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Levantamento do Instituto de Economia Agrícola identifica potencial para aumentar a produtividade da maçã no Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo tem potencial para ampliar a produção de maçã, fruta que, ao lado da banana, citros e uva, responde por 90% do comércio internacional de frutas in natura. Estudo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e disponível neste link, mostra que o crescimento da importância das variedades nacionais levou a investimentos significativos em inovação tecnológica na produção e comercialização da fruta, possibilitando seu cultivo em diversas regiões paulistas, inclusive pelos pequenos produtores e agricultores familiares que fornecem alimento para a merenda escolar. De acordo com os pesquisadores da Secretaria Priscilla Rocha Silva Fagundes, Gabriel Bitencourt de Almeida, Celma da Silva Lago Baptistella, Contudo, sinalizaram os autores, apesar do esforço da pesquisa, extensão e dos produtores, apenas algumas regiões paulistas se aproveitaram do conhecimento sobre cultivares de maçã para climas amenos e desenvolveram tecnologia para produzir frutas de qualidade e em volume suficiente para abastecer o mercado. “Além da oportunidade de suprir a entressafra da fruta sulista, a maçã paulista vem demonstrando potencial como diversificação na renda de pequenos agricultores como excelente oportunidade para acessar os programas federais e estaduais de compra de alimentos da agricultura familiar”. Localizada nos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) de Avaré (com o município de Paranapanema sendo o principal produtor do Estado), Sorocaba, Itapetininga, Itapeva, Botucatu, Assis e Lins, a pomicultura vem apresentando importância no desenvolvimento local em algumas regiões do Estado, onde estão avançando projetos bem-sucedidos de fruticultores que encontraram no agronegócio da maçã uma boa alternativa para diversificar seus pomares. “Ao longo dos anos, com investimento da pesquisa no Estado e trabalhos junto a fruticultores, as macieiras voltaram a fazer parte do cenário de algumas regiões de São Paulo, mostrando ser opção para diversificação para algumas propriedades”, observaram os pesquisadores. Em outros EDRs onde a fruta está sendo introduzida, o cultivo tem sido incentivado pelas prefeituras a pequenos produtores, com o objetivo de atender à demanda dos programas de compras da agricultura familiar destinadas à merenda escolar. “A maçã é uma excelente opção de compra para esses programas, mas existem dificuldades de produção, não há tradição na cultura e muitas vezes não se consegue obter qualidade adequada de calibre, coloração e forma de fruto”, apontou o estudo. O acompanhamento das culturas paulistas pelo IEA é fundamental para orientar o setor produtivo e identificar potenciais aumentos de produtividade, conforme ressaltou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim. “Ao aproximar o conhecimento gerado em nossos institutos de pesquisa do produtor paulista, levamos conhecimento para aprimorar os processos, gerar renda e empregos no campo, diretrizes do governador Geraldo Alckmin para fortalecer a agropecuária paulista”, afirmou. Por Paloma Minke
Paulo José Coelho e José Emílio Bettiol, que atuam no IEA, “o aumento da oferta de maçã, tanto em razão do progresso tecnológico, quanto à ampliação da área plantada foi devido a estímulos de mercado e de políticas públicas e resultou em ganhos de produtividade e de qualidade da fruta nacional e, consequente, queda de preços do produto, propiciando seu consumo pelas camadas de rendas mais baixas da população”.
Data de Publicação: 28/09/2017
Autor(es): Instituto de Economia Agrícola (iea@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor