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Acompanhamento de Preços no Mercado Varejista de Alimentos no Município de São Paulo – maio de 2017
Durante maio de 2017, o
acompanhamento de variação dos preços de itens alimentícios no município de São
Paulo, rotineiramente conduzido pelo Instituto de Economia Agrícola, registrou
que a cesta de gêneros necessários para a manutenção mensal de família composta
por quatro indivíduos em média elevou-se em 1,83% quando comparada a abril, e em
6,05% quando comparada a maio de 2016, valor superior ao IPCA acumulado no
mesmo período (3,60%). Estes valores indicam que, na média, o grupo formado
pelos alimentos sofreu reajustes de preços superiores ao IPCA total. Para o grupo de produtos
de origem animal, a alta no mês foi de 1,94%, sendo que o subgrupo “carnes”
isoladamente foi responsável por parcela significativa dessa elevação
registrada. Em contrapartida, o subgrupo “ovos”, após sucessivos aumentos,
registrou queda de 1,82%. No caso do grupo de
produtos de origem vegetal, observou-se variação mensal positiva de 1,73%,
valor bastante significativo quando comparado com a queda de 0,22% observada no
mês anterior. O feijão foi o responsável por parcela substancial dessa alta no
varejo, ao marcar variação de 7,37% para o produto empacotado. Dois fatores
podem explicar esse fato: a) a produção paulista de feijão ocorre em três
safras no ano, sendo que a que está em curso é a menor delas, portanto, tem-se
momento de menor oferta; e b) a safra paranaense, importante para o
abastecimento nesse período, foi afetada pelas excessivas precipitações
especialmente a partir da segunda quinzena de maio. No atacado houve similar
reflexo na oscilação dos preços imediatamente repassados ao comércio varejista
(Figura 1). Outro destaque no
incremento dos preços médios de varejo em maio foi o pó de café, com alta de
5,03% frente a abril. Nesse caso, ao contrário do feijão, foi a estiagem
prolongada no norte do Espírito Santo (2º maior produtor de café do Brasil) o
fenômeno responsável pela escassez de oferta do produto para as torrefadoras
que passaram a disputar os poucos lotes oferecidos ao mercado. Em relação aos grupos
“frutas” e “hortaliças”, também foram registradas altas no mês, 1,68% e 2,03%,
respectivamente. Destacam-se os aumentos registrados da batata e da cebola,
possivelmente ocasionados pelas chuvas ocorridas em parte do mês de maio. A figura 2 mostra todas
as variações registradas no mês de maio e alguns destaques por subgrupos. Nas figuras estão dispostos os seguintes
resultados: 1) Índice total - equivale
ao Índice de Preços da Cesta de Mercado Total (IPCMT) divulgado mensalmente
pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), e é obtido através do cálculo de
variação de preços no mês atual em relação ao anterior ponderados pela sua
importância na cesta de mercado das famílias paulistanas; 2) Índice por grupos - para
os produtos de origem animal equivale ao Índice de Preços da Cesta de Mercado
de Produtos de Origem Animal (IPCMA) e para os produtos de origem vegetal
equivale ao Índice de Preços da Cesta de Mercado de Produtos de Origem Vegetal
(IPCMV). É calculado de forma análoga ao índice total, só que composta por
produtos conforme a origem, animal ou vegetal; 3) Indicadores por
subgrupos - são calculados seguindo a mesma regra dos anteriores. O objetivo é
indicar a contribuição do subgrupo na formação dos índices por grupos e total; e 4) Variação por produtos
- o objetivo é mostrar quais produtos tiveram maior influência na formação do
índice no mês. Palavras-chave: mercado varejista,
São Paulo, índices de preços, alimentos.
Data de Publicação: 30/06/2017
Autor(es):
Vagner Azarias Martins (vagnermartins@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Priscilla Rocha Silva Fagundes (prsfagundes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Celso Luís Rodrigues Vegro (celvegro@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor