Pesquisadora do IEA avalia o comércio exterior da Cadeia de Produção do Algodão

No ano comercial 2017/18, que teve início no mês de agosto, a oferta mundial de algodão em pluma deve totalizar 43,7 milhões de toneladas, volume ligeiramente superior (0,9%) em comparação ao verificado na safra anterior, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

 

Dentre os maiores produtores, o destaque fica para os Estados Unidos onde deve ocorrer o aumento mais expressivo (20%) na safra. Na Índia, maior produtora, é esperado crescimento de 4,3% e na China, de 7,1%, conforme aponta o International Cotton Advisory Committee (ICAC), afirma Marisa Zeferino Barbosa, pesquisadora do IEA responsável pelo levantamento. As exportações devem ser refreadas em vista da expectativa de redução de 3,5% no volume transacionado, estimado em 7,9 milhões de toneladas. As menores quantidades destinadas ao exterior por parte dos Estados Unidos e da Índia, principais exportadores, justificam essa perspectiva. Por sua vez, o estoque final deve permanecer praticamente no mesmo patamar que o da safra precedente, ao totalizar 18,6 milhões de toneladas, conforme o ICAC.

 

Na produção mundial de manufaturados têxteis, a fibra de algodão responde por cerca de 30% do consumo total em face da supremacia das fibras sintéticas, em especial do poliéster. No Brasil, a participação do algodão no mercado doméstico é de 47%, patamar superior ao verificado no âmbito global, explica a pesquisadora.

 

A produção brasileira de algodão em pluma em 2017/18 é prevista pelo ICAC em 1,6 milhão de toneladas, pouco maior que a verificada na temporada passada, de 1,5 milhão de toneladas. Aproximadamente metade da produção é destinada ao comércio exterior com a China, Indonésia e Tailândia como principais importadores. A previsão é de que o Brasil exporte 700 mil toneladas de algodão, volume 14,8% superior em relação às vendas externas registradas na temporada passada.

 

A fibra de algodão é o item mais importante da pauta exportadora têxtil e confecções do Brasil e a principal matéria-prima das manufaturas destinadas ao mercado internacional visto que esses produtos responderam por 67,5% do valor total das exportações do setor durante 2016. Argentina, Estados Unidos e Paraguai são os principais destinos do comércio exterior brasileiro de têxteis e confeccionados.

 

Em 2017, a metade das exportações de toda cadeia de produção, no período de janeiro a agosto de 2017, compreendeu a fibra de algodão e seus manufaturados. Na categoria fibras, o equivalente a 84,1% foi a de algodão. Os tecidos de algodão corresponderam a 54,6% das vendas externas desses produtos. Nas exportações de confecções, 46,6% foram as de algodão, enquanto que nas de fios a participação foi de 15,3% e em outros, de 3,9%, destaca a pesquisadora.

 

 

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Por: Nara Guimarães

 

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Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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Data de Publicação: 20/10/2017

Autor(es): Instituto de Economia Agrícola (iea@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor