O agronegócio³ paulista apresentou exportações crescentes (+1,5%), atingindo US$2,69 bilhões; as importações setoriais subiram mais (+6,6%), somando US$0,81 bilhão, resultando em ligeira queda (-0,5%) no saldo comercial em relação ao primeiro bimestre de 2016, alcançando US$1,88 bilhão (Figura 2).

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Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive o agronegócio - somaram US$7,36 bilhões, e as exportações US$4,19 bilhões, gerando um deficit externo desse agregado de US$3,17 bilhões. Assim, conclui-se que o deficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo, embora decrescente.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado diminuiu 2,0 pontos percentuais, enquanto a participação das importações cresceu 0,3 ponto percentual na comparação dos meses de janeiro e fevereiro de 2017 com os de 2016 (Figura 3).

A balança comercial brasileira registrou superavit de US$7,28 bilhões no primeiro bimestre de 2017, com exportações de US$30,38 bilhões e importações de US$23,10 bilhões. O superavit comercial resultou de aumento nas exportações (+23,6%), superior ao das importações (+12,0%) (Figura 4).

No primeiro bimestre de 2017, as exportações do agronegócio brasileiro aumentaram 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$11,79 bilhões (38,8% do total). Já as importações do setor subiram mais (+26,7%), também na comparação com o primeiro bimestre de 2016, somando US$2,37 bilhões (10,3% do total). O superavit do agronegócio nos meses de janeiro e fevereiro de 2017 foi de US$9,42 bilhões, sendo 4,1% inferior ao do primeiro bimestre do ano passado (Figura 5).

Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores, com exportações de US$18,59 bilhões e importações de US$20,73 bilhões, produziram no primeiro bimestre de 2017 um deficit de US$2,14 bilhões.

A participação do agronegócio nos totais do país diminuiu em termos das exportações (-8,8 pontos percentuais) e subiu com relação às importações (+1,2 ponto percentual) (Figura 6).

A participação paulista no total da balança comercial brasileira diminuiu em termos das exportações (-3,6 pontos percentuais) e também no tocante às importações (-2,8 pontos percentuais) (Figura 7).

Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais de São Paulo no primeiro bimestre de 2017 representaram 22,8%, percentual ligeiramente superior ao dos dois primeiros meses de 2016 (+0,1 ponto percentual), enquanto as importações representaram 34,2%, percentual inferior ao verificado no mesmo período do ano passado (-6,4 pontos percentuais) (Figura 8).

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¹Estado produtor (unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é aquela onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

²Estado importador (unidade da Federação importadora) é definido como aquela do domicílio fiscal do importador.

³Os grupos de produtos do agronegócio podem ser vistos em: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Agrostat. Brasília: MAPA. Disponível em: <http://agrostat2.agricultura.gov.br/index.
htm>. Acesso em: mar. 2017. 

Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.