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Estimativa da Produção Animal no Estado de São Paulo para 2017
O Instituto de Economia Agrícola (IEA) e a
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento (SAA), realizaram, em junho de 2017, levantamento
por município de estimativa da safra agrícola e da produção animal para o
Estado de São Paulo. A
área com pastagem no Estado apresentou ligeiro acréscimo sobre 2016 (0,82%),
atingindo 6,97 milhões de hectares, seguindo a tendência dos três últimos anos
(Tabela 1). Esse crescimento deve-se à ponderação entre a participação positiva
nas áreas destinadas ao capim para semente (8,91%) e pasto natural (7,00%) em
contraponto a uma redução na área de pasto cultivado (0,25%). O número total de
bovinos no Estado de São Paulo é de 10,46 milhões de cabeças em 2017, resultado
1,24% menor em relação a 2016 (Tabela 2). Os dados desagregados, e
classificados por aptidão do rebanho, mostram que o número de bovinos de corte
apresentou acréscimo de 0,54%, mantendo a tendência de crescimento dos dois anos anteriores. Em 2017, em sentido oposto
ao comportamento observado no número de bovinos para corte, o rebanho leiteiro deve
continuar a apresentar sua tendência de redução dos últimos três anos, e o
total de 1,23 milhão de cabeças previsto mostra uma diminuição de 1,06% em
relação ao ano anterior. Na categoria gado misto, nota-se uma redução mais acentuada
do plantel de 4,60%, revertendo o crescimento de 3,87% de 2016 sobre 2015, com
registro de 3,14 milhões de cabeças em junho de 2017. A queda no número de bovinos destinados à produção
leiteira e na categoria gado misto mostram uma provável tendência de redução de
categorias com grande número de pequenos produtores na composição do rebanho
paulista. Do rebanho bovino estadual voltado à produção de
carne, estima-se que 3,70 milhões de cabeças serão enviadas para abate em 2017;
este número é 0,82% superior que o verificado em 2016. Embora com menor
intensidade de crescimento que nos últimos anos, espera-se uma oferta de 62,82
milhões de arrobas ou 942 mil toneladas de carne bovina para o Estado de São
Paulo (Tabela 3). A
produção leiteira estimada para 2017 foi de aproximadamente 1,58 bilhão de
litros, com pequeno decréscimo de 0,16% em relação a 2016. Observa-se nos
últimos anos uma redução na produção de leite no Estado de São Paulo, que pode
significar aumento gradual na aquisição de leite fora do Estado (Tabela 4). O
plantel paulista de aves para postura previsto em junho de 2017 ficou em 48,64
milhões de cabeças, 1,79% menor que o de 2016. A produção de ovos, porém,
apresentou aumento de 2,24%, totalizando aproximadamente 1,09 bilhão de dúzias
(Tabela 5). Na
produção paulista de aves para corte, as estatísticas de previsão de produção
para 2017 apontam para uma capacidade instalada de produção de 128,70 milhões
de cabeças, 0,39% superior ao existente em
2016 (Tabela 6) e um abate de 675,51 milhões de de cabeças, equivalendo a uma
oferta de 1,46 milhão de toneladas de frango em peso vivo, que é ligeiramente
superior em 0,10 % ao quantitativo da produção de carnes do ano anterior. O efetivo de suínos no estado previsto para 2017 é
estimado em 998 mil cabeças, o que significa um decréscimo de 1,74% em relação
a 2016, mantendo a tendência de queda verificada no ano anterior. Os abates
totalizaram 1,18 milhão de cabeças, resultando na produção de 98 mil toneladas
de carne, uma redução da ordem de 4,82% em relação ao ano anterior. A taxa de
abate (razão entre o número de cabeças enviadas ao abate e o total do rebanho)
deve manter-se acima de 100% em 2017 (Tabela 7). O levantamento por
município de junho de 2017 da produção animal do Estado de São Paulo é o
resultado das informações originárias das Casas de Agricultura da CATI que, conforme
o conhecimento dos técnicos, responsáveis pelas informações originais,
contribuem para formar a previsão de cada Escritório de Desenvolvimento Rural
(EDR) e o total do estado. O comportamento de cada cadeia que compõe o sistema
de produção de proteínas animais no território paulista está inserido dentro do
contexto nacional e estadual, principalmente em sua participação no suprimento
proteico da população do Estado de São Paulo. A cadeia de produção de
proteínas animais no Estado de São Paulo vive um ano de muitas variáveis de
incerteza de mercado. Os números de acompanhamento de rebanho e produção
estimados para 2017, que ainda não são os definitivos, projetam crescimento
discreto ou ainda pequeno decréscimo conforme a categoria animal, o que é
coerente com expectativas de previsão do PIB brasileiro também previsto para
este ano como discretamente positivo. O ajuste entre as necessidades de consumo
interno de proteínas animais e sua produção deve continuar tendo que equacionar
todas as variáveis que o setor produtivo primário tem a enfrentar. O
crescimento da produção paulista estará na dependência de vários fatores:
melhores pastagens, animais mais produtivos, insumos disponíveis a preços
adequados, boas condições climáticas e condições de estabilidade econômica que
agregados determinam o bom desempenho esperado.
Palavras-chave: produção
animal, levantamento estatístico.
Data de Publicação: 08/11/2017
Autor(es):
Carlos Nabil Ghobril (nabil@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
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