% da área cultivada no estado é
realizada no sistema de cultivo em plantio direto. Na comparação com a safra
de 2016/17, a produção poderá crescer 6,3% com expectativa de serem colhidas
177,0 mil toneladas, por conta de ganhos 6,8% na produtividade (2.622 kg/ha). A
região Sudoeste do Estado de São Paulo responde por 90,0% da produção total
paulista, essa região é formada pelos EDRs de Itapeva, Avaré e Itapetininga. A produtividade da cultura, altamente
dependente de um aporte adequado de água, está de certa maneira equilibrada no
sentido de desenvolvimento da planta, espera-se, assim, rendimento dentro do
que habitualmente ocorre. Pela importância deste produto, mesmo com as três
safras anuais, São Paulo complementa suas necessidades com produção dos Estados
de Minas Gerais, Paraná e da região Nordeste do Brasil. Destaca-se que a safra
das águas, historicamente representa em torno da metade da produção total
paulista de feijão. 2.8 -
Milho O levantamento de novembro de 2017, quando comparado à
safra final de 2016/17, aponta para a cultura do milho no estado redução de
3,9% na área plantada. Quando considerada a produção, as estimativas indicam
também redução, porém em menor intensidade (0,5%) por conta dos ganhos em
produtividade de 3,5%. O milho de primeira safra (sequeiro) apresentou reduções
de área de 6,6% e de produção de 4,8%. Para o milho irrigado (sistema de
produção que representa aproximadamente 14,0% do plantio de verão), a mesma
comparação indica grande variação para mais tanto na área plantada, em torno de
18,6%, quanto na produção de 22,3%, a produtividade, no entanto, não apresentou
grande variação, 3,2%. 2.9 -
Soja As estimativas de novembro de 2017, quando comparadas à
safra final 2016/17 da soja, apontam pequena elevação de 1,0% na área plantada
por conta de resultados animadores na safra passada quanto à produtividade
maior e preços melhores. Outros fatores que
podem corroborar esse incremento é a perspectiva de que o maior demandante de
soja no mundo, a China, não deverá alterar muito seus volumes de compras e nem o mercado interno de insumos para
ração animal. O levantamento indica também redução de 0,1% na produção,
apresentando produtividade ligeiramente negativa de 1,1%. Para a soja irrigada,
a comparação com a safra 2016/17 indica aumentos de 15,4% na área plantada e de
9,0% na produção, a produtividade média de 5,6% negativa pesou negativamente
nos resultados da cultura sob irrigação. Somando-se as informações da soja plantio tradicional e
da irrigação da safra 2017/18, as previsões iniciais de área são de 916,3 mil
hectares cultivados e a produção poderá atingir 3,1 milhões de toneladas de
grãos, 0,1% menor que a safra passada. Embora a produção paulista de soja
represente percentualmente muito pouco em relação à produção nacional, os produtores
paulistas acompanham as expectativas de safra brasileira alicerçadas nas
exportações, no comportamento da produção de proteína animal e do mercado de
óleos vegetais, bem como de produção de biodiesel. 2.10 -
Seringueira Os primeiros resultados da safra 2017/18 para a
seringueira apontam para um incremento de 6,9% na produção em comparação à
safra 2016/17, projetando 214,7 mil toneladas de coágulo. Os dados também
indicam aumento em relação à safra anterior no número de pés em produção (7,5%)
e de pés novos (8,6%) o que é coerente com o aumento de área de 7,9%. Apesar do
crescimento em área e produção, a produtividade esperada é ligeiramente
decrescente 0,6%. De acordo com esse
levantamento, os principais EDRs, em termos de produção, são: São José do Rio
Preto (28,6%), General Salgado (15,9%) e Barretos (9,2%). Esses três EDRs
representam mais de 50,0% da produção paulista. O levantamento a ser efetuado em fevereiro de 2018 deve
trazer informações mais precisas sobre produção e produtividade da seringueira
para a safra 2017/18. 3 - RESULTADOS FINAIS, SAFRA AGRÍCOLA 2016/17 O levantamento de
novembro de 2017 finaliza as estimativas da safra 2016/17 para as culturas da
cana-de-açúcar, laranja, cebola (muda e plantio direto), mandioca e tomate
(indústria e mesa). Os resultados encontram-se na tabela 2, acrescidas das
demais culturas que tiveram suas safras encerradas em levantamentos anteriores. 3.1 -
Cana para Indústria Para a cultura da cana-de-açúcar, os resultados finais da
safra 2016/17 em termos estaduais apontam pequeno aumento na área: nova (0,8%)
e para corte (0,6%) e na produção (2,6%), com volume de 450,1 milhões de
toneladas. Também na produtividade de 80,4 t/ha, houve
incremento de 2,0% em relação à safra passada. Como foi destacado durante o
acompanhamento desta safra neste ano, a evolução da cultura manteve-se estável
devido às condições climáticas registradas serem razoáveis apesar da irregularidade
das chuvas durante a safra. Assim, não é possível afirmar que esse fato não
tenha afetado a produção, haja vista o pequeno aumento da produtividade em
relação à safra passada. A produção de
cana-de-açúcar está concentrada em dez EDRs que representam 55,5% do total da
produção estadual. São eles: Barretos, Orlândia, Ribeirão Preto, Araraquara,
São José do Rio Preto, Jaboticabal, Presidente Prudente, Andradina, Jaú e
Catanduva. O comportamento nas regiões
produtoras foi de certa forma distinto, um deles, referente aos EDRs, que
apesar de queda na área colhida teve ganhos mais expressivos no rendimento,
caso de Piracicaba (8,3%), Assis (6,1%), Ourinhos (5,1%) e Catanduva (4,3%). O
outro, foi o apresentado por importantes EDRs na produção de cana-de-açúcar que
elevaram suas áreas e ganho da produtividade, a exemplo de Votuporanga (8,7%),
Presidente Prudente (4,5%), Jaú (3,4%) e Araraquara (2,4%). O setor continua em
crise acarretando um menor investimento na renovação de canaviais e no plantio
de áreas novas. 3.2 -
Cebola Para a cebola de muda, em relação à safra passada, foram
contabilizadas reduções de área cultivada em 11,5% (2,3 mil hectares) e de
10,8% na produção final (84,3 mil toneladas). Contudo, a produtividade apontou
pequeno aumento de 2,5%, sendo colhidas 37,0 t/ha. O cultivo de cebola em plantio direto na
palha é o principal do Estado de São Paulo em produção. Em 2017, a estimativa
final apontou uma redução em relação a 2016 de 16,0% na área cultivada (2,1 mil
hectares) e 12,8% na produção que foi de 107,6 mil toneladas, apesar do aumento
na produtividade de 6,0% (51,7 t/ha). O comportamento de preços em 2017,
influenciado pela importação de produto europeu, parece explicar ou pelo menos
contribuir para entender a evolução da cultura no estado. A entrada de cebolas
importadas no mercado nacional parece ter influenciado a redução de área da
cultura no Estado de São Paulo. 3.3 -
Laranja A estimativa final da safra agrícola para a
cultura da laranja, decorrente do levantamento realizado em todos os municípios
do Estado de São Paulo, em novembro de 2017, foi de 324,5 milhões de caixas
de 40,8 kg (13.241 mil toneladas), 24,6% a mais da quantidade obtida
na safra de 2016. Do volume efetivo, a estimativa da safra paulista de laranja
tem como finalidade prioritária atender a indústria (79,5%); os demais 20,5%
destinam-se ao mercado de laranja para mesa, percentuais similares em safras
anteriores. Os números ora
apresentados foram se consolidando, por conta do comportamento diferenciado nas
regiões paulistas. O clima mais ameno e úmido foi favorável ao
desenvolvimento das plantas, influenciando positivamente o período das floradas
e do pegamento. Além disso, a retomada dos investimentos em tratos culturais,
impulsionada pelos maiores preços de 2016, ratifica o aumento na produção,
nesta safra. Como consequência, estima-se
produtividade agrícola de 31.480,1 kg/ha, equivalente a 2,0 cx./pé ou 771,6
cx./ha5. Quanto à área total plantada (que inclui área
com plantas ainda não produtivas), o levantamento de novembro de 2017 prevê
aumento na área cultivada de 1,0%, relativamente ao ano agrícola anterior. Na atual safra registra-se discreto
crescimento tanto na área nova quanto na área em produção, embora seja
conhecido que há continuidade no processo de erradicação, por conta da
eliminação de pomares comprometidos com a incidência de problemas
fitopatológicos, principalmente Cancro Cítrico e HLB (greening). A área de laranja no estado também tem sido
influenciada pelo aumento do custo de produção da cultura e pela alta dos
preços dos defensivos. Assim sendo, a área total plantada atinge a marca de
444,4 mil hectares para a safra 2016/17, e em 95,0% dela deverá ser feita a
colheita. 3.4 -
Mandioca No levantamento de
novembro de 2017, foram apurados os números finais para a safra 2016/17 da
cultura da mandioca para indústria e para mesa. As estimativas da safra 2017 da
mandioca para indústria apontaram acréscimo de 3,7% na área nova e de 10,9% na
área em produção em relação à safra anterior. Na produção também foi registrado
aumento 3,8% com volume produzido de 1.013,6 mil toneladas ante a 976,4 mil
toneladas na safra anterior. Vale destacar que a regional de
Assis, maior região produtora no estado, registrou queda de 18,0% em área
cultivada e 16,0% na produção comparada com a safra de 2015/16, muito
provavelmente pela opção de produzir milho e soja. Já na regional de Marília,
segunda maior na safra 2016/17, o aumento na área foi de 70,0% e 85,0% na produção.
A retomada de melhores preços médios recebidos pelos produtores, registrada no
ano de 2017 pode ser a causa da retomada desta importante região produtora da
cultura. Para a mandioca
para mesa, o resultado final da safra registrou o volume de 243,0 mil toneladas
produzidas, 4,5% maior do que a produção estimada em 2015/16, porém com menor
produtividade de 0,6%, uma vez que a área cultivada foi 6,6% superior. A
regional de Mogi Mirim respondeu por aproximadamente 24% da produção paulista,
seguidas pelos EDRs de Jaboticabal (6,1%) e Sorocaba (6,1%). 3.5 -
Tomate No levantamento de novembro de 2017 foram
obtidos números finais da safra paulista de 2016/17 dos tomates envarado (para
mesa) e rasteiro (para indústria). Para tomate de mesa consumo in natura,
a estimativa final apresentou queda de 1,5% na produção com 720,9 mil toneladas
de frutos cultivados em 9,8 mil hectares, praticamente a mesma área comparada
com a safra de 2016. Essa redução na produção é por conta da menor
produtividade de 1,4%, que corresponde perda de uma tonelada/ha, 73,4 t/ha ante
a 74,4 t/ha da safra anterior. A região de Itapeva concentra 70,0% da
produção do Estado de São Paulo, seguida pelos EDRs de Campinas, Bragança
Paulista, Mogi Mirim e São João da Boa Vista, que somados respondem por cerca
de 20,0% da produção paulista. No caso do tomate rasteiro cuja finalidade é
o processamento industrial, as estimativas finais da safra de 2017 apontaram
aumentos de 13,3% de área cultivada (3,4 mil hectares) e 10,5% na produção
(269,8 mil toneladas), porém a produtividade de 79,0 t/ha registra perda de
1,6% em relação à safra de 2015/16. O cultivo do tomate para indústria está
localizado nas regiões noroeste e norte do Estado de São Paulo, destaque para o
EDR de Votuporanga que participa com 35,0% da produção paulista, seguido pelas
regionais de Barretos (17,4%), Jaboticabal e Catanduva com aproximadamente 7,0%
cada uma. 4 –
INDICADORES DA AGRICULTURA PAULISTA Para compor os
números índices de 2016/17, que tem por base a metodologia de Laspeyres, em
comparação ao período anterior, foram selecionadas as lavouras mais importantes
em valor da produção. Os resultados agregados, que refletem a evolução da
agricultura paulista no ano agrícola 2016/17, indicam ganhos de produtividade
da terra de 4,1% que permitiram aumentos de 6,2% do volume produzido, uma vez
que a área cultivada teve incremento de apenas 1,9% (Tabela 3). Ao analisar por
agregado de produtos, conforme sua característica de produção, anuais e grãos,
perenes e semiperenes, pode-se verificar que o grupo de culturas anuais
apresentou crescimento 5,8% na área cultivada, enquanto o grupo de culturas
semiperenes e perenes manteve praticamente inalterada sua participação em área,
0,7%. Essa discreta participação tem relação com a manutenção da área cultivada
das culturas de cana para indústria, laranja e café. Apesar da estabilidade da
área plantada com culturas perenes e semiperenes, o índice de produção aumentou
3,8% devido à maior produtividade (3,0%), especificamente pela maior produção
de laranja na safra 2016/17. Merece destaque o incremento de 11,6% na
produtividade dos grãos que resultou em uma produção 17,9% maior em relação a
2015/16. As culturas de milho e soja foram as principais responsáveis por este
resultado. Os resultados deste
levantamento encontram-se nas tabelas 4 e 5 por Escritório de Desenvolvimento
Rural (EDR), nas tabelas 6 e 7 por Região Administrativa (RA) e por Região
Metropolitana (RM), respectivamente, e na tabela 8 consta o total do estado
para as demais culturas. ______________________________________________________ 1Os
autores agradecem aos técnicos do DEXTRU, das Casas de Agricultura e diretores
dos EDRs, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), o desempenho
no levantamento. Agradecem, também, as contribuições dos pesquisadores
científicos do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Estudos Econômicos dos
Agronegócios (CPDEEA) do Instituto de Economia Agrícola (IEA): Ana Victória
Vieira Martins Monteiro (feijão), Celso Luis Rodrigues Vegro (café), José
Roberto da Silva (mandioca), Katia Nachiluk (cana-de-açúcar), Marisa Zeferino
Barbosa (algodão e soja), Rejane Cecília Ramos (cana-de-açúcar), Renata Martins
Sampaio (amendoim), Waldemar Pires Camargo Filho (cebola e batata) e do Apoio Técnico
de Talita Tavares Ferreira e de Irene Francisca Lucatto e da equipe do Núcleo
de Informática para os Agronegócios do IEA. 2Entende-se
por método subjetivo a coleta e a sistematização de dados fornecidos pelos
técnicos da Casa de Agricultura, em função de seu conhecimento regional e/ou da
coleta de dados de forma declaratória, fornecida pelo responsável pela unidade
de produção. 3Informaçõe
em: FIGUEIREDO, L. C. Produção mundial de algodão cresce na safra 2017/18.
Batatais: O Jornal, dez. 2017. Disponível em:
<https://ojornaldebatatais.com.br/producao-mundial-de-algodao-cresce-na-safra-2017-18/>.
Acesso em: jan. 2018. 4COMPANHIA
NACIONAL DE ABASTECIMENTO- CONAB. Perspectivas para a Agropecuária: safra
2017/2018, produtos de verão. CONAB, Brasília: v. 5, p. 1-111, ago. 2017.
Disponível em:
<https://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/17_09_06_09_30_08_perspectivas_da_agropecuaria_bx.pdf>.
Acesso em: 15 jan. 2018. 5O
volume de caixas divulgado trata-se do volume efetivo a ser destinado ao
mercado, pois já estão excluídas as caixas perdidas no processo produtivo e na
colheita, bem como os frutos provenientes de pomares não expressivos
economicamente. Palavras-chave: previsão de safras, área e produção, estatísticas
agrícolas, estimativas, safra agrícola 2017/18 paulista.
Data de Publicação: 09/02/2018
Autor(es):
Vagner Azarias Martins (vagnermartins@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
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