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Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, Ano Agrícola 2016/17, Abril de 2017
1 – INTRODUÇÃO A Secretaria de Agricultura e Abastecimento
do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), realizou, entre 3 e 27 de
abril de 2017, o levantamento da Previsão e Estimativa da Safra Agrícola 2016/17
para as principais culturas do Estado de São Paulo (Tabela 1). Os resultados foram obtidos
aplicando o método subjetivo, que consiste da coleta e sistematização dos dados
fornecidos pelos técnicos das Casas de Agricultura, em cada um dos 645
municípios do Estado de São Paulo. 2 – INDICADORES GERAIS A colheita de
grãos nesta safra está prevista em 9,57 milhões de toneladas, o que representa
um aumento de 14,2 % em relação ao ano anterior. As culturas que apresentaram, por um
lado, os maiores aumentos em percentual de volumes produzidos e esperados
foram: feijão das águas (34,5 Para a elaboração dos índices que
refletem a evolução da agricultura paulista no ano agrícola 2016/17, em
comparação ao de 2015/16, foram selecionadas as atividades mais significativas
em valor da produção no estado calculado pelo IEA. Os resultados agregados
indicam ganhos na produtividade de 2,0%, o que resultou no aumento de 2,9% no
volume produzido, em uma área plantada 0,5% maior que a da safra passada
(Tabela 2). Tabela 1 – Previsões
e Estimativas das Safras Agrícolas, Comparativo de Área, Produção e
Produtividade, Estado de São Paulo, Safra Agrícola 2016/17, Abril de 20171 Produto Área (1.000 ha) Produção (1.000 t) Produtividade (kg/ha) Final Abr./2017 Var. Final Abr./2017 Var. Final Abr./2017 Var. Algodao 4,8 3,6 -24,0 14,5 10,4 -27,8 3.017 2.865 -5,0 Amendoim total 112,9 123,8 9,7 401,6 460,4 14,6 3.559 3.719 4,5 Amendoim da seca 1,3 1,7 35,4 3,8 4,3 15,4 2.998 2.557 -14,7 Amendoim das águas2 111,6 122,1 9,4 397,9 456,1 14,6 3.565 3.735 4,8 Arroz total 10,9 11,1 2,2 61,6 65,1 5,7 5.679 5.872 3,4 Arroz de sequeiro e
várzea 2,4 2,4 -1,0 7,9 8,2 3,5 3.315 3.465 4,5 Arroz irrigado 8,5 8,7 3,1 53,7 56,9 6,0 6.346 6.523 2,8 Banana3 57,9 57,7 -0,4 1.139,0 1.125,6 -1,2 21.280 21.118 -0,8 Batata das águas4 7,6 6,6 -12,7 213,2 190,4 -10,7 28.219 28.831 2,2 Batata da seca 7,1 8,6 20,1 223,2 278,6 24,8 31.364 32.593 3,9 Batata de inverno 11,9 11,8 -1,4 338,3 360,5 6,6 28.360 30.644 8,1 Café3 211,3 212,7 0,7 364,3 265,9 -27,0 1.814 1.321 -27,2 Cana para forragem 82,8 75,6 -8,7 4.851,8 4.455,8 -8,2 58.595 58.952 0,6 Cana para indústria3 6.081,5 6.047,9 -0,6 438.595,1 441.066,8 0,6 78.754 79.386 0,8 Cebola de bulbinho 0,7 0,6 -15,7 27,3 24,5 -10,3 37.599 40.020 6,4 Cebola de muda 2,6 2,5 -4,3 94,5 85,2 -9,8 36.074 34.002 -5,7 Cebola de plantio direto 2,5 2,3 -8,0 123,3 115,1 -6,7 49.324 50.043 1,5 Feijão das águas4 54,8 67,8 23,7 123,7 166,4 34,5 2.256 2.454 8,8 Feijao da seca 15,9 15,1 -5,4 31,7 30,4 -4,4 1.995 2.016 1,1 Feijao de inverno total 29,6 30,4 2,8 66,4 77,0 16,0 2.243 2.532 12,9 Feijao de inverno irrigado 19,7 23,1 17,1 49,8 65,6 31,9 2.525 2.845 12,7 Feijao de inverno s/
irrigaçao 9,9 7,3 -25,8 16,6 11,4 -31,6 1.681 1.549 -7,9 Laranja3 439,9 446,5 1,5 10.629,6 12.460,3 17,2 25.919 29.718 14,7 Mandioca para indústria3 51,3 49,6 -3,5 976,4 953,9 -2,3 28.610 28.792 0,6 Mandioca para mesa3 19,8 19,5 -1,6 232,5 232,2 -0,1 16.163 16.303 0,9 Milho total (primeira safra) 441,6 436,7 -1,1 2.718,3 2.789,1 2,6 6.156 6.388 3,8 Milho (primeira safra) 390,1 388,7 -0,4 2.258,9 2.340,3 3,6 5.791 6.021 4,0 Milho irrigado (primeira
safra) 51,5 48,0 -6,8 459,4 448,8 -2,3 8.924 9.356 4,8 Milho safrinha (segunda
safra) 428,9 417,3 -2,7 1.704,6 2.193,3 28,7 3.974 5.256 32,3 Seringueira3 111,1 112,5 1,3 180,9 198,2 9,6 2.466 2.533 2,7 Soja total (primeira safra) 834,9 904,5 8,3 2.740,7 3.119,5 13,8 3.282 3.449 5,1 Soja (primeira safra) 792,0 855,9 8,1 2.574,7 2.919,6 13,4 3.251 3.411 4,9 Soja irrigada (primeira
safra) 42,9 48,5 13,1 166,0 199,9 20,5 3.868 4.120 6,5 Tomate envarado (mesa) 9,8 9,1 -7,8 731,7 668,5 -8,6 74.396 73.735 -0,9 Tomate rasteiro (indústria) 3,0 3,4 10,5 244,1 256,6 5,2 80.333 76.471 -4,8 Trigo 76,3 73,6 -3,4 226,3 224,0 -1,0 2.968 3.042 2,5 Triticale 7,2 3,7 -48,5 18,4 9,5 -48,5 2.561 2.558 -0,1 Uva para indústria2, 3 0,1 0,1 6,6 1,5 1,5 1,0 19.352 18.908 -2,3 Uva para mesa3 7,1 6,9 -3,0 241,8 242,2 0,1 34.634 35.611 2,8 1Este levantamento
foi efetuado de 3 a 27 de abril de 2017. 2Estimativa final
da safra agícola 2016/17. 3Somatória da área
nova e área em produção, e produtividade calculada a partir da área em
produção. 4Estimativa final
da safra agrícola 2016/17, dados de fev./2017. Fonte: Instituto de Economia Agrícola e
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. Tabela 2
- Evolução da Agricultura no Ano Agrícola 2016/17
Relativamente a 2015/16, Estado de São Paulo Culturas/produtos Produção1 Área2 Produtividade da terra3 Anuais4 108,76 103,41 105,17 Grãos5 114,16 103,54 110,26 Perenes e semiperenes6 101,09 99,62 101,08 Total 102,86 100,49 101,99 1Índice Laspeyres; ano-base 2015/16 e base de ponderação
2015/16=100. 2Índice simples de área cultivada; 2015/16=100. 3Índice Laspeyres de produção/índice
simples de área em produção. 4Abóbora; abobrinha; alface; algodão;
amendoim; arroz em casca; batata; batata doce; beterraba; cebola; cenoura;
feijão; melancia; milho; pimentão; repolho; soja; sorgo granífero; tomate; e
trigo. 5Algodão; amendoim; arroz em casca; feijão; milho; soja; sorgo; e
trigo. 6Abacate; abacaxi; banana; café; cana
para indústria; caqui; figo para mesa; goiaba; laranja; limão; mandioca; manga;
maracujá; pêssego para mesa; seringueira; tangerina; e uva para mesa. Fonte: Instituto de Economia Agrícola e Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral. O conjunto das culturas anuais
apresenta maior produção (8,8%) por conta da produtividade positiva (5,2%) em
uma área plantada maior (3,4%). No caso dos grãos, houve comportamento similar,
porém, com ganhos de produtividade (10,3%) e de produção (14,2%) mais intensos. Quando são
consideradas as culturas perenes e semiperenes, observa-se que os índices se
mostram estáveis: produtividade (1,1%), produção (1,1%) e área plantada (-0,4%)
(Tabela 2). 3 – ACOMPANHAMENTO DA SAFRA AGRÍCOLA 2016/17 3.1 – Amendoim A safra de amendoim 2016/17 traz estimativas de alta
da produção para os dois plantios realizados no Estado de São Paulo. No plantio
da seca, que representa pouco mais de 1% da área total e é realizado
principalmente no oeste paulista, o levantamento de abril/2017 acompanha de
perto os resultados alcançados na coleta de dados de fevereiro/2017, apontando
aumento de 23,48% na área planta e de 12,52% na produção. Para o plantio das
águas, as previsões mostram o bom desempenho da lavoura com aumento de 4,72% na
produtividade e seus reflexos para o incremento de 14,59% na produção. As
estimativas finais favoráveis acompanham o posicionamento das exportações do
amendoim em grão e do óleo de amendoim. 3.2 – Algodão A cotonicultura
paulista apresenta forte retração em 2016/17 quando a área estima- da em 3,64 mil hectares, 25% menor que a verificada na
safra anterior. A produção deve ser de 10,4 mil toneladas, 28,0% a menos que a
obtida no ano passado. Esse quadro consiste acirramento do desestímulo à
atividade verificado nos últimos anos em virtude de condições de mercado mais
favoráveis de outras lavouras no processo de competição por área. As
condições do mercado internacional delineadas para 2017, em que elevados
estoques e baixa cotação da fibra sintética determinam preços mais baixos para
a fibra natural, justificam o comportamento de cautela em termos nacionais, o
que pesa mais ainda para a cotonicultura paulista. 3.3 – Arroz A previsão de safra de abril mostra
uma produção esperada de 65,1 mil toneladas de arroz (de sequeiro, várzea e
irrigado), 9,5% superior à obtida na safra passada, por conta do ganho de áreas
(3,1%) na cultura irrigada, e pequena queda no sequeiro (1,0%) e elevação na
produtividade (7,3%). 3.4 – Batata da Seca e de Inverno No mês de
julho de 2016, a colheita do cultivo da batata seca foi finalizada em São Paulo.
A área foi de 7.120 hectares, produção de 223.190 toneladas e produtividade de 31,4
t/ha. Em 2017, a área estimada é de 8.555 hectares (20,1 % maior), a produção
será de 278.630 toneladas e produtividade 32,6 t/ha, apresentando um incremento
de 3,9% em relação à safra passada. Esse cultivo tem como principais
Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) produtores: Itapetininga, Itapeva e
São João da Boa Vista. O aumento de preços observado em 2016 estimulou o
plantio desse cultivo em 2017. A batata de inverno em 2016 ocupou 11.930
hectares e sua produção foi de 338.270 toneladas, com produtividade 28,4 t/ha.
Os principais EDRs produtores são: São João de Boa Vista, Itapeva e
Itapetininga, com 74,5% do total. Em 2017, apesar de pequena redução na área
cultivada, que será de 11.760 ha, apresentou aumento na produção de 6,6%,
chegando à 360.490 toneladas e consequente aumento da produtividade, que será
de 30,6 t/ha (8,1 % maior). 3.5 - Cebolas Bulbinho, de Muda e Plantio
Direto A produção
de cebola em São Paulo é realizada em três cultivos: bulbinho (soqueira),
cebola de muda e plantio direto. A área total em 2016 foi de 5.872 hectares e a
produção de 245.029 toneladas. A área cultivada com bulbinhos, que participou
com 12,3% do total cuja colheita, foi finalizada em junho de 2016 e teve área
de cultivo de 725 hectares, produção de 27.259 toneladas, com aumento da
produtividade (38,0 t/ha). A previsão de abril de 2017 mostra uma área de 610
hectares (15,7% menor que a anterior), produção de 24.450 toneladas e
produtividade 40,0 t/ha, fazendo com que a produção esperada seja 10,3% menor
que a da última safra. A cebola
de muda em 2016 teve área de 2.620 hectares (44,8% do total), produção 94.460 toneladas
e produtividade 36,07 t/ha. Os principais EDRs produtores são: Jaboticabal,
Sorocaba, Itapeva e São João da Boa Vista com 93,5% do total. Em 2017, a área
será de 2.510 hectares (4,3% menor que a anterior), produção de 85.240 toneladas
(9,8% menor que a anterior) e 34,0t/ha de produtividade (5,7% menor). O cultivo
de cebola em plantio direto na palha é o principal do estado. A área cultivada
em 2016 foi de 2.500 hectares (42,7% do total), com produção de 123.310 toneladas.
Os principais EDRs produtores são: São João da Boa Vista e Jaboticabal. Em 2017,
a área ocupada será de 2.300 hectares (8,0% menor), a produção prevista é de
115,1 toneladas (6,7% menor), com produtividade 50,0 t/ha. Em 2016, a
área total com cebola foi de 5.874 hectares e produção de 245.030 toneladas. Em
2017, a área total será de 5.420 hectares e a produção de 224.790 toneladas
(7,3% menor que em 2016). 3.6 - Feijão da Seca e de Inverno O
cultivo do feijão no Estado de São Paulo é realizado em três safras, conforme o
calendário agrícola: águas (setembro a janeiro), seca (fevereiro a junho) e de
inverno (abril a setembro). Porém, essa regra do calendário não é fixa, podendo
ocorrer um plantio mais cedo (precoce) ou mais tardio, dependendo do clima e da
conjuntura de mercado. O feijão da safra das águas de 2016/17, já finalizada, é
a de maior cultivo dentre os 3 tipos, e foram colhidas 166,4 mil toneladas em 67,8 mil
hectares. Para
o feijão da seca, o levantamento de abril refere-se ao
acompanhamento da safra 2016/17 que se encerra em junho, e os números apontam
diminuições de 5,4% na área cultivada (15,1 mil hectares) e de 4,4% na produção
em relação à safra passada, sendo esperados uma colheita de 30,4 mil toneladas.
Já a produtividade média de 2.016 kg/ha apresenta ganho de 1,1%. A safra da
seca é a menor no estado e vem diminuindo seu cultivo a cada ano agrícola, em
parte por opção dos produtores de cultivarem outras culturas como a do milho, e
também para evitar a propagação da mosca branca (praga), principalmente em
áreas após a colheita a soja. No caso do feijão de inverno (irrigado e sem irrigação), foram
obtidas as primeiras informações da safra 2016/17. Em relação à safra anterior
(2015/16), a expectativa é de incremento de 16,0% na produção com a estimativa
de serem colhidas 77,0 mil toneladas do grão. Esse resultado positivo é por
conta do aumento de 12,9% na produtividade (2.532 kg/ha), uma vez que a área
cultivada de 30,4 mil hectares é 2,8% maior que a da safra passada. Destaque
para o plantio irrigado, que
apresenta expansão de 17,1% na área e representa 75% do total da safra de
inverno. Somando
as produções das três safras (águas, seca e de inverno), a produção paulista
poderá atingir 275 mil toneladas de quantidade colhida nesta safra, 23,8% superior
à safra 2015/16. 3.7 – Tomate Em abril, é feito o segundo levantamento da safra de 2017 do
tomate envarado (para mesa) e do rasteiro (para indústria). No tomate envarado
para consumo in natura, na comparação
com a safra passada, foram observadas quedas de 8,6% na produção, com a
estimativa de serem colhidas 668,6 mil toneladas, e de 7,8% na área plantada
(9,1 mil hectares). Números que confirmam as informações do primeiro
levantamento realizado em fevereiro/2017, que apontou essa tendência de
diminuição da lavoura, podem ser atribuídos em parte à situação de mercado com
os preços recebidos pelos tomateiros no ano de 2016 ficarem muito perto do
custo de produção. Quanto à produtividade, tem-se ligeira queda de 0,9% (73,7
t/ha), que representa 700 kg/ha a menos em relação ao ano passado. Para o tomate rasteiro ou com finalidade para as indústrias, a
área cultivada foi de 3,4 mil hectares, com crescimento de 10,5% em relação à
safra 2015/16, e espera-se uma produção de 256,6 mil toneladas, 5,2% superior,
com queda, porém, de 4,8% na produtividade, com 76,5 t/ha ante a 80,3 t/ha
registrada na safra passada. O Estado de Goiás é o principal produtor nacional
com 85% e o Estado de São Paulo participa com 12%. 3.8 - Mandioca para Indústria e para
Mesa O levantamento de abril aponta redução de 2% na
produção paulista de mandioca industrial, ainda reflexo do longo período de
preços baixos praticados em 2014 e 2015. A partir de novembro de 2015, os
preços recebidos pelos mandiocultores paulistas iniciaram um processo de
recuperação, mas ainda insuficiente para estimular os produtores, lembrando que
o ciclo de produção da raiz é relativamente longo. O cultivo de mandioca para mesa permaneceu
praticamente estável nesse levantamento de abril, com pequena redução na área
cultivada de 1,6%; a produção ficou 0,1% menor e a produtividade teve um leve
aumento (0,9%). 3.9
– Milho Neste levantamento são apresentados os resultados do
terceiro levantamento de milho 1ª safra (irrigado e não irrigado) e o segundo
do milho safrinha. Em relação ao milho de 1ª safra, observa-se queda de área de
1,1% em relação à safra 2015/16, com aumentos de 2,6% na produção e de 3,8% na
produtividade (milho total). Essas variações devem se alterar muito pouco no
próximo levantamento (fechamento de safra), dado que a colheita já está em
andamento na maioria das regiões. Os EDRs de São João da Boa Vista, Itapeva,
Avaré e Itapetininga são responsáveis por aproximadamente 41% do volume total
produzido no estado. Em relação ao milho safrinha, os resultados apontam uma
área 2,7% menor em comparação à safra passada, com produção e produtividade,
porém, se recuperando da quebra ocorrida no último ano. Esta recuperação pode
ser confirmada ao confrontar a produtividade obtida na safra 2014/15 (85,7 sc. 60
kg/ha) com a produtividade atual (87,6 sc. 60 kg/ha). Nesta safra, os EDRs de
Assis e Itapeva concentram metade da produção de milho safrinha no estado
(Tabela 3). Tabela 3
- Área,
Produção e Produtividade e Variação dos Milhos de Primeira Safra e Segunda
Safra (Safrinha), Estado de São Paulo, Safra Agrícola 2015/16 e Levantamento de
Abril de 2017 (Safra 2016/17) Item Milho Área (ha) Produção (sc. 60 kg) Produtividade (sc. 60 kg/ha) Safra 2015/16 1ª safra 390.081,2 37.648.822,2 96,5 1ª safra (irrigado) 51.476,5 7.656.136,7 148,7 1ª safra total 441.557,7 45.304.958,9 102,6 2ª safra ou safrinha 428.927,0 28.410.600,1 66,2 Abr./2017 1ª safra 388.682,7 39.005.246,0 100,4 1ª safra (irrigado) 47.968,7 7.480.020,0 155,9 1ª safra total 436.651,4 46.485.266,0 106,5 2ª safra ou safrinha 417.273,4 36.554.625,0 87,6 Var. % 1ª safra -0,4 3,6 4,0 1ª safra (irrigado) -6,8 -2,3 4,8 1ª safra total -1,1 2,6 3,8 2ª safra ou safrinha -2,7 28,7 32,3 Fonte: Instituto de
Economia Agrícola e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. 3.10
– Soja O cultivo da soja segue em expansão no Estado de São
Paulo em face do crescimento de 8,0% na área plantada, que alcançou 855,9 mil
hectares em 2016/17. A produção é estimada em 2,92 milhões de toneladas, 13,4%
maior que a obtida na safra passada. As condições climáticas favoráveis aliadas
à adoção de tecnologias propiciaram o aumento de 4,9% na produtividade. A
demanda firme pelo grão e derivados – óleo e farelo - nos mercados doméstico e
internacional justifica o comportamento do cultivo da oleaginosa. 3.11 – Trigo Os
números do segundo levantamento da safra
paulista de trigo indicam queda de 3,4% na
área cultivada (73,6 mil hectares) com a produção prevista em 223,9 mil
toneladas, 1,0% menor também que a da safra anterior. Os números apurados no
segundo levantamento de Previsão e Estimativa de Safra Agrícola de 2016/17
levam a crer que a redução de área e produção estimadas têm relação com o
comportamento de mercado do produto que, conforme a CONAB, apresenta baixos
preços de mercado. Os produtores paulistas, além dos preços do produto
desfavoráveis, têm que se preocupar com os efeitos negativos do clima no início
e no final da cultura. 3.12 - Banana Abril
é o terceiro acompanhamento da safra da cultura da banana no Estado de São
Paulo, que está sinalizando pequena redução de área (-0,4%), produção (-1,2%) e
produtividade (-0,8%), relativamente aos dados finais de 2015/16. A atividade
poderá atingir o total de 1.125,6 mil toneladas da fruta. Os principais EDRs
produtores são: Registro, com totais de área de 34,7 mil hectares e produção
798,5 mil toneladas, São Paulo, com 4,4 mil hectares e 66,3 mil toneladas,
Jales, com 3,4 mil hectares e 35,6 toneladas e Avaré, com 1,1 mil hectares e
30,6 mil toneladas. No entanto, os EDRs de Jales, Fernandópolis e General
Salgado são os que indicaram maiores áreas novas plantadas com a cultura, de
971 hectares, 575 hectares e 539 hectares, respectivamente. 3.13
- Café No terceiro levantamento de estimativa de safra
paulista de café de 2016/17, não se registraram variações significativas frente
ao levantamento anterior (fevereiro/2017). Verificou-se incremento de produção
na margem de 2,25%, ou seja, a quantidade a ser colhida passou a ser estimada
em 4,43 milhões de sacas (265,85 mil toneladas), representando, porém, queda de
27,02% frente à produção de 6,07 milhões de sacas colhidas na safra anterior. Mais de 80% da oscilação na safra decorre da intensa
bienalidade registrada no cinturão francano (EDR de Franca) que, de 2,60
milhões de sacas colhidas na safra anterior, encaminha-se para colheita apenas
de 1,23 milhão na corrente safra. 3.14 - Cana-de-açúcar O segundo levantamento da safra
da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo aponta que, em relação ao
levantamento de novembro de 2016,
houve uma queda na área nova de 3,9% e na área em produção 0,2%, ficando
praticamente estável. A
produção de 441,0 milhões de toneladas manteve-se praticamente inalterada
(0,6%) em relação à safra 2015/16, e a produtividade apresentou um ligeiro
aumento de 0,6%. Esta estabilidade em
termos estaduais ainda é decorrente da crise que se instalou no setor no final
dos anos 2000,
que se refletem em aspectos como menores investimentos na renovação de
canaviais e plantio de áreas novas nos últimos anos. 3.15
– Laranja A segunda estimativa preliminar da
safra agrícola para a cultura da laranja, decorrente do levantamento realizado
em todos os municípios do Estado de São Paulo, em abril de 2017, foi de 305,4
milhões de caixas de 40,8 kg (12.460 mil toneladas), 17,2% superior ao obtido
na safra de 2016 (260 milhões de caixas de 40,8 kg, equivalente a 10.629 mil
toneladas). O clima mais ameno e úmido tem sido favorável ao desenvolvimento
das plantas, influenciando positivamente o período das floradas e do pegamento.
Além disso, a retomada dos investimentos em tratos culturais, impulsionada
pelos maiores preços de 2016, reforça a expectativa de aumento na produção.
Como consequência, estima-se produtividade agrícola de 29.718 kg/ha,
equivalente a 1,9 cx./pé ou 728 cx./ha. No volume de caixas divulgado estão
computados o volume a ser destinado ao mercado, as caixas perdidas no processo
produtivo e na colheita, bem como os frutos provenientes de pomares não
expressivos economicamente. Quanto à área total plantada (que inclui área com
plantas ainda não produtivas), o levantamento prevê área cultivada maior em
1,5% relativamente ao ano agrícola anterior. Na atual safra registra-se
discreto crescimento tanto na área nova quanto na área em produção, embora seja
conhecido que há continuidade no processo de erradicação, por conta da
eliminação de pomares comprometidos com a incidência de problemas
fitopatológicos, principalmente cancro cítrico e HLB (greening). A área de laranja no estado também tem sido
influenciada pelo aumento do custo de produção da cultura e à alta dos preços
dos defensivos. Assim sendo, a área total plantada atinge a marca de 446,5 mil
hectares para a safra 2017/18, e em aproximadamente 94,0% desta área deverá ser
feita a colheita. 4 – RESULTADOS COMPLEMENTARES A tabela 4 fornece o total do estado para as demais
culturas, enquanto resultados complementares deste levantamento encontram-se na
tabela 5 por EDR e na tabela 6 por Região Administrativa (RA) e Região
Metropolitana (RM). O próximo levantamento das safras agrícolas do Estado de
São Paulo, a ser realizado em junho, deverá trazer informações mais precisas
sobre produções e produtividades para o ano agrícola 2016/17. _______________________________________________________________ 1Os
autores agradecem aos técnicos do DEXTRU, das Casas de Agricultura e diretores
dos EDRs, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), pelo
desempenho no levantamento. Também agradecem os comentários dos pesquisadores do IEA: Renata Martins Sampaio, Rejane Cecília Ramos, Katia Nachiluk,
Celso Luis Rodrigues Vegro, José Roberto da Silva, Marisa Zeferino Barbosa. Também agradecem a colaboração das
técnicas de apoio do CPDIEA Talita Tavares Ferreira e Maria Cristina T. J.
Rowies, da Oficial de Apoio à Pesquisa Irene Francisca Lucatto do Departamento
Administrativo e da equipe do Núcleo de Informática para os Agronegócios do
IEA. Palavras-chave: previsão de
safras, área e produção, estimativas, produção agrícola.2%), feijão de inverno irrigado (31,9%),
milho safrinha (28,7%) soja irrigada (20,5%) feijão de inverno total (16,0%),
amendoim da seca (15,4%). Por outro, as maiores quedas em produções previstas
foram: triticale (-48,5%), feijão de inverno sem irrigação (31,6%), algodão
(-27,8%) e feijão da seca (-4,4%). Essas quedas são reflexos da diminuição das
áreas cultivadas, uma vez que essas culturas apresentaram ganhos de
produtividade, com exceção do algodão (Tabela 1).
2015/16
2016/17
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Data de Publicação: 22/06/2017
Autor(es):
Vagner Azarias Martins (vagnermartins@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Carlos Eduardo Fredo (cfredo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Carlos Nabil Ghobril (nabil@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Carlos Roberto Ferreira Bueno Consulte outros textos deste autor
Celma Da Silva Lago Baptistella (csbaptistella@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Denise Viani Caser (dcaser@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Felipe Pires de Camargo (fpcamargo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Mario Pires De Almeida Olivette (olivette@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Paulo José Coelho (pjcoelho@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor