Acompanhamento de Preços no Mercado Varejista de Alimentos no Município de São Paulo - setembro de 2017

No mês de setembro de 2017, o acompanhamento de variação dos preços de itens alimentícios, no município de São Paulo, rotineiramente conduzido pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), registrou que a cesta de gêneros necessários para a manutenção mensal de família composta por quatro indivíduos em média ficou estável (-0,01%) quando comparada à de agosto, e recuou -3,33% quando comparada à de setembro de 2016, ou seja, o valor dispensado para adquirir a cesta de mercado hoje é inferior ao pago a um ano.

Para o grupo de produtos de origem animal, a alta no mês foi de 0,49%, sendo que o subgrupo “carnes”, isoladamente, foi responsável por parcela significativa dessa alta registrada (3,22%). Em contrapartida, o grupo ovos, que no ano acumulava alta de 8,92%, sofreu queda expressiva de preços no mês (-7,01%). Em relação a leites e derivados, observa-se queda generalizada de preços (-3,54%) no período em análise. O forte calor nos últimos meses ocasionou aumento da oferta de ovos, e a queda de renda é apontada como explicação da redução de demanda por produtos lácteos. Para as carnes, aparentemente, não há uma motivação estrutural para o aumento, e especialistas conferem o aumento ao feriado prolongado no início do mês e a recuperação de margem de comercialização. Tanto o aumento nos preços da carne bovina quanto a queda nos preços dos ovos são observadas nos demais níveis de comercialização (produtor e atacado), também acompanhados pelo IEA (Figura 1).

Produtor





Em relação aos produtos vegetais, o índice do mês aponta queda de 0,51% no valor dispensado. O grupo “frutas” chama atenção pela variação positiva de 5,00%. As frutas cítricas foram afetadas pelo forte calor fora de época, e destaca-se a variação de 20,90% nos preços médios de limão. As hortaliças permanecem em queda; tomate e alho, por exemplo, tiveram reduções de preços superiores a 7%. Nos produtos básicos, observou-se queda de 1,00%, entretanto, o arroz, importante produto da cesta de alimentos do paulistano, teve aumento de 4,59% no período. A figura 2 apresenta os índices do período e destaca variações de alguns produtos de cada subgrupo do levantamento.

 

COMO INTERPRETAR A FIGURA 2

         Nas figuras estão dispostos os seguintes resultados:

1) Índice total, que equivale ao Índice de Preços da Cesta de Mercado Total (IPCMT), divulgado mensalmente pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), é obtido pelo cálculo de variação de preços no mês atual em relação ao anterior, ponderados pela sua importância na cesta de mercado das famílias paulistanas;

2) Índice por grupos, que equivale ao Índice de Preços da Cesta de Mercado de Produtos de Origem Animal (IPCMA) para os produtos de origem animal, e ao Índice de Preços da Cesta de Mercado de Produtos de Origem Vegetal (IPCMV) para os produtos de origem vegetal. É calculado de forma análoga ao índice total; a diferença é que é composta por produtos conforme a origem, animal ou vegetal;

3) Indicadores por subgrupos, que são calculados seguindo a mesma regra dos anteriores. O objetivo é indicar a contribuição do subgrupo na formação dos índices por grupos e total; e

4) Variação por produtos, cujo objetivo é mostrar quais produtos tiveram maior influência na formação do índice no mês.

 

 

Palavras-chave: varejo, alimentos, preços, índices, município de São Paulo.


Data de Publicação: 10/10/2017

Autor(es): Vagner Azarias Martins (vagnermartins@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Priscilla Rocha Silva Fagundes (prsfagundes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor