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Mercado Futuro de Café inicia 2018 em clima de expectativa
A
instabilidade política causada pela série de denúncias envolvendo o presidente
da República e alguns de seus ministros, obrigou o Palácio da Alvorada a
negociar apoio do Congresso para que as investigações fossem barradas e
comprometeu a agenda econômica atrasando pontos importantes como a reforma da
previdência, cenário que levou os agentes de mercado a encarar com cautela a
retomada do crescimento e apostar suas fichas no mercado de juros futuro,
especialmente a partir do segundo semestre do ano, afirmou Celso Luís Rodrigues
Vegro, diretor do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. No contexto internacional, a mudança de estratégia do Federal Reserve (FED), Sistema de Bancos Centrais dos
Estados Unidos, que elevou a taxa de juros
básicos interrompendo o ciclo de
excessiva liquidez, pode comprometer a trajetória de longo prazo da atual
expansão econômica. Circunstância em que os investidores tendem a levar a
redirecionar a liquidez remanescente para ativos reais, beneficiando o mercado
de commodities agrícolas. “O primeiro trimestre do ano, período em
que há redução do suprimento de café no mercado, normalmente provoca a
alavancagem das cotações. Entretanto, as
médias das cotações futuras do mercado não sinalizam qualquer movimentação
consistente para os preços, indicando que os investidores creem que haverá
oferta de café suficiente para atender as necessidades do mercado”, explicou o pesquisador. A média
dos preços recebidos pelos cafeicultores do cinturão francano em dezembro de
2017, segundo dados do IEA, levantados em parceria com a Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral (Cati), foi de R$ 444,78 a saca. Cotejando-se esse
preço com a média das cotações da quarta semana em segunda posição, do mercado
futuro da Bolsa de Nova York (US$ 126,79/lbp), e efetuando-se as devidas
conversões com dólar futuro em R$ 3,35/US$ e imputando-se 20% de diferencial
para o café brasileiro e custo de carregamento frente ao contrato C, obtêm-se
R$ 450,00/sc., ou seja, montante muito próximo ao já praticado pelo mercado a
vista praticado na região, destacou o pesquisador. No
mercado de robusta na Bolsa de Londres, observou-se movimento similar àquele
exibido pelo café arábica, prevalecendo a baixa nas cotações. O fraco La Niña
ocorrido no último trimestre de 2017 não trouxe prejuízos para a safra
vietnamita, embora as precipitações de dezembro tenham prejudicado a qualidade
da bebida. A confirmação do fenômeno meteorológico no Pacífico equatorial
poderá repercutir na logística de suprimento de café da Colômbia e parte da
América Central, e baixar ainda mais a qualidade do robusta vietnamita. Tais
expectativas poderão favorecer os embarques de café brasileiro, oferecendo
suporte para incremento das cotações, porém, em movimento apenas de margem. Para
ler o artigo na íntegra e consultar os gráficos e tabelas, clique aqui.
Por: Nara Guimarães
Mais informações
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Tel: (11) 5067-0562
Data de Publicação: 22/01/2018
Autor(es): Instituto de Economia Agrícola (iea@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor