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Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, 2° Levantamento, Ano Agrícola 2016/17 e Levantamento Final, Ano Agrícola 2015/16, Novembro de 2016
1 – INTRODUÇÃO A
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do
Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica
Integral (CATI), realizou entre 1 e 25 de novembro de 2016 o levantamento das
previsões de área e produção de culturas no Estado de São Paulo referentes à
safra agrícola 2016/17 e as estimativas finais da safra 2015/16 com números da
cana para indústria, da laranja e dos demais produtos agrícolas de maior
expressão econômica. São
apresentados também os indicadores da agricultura paulista do ano agrícola
2015/16, que medem o comportamento da produção, área e produtividade. Os
resultados foram obtidos aplicando o método subjetivo2, que consiste
da coleta e sistematização dos dados fornecidos pelos técnicos das Casas de
Agricultura, em cada um dos 645 municípios do Estado de São Paulo. 2 – ACOMPANHAMENTO DA SAFRA AGRÍCOLA 2016/17 No levantamento
de novembro de 2016, foram realizadas as previsões iniciais de área e produção
para a safra paulista 2016/17 de grãos (primeira safra ou safra de Para a safra de
verão de grãos 2016/17 (das culturas do algodão, amendoim das águas, arroz,
feijão das águas, milho, soja e sorgo granífero das águas), os resultados
parciais indicam expansão de 2,3% na área cultivada (1,50 milhão de hectares) e
aumento de 3,6% na produção com previsão de ultrapassar 6,22 milhões de
toneladas, quando comparados com o mesmo período da safra 2015/16, sendo
esperado pequeno ganho de produtividade de 0,3%. Tabela 1 – Previsões
e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, Ano Agrícola 2016/2017,
Novembro de 20161 Produto Área (1.000 ha) Produção (1.000 t) Produtividade (kg/ha) Final Nov./2016 2016/17 Var. Final Nov./2016 2016/17 Var. Final Nov./2016 2016/17 Var. Algodão 4,79 3,64 -24,1 14,46 9,26 -35,9 3.017 2.548 -15,5 Amendoim das águas 111,59 110,27 -1,2 397,85 389,82 -2,0 3.565 3.535 -0,8 Arroz total 10,85 7,92 -27,0 61,62 44,00 -28,6 5.680 5.557 -2,2 Arroz de sequeiro e
várzea 2,39 2,01 -15,8 7,91 7,79 -1,6 3.315 3.876 16,9 Arroz irrigado 8,46 5,91 -30,2 53,71 36,22 -32,6 6.346 6.128 -3,4 Banana2 57,94 54,04 -6,7 1.139,00 1.086,51 -4,6 21.280 21.713 2,0 Batata das águas 7,56 6,22 -17,6 213,20 164,33 -22,9 28.219 26.406 -6,4 Café2 211,28 209,90 -0,7 364,26 262,37 -28,0 1.814 1.320 -27,2 Feijão das águas 54,84 69,59 26,9 123,72 172,91 39,8 2.256 2.485 10,1 Milho total 441,56 451,01 2,1 2.718,30 2.796,68 2,9 6.156 6.201 0,7 Milho (1º safra) 390,08 399,03 2,3 2.258,93 2.341,22 3,6 5.791 5.867 1,3 Milho irrigado (1º
safra) 51,48 51,98 1,0 459,37 455,46 -0,9 8.924 8.763 -1,8 Seringueira2 111,05 110,66 -0,3 180,89 190,41 5,3 2.466 2.548 3,3 Soja total 834,94 848,22 1,6 2.740,66 2.794,16 2,0 3.282 3.294 0,4 Soja (1º safra) 792,04 798,21 0,8 2.574,72 2.594,23 0,8 3.251 3.250 0,0 Soja irrigada (1º
safra) 42,90 50,01 16,6 165,95 199,92 20,5 3.868 3.998 3,4 Sorgo granífero das águas 3,85 5,15 34,0 11,37 16,15 42,1 2.955 3.134 6,0 Uva para indústria2 0,09 0,09 0,0 1,52 1,39 -8,6 19.352 17.420 -10,0 Uva para mesa total 7,09 7,19 1,4 241,85 246,35 1,9 34.143 34.263 0,4 Uva comum para mesa2 4,85 4,90 1,0 173,01 185,24 7,1 36.358 38.326 5,4 Uva fina para mesa2 2,24 2,29 2,2 68,84 61,11 -11,2 30.946 26.879 -13,1 1Este levantamento foi efetuado de 1 a 25
de novembro de 2016. Fonte: Instituto de Economia Agrícola e
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. 2.1 – Algodão A cotonicultura no Estado de São Paulo, conforme o levantamento de
novembro de 2016, aponta novamente para diminuição de área plantada na safra
2016/17, fato registrado nos últimos anos, após ligeira recuperação na safra
passada. A previsão para safra 2016/17 é de 3,64 mil hectares de área
cultivada, redução de 24,1% em relação à safra anterior. Quanto à produção, a
expectativa é que sejam colhidas 9,26 mil toneladas, que representa menor
produtividade, 15,5% na comparação com a safra 2015/16. O cultivo do algodão é realizado em apenas 7 regiões (EDRs) no estado,
sendo o EDR de Avaré o principal (1,37 mil hectares); na sequência encontram-se
os EDRs de Presidente Prudente, Limeira, Presidente Venceslau, Itapetininga,
Itapeva e Dracena (todos abaixo de 600 hectares). Apesar
de estar entre os maiores demandantes de algodão no país, a cotonicultura
paulista, ao contrário dos principais produtores,
enfrenta barreiras para permanecer na atividade quanto a necessidade de maiores
áreas para viabilizá-la, pois a produção praticada em outros estados acontece
em grandes extensões. 2.2 - Amendoim das Águas Para o plantio das águas da cultura
do amendoim, o levantamento de novembro de 2016
aponta redução de aproximadamente 5% na área plantada quando comparado às estimativas
de intenção de plantio (setembro/2016), e de 1,2% quando relacionada à safra
anterior. A retração do plantio no EDR de Catanduva (região que apresentou
maior diminuição) compõe esse quadro de queda, mesmo em um ambiente marcado
pela alta de preços e das exportações, conforme aponta Sampaio (2016)3.
Dessa forma, é possível supor que os plantios tardios da cultura possam ser
identificados no próximo levantamento a ser realizado em fevereiro de 2017. 2.3 - Arroz Os resultados do
segundo levantamento para a safra 2016/17 para a cultura do arroz
(sequeiro-várzea e irrigado) é de uma menor produção com volume total a ser
colhido, de 44,0 mil toneladas, 28,6% menor do que a safra passada, por conta
da menor produtividade (-2,2%) e da diminuição da área cultivada (-27,0%). Essa
queda preliminar foi verificada no EDR de Guaratinguetá, onde o plantio ainda
não foi finalizado, fato que deve ocorrer até meados de janeiro de 2017,
conforme informações dos técnicos das Casas de Agriculturas da região. Mesmo
assim, a região do Vale do Paraíba (formado pelos EDRs de
Guaratinguetá e Pindamonhangaba) é a principal região produtora no
Estado de São Paulo e representa cerca de 60% da produção paulista. 2.4 - Banana O levantamento de novembro de 2016
para a cultura da banana é o primeiro da safra 2016/17. Comparado com a safra
anterior, foram observados decréscimos de 6,7% na área total e de 4,6% na
produção, com volume final esperado a ser produzido de 1,09 milhão de toneladas
e aumento de 2,0% na produtividade. No Estado de São Paulo, a cultura da banana
está presente na maioria dos EDRs, sendo que a cadeia produtiva é composta
principalmente por pequenos produtores. Os principais EDRs paulistas em área
cultivada são: Registro com 62,6%, São Paulo 8,9%, Pindamonhangaba 5,0%, Jales
4,7% e Fernandópolis 2,6%. Não obstante, 70,3% de toda a produção estadual
ocorre no EDR de Registro. A banana é a segunda fruta mais produzida no estado,
ficando atrás somente da laranja. Contudo, é a fruta mais consumida in natura pela população, sendo
importante e relevante na composição do Valor da Produção Estadual. 2.5 - Batata das Águas O cultivo da
batata no Estado de São Paulo é realizado em três safras: águas (setembro a
janeiro), secas (fevereiro a junho) e de inverno (abril a setembro). Para
batata das águas, o segundo levantamento da safra 2016/17, comparado com a safra anterior, indica quedas de 17,6% na
área com 6,22 mil hectares plantados, de 22,9% na produção (164,33 mil
toneladas) e produtividade menor em 6,4%, sendo esperados de 26,41 t/ha a serem
colhidos. As maiores regiões produtoras estão
localizadas no sul e sudoeste do estado, formados pelos EDRs de Itapetininga,
Avaré, Itapeva e Sorocaba, que representam 80% da área cultivada. Para o EDR de
Itapetininga (maior produtor), houve diminuição de 45% na área plantada, devido
ao plantio sucessivo que causa doenças na lavoura conforme explicações dos
técnicos daquela região. 2.6 - Café Em novembro de 2016, realizou-se o primeiro
levantamento subjetivo da safra paulista de café arábica, e os resultados
obtidos apontaram uma previsão de 4,37 milhões de sacas de 60 kg de café
beneficiado (262,37 mil toneladas) para a safra 2016/17, representando 28,0% de
queda frente à estimativa de colheita final da safra 2015/16. O maior impacto
dessa queda na produção foi observado no cinturão cafeeiro de Franca pela
intensa bienalidade, que é fenômeno conhecido e esperado pós uma grande safra. Como esse
resultado é preliminar, dois fatores podem contribuir para o incremento nos
números: as condições climáticas, que têm sido favoráveis à lavoura, e as
cotações em altas nos últimos meses, que favorecem o emprego de tecnologia e
que poderá elevar a produtividade. 2.7 - Feijão das Águas O segundo
levantamento da safra 2016/17 aponta expansão de 26,9% na área cultivada com 69,59
mil hectares, resultado que reflete o comportamento do mercado de feijão nos
últimos meses (maio a outubro de 2016), com a conjuntura de mercado com a alta
dos preços em resposta a falta do produto, e tal fato pode ter contribuído na
decisão dos produtores pela cultura. A produção
paulista prevista é de 172,91 mil toneladas, 39,8% maior em relação à safra
2015/16 e a produtividade média esperada de 2.485 kg/ha (10,1% maior). O cultivo do feijão é realizado em
três safras: águas (setembro a janeiro), seca (fevereiro a junho) e inverno
(abril a setembro). 2.8 - Milho O levantamento de novembro de
2016, quando comparado à safra final de 2015/16, aponta para a cultura do milho
no estado aumento de 2,1% na área plantada. Quando considerada a produção, as
estimativas indicam aumento de 2,9%, refletindo ganhos em produtividade de
0,8%. O milho primeira safra (sequeiro) apresentou aumento de área de 2,3% e
incremento de 2,9% na produção, e esse desempenho positivo ocorreu especialmente
nos EDRs de Itapeva e São João da Boa Vista. Para o milho irrigado (sistema de
produção que representa 11,5% do plantio de verão), a mesma comparação indica
pequena variação na área plantada, em torno de 1,0% e produção e produtividade
negativas. Essa pequena alta na área plantada da cultura pode ter relação com o
início de queda nas cotações do produto, observada desde o segundo semestre de
2016. Miura (2016)4, porém, ressalta que a demanda pelo grão mostra-se
aquecida e permeada por elementos presentes nos contratos de exportação do grão
e das atividades relacionadas, principalmente, à avicultura e suinocultura. 2.9 - Soja As estimativas de novembro de 2016, quando
comparadas à safra final 2015/16 da soja, apontam pequena elevação (menos de 1%)
na área plantada e na produção, apresentando produtividade acima da média a
região de Itapeva, que responde por 21,6% da produção total do Estado de São
Paulo. Para a soja irrigada, a comparação
com a safra 2015/16 indica aumento de 16,6% na área plantada e de 20,5% na
produção, como reflexo do incremento de 3,4% na produtividade média, com
destaque para os EDRs de Avaré e Itapeva. Somando-se as informações da soja plantio
tradicional e da irrigação da safra 2016/17, as previsões iniciais de área são
de 848,22 mil hectares cultivados e a produção poderá atingir 2,79 milhões de
toneladas de grãos, 2% maior que a safra passada. Embora a produção paulista de
soja em 2015 tenha representado apenas 3% da produção nacional, conforme indica
a CONAB (2017)5, os resultados do
presente levantamento acompanham as expectativas de alta para a safra
brasileira alicerçadas nas exportações, no comportamento da produção de
proteína animal e do mercado de óleos vegetais, bem como de produção de
biodiesel. 2.10 - Seringueira Os primeiros resultados da safra 2016/17 para a
cultura da seringueira indicam incremento de 5,3% na produção de coágulo em
relação à safra passada, com previsão de que sejam produzidas 190,41 mil
toneladas, por conta do aumento do número de pés em produção (1,9%) e da
produtividade esperada (3,3%). O levantamento das safras agrícolas do Estado de São Paulo a ser efetuado em
fevereiro de 2017 deverá trazer informações mais precisas sobre produções e
produtividades para o ano agrícola 2016/17. 3 - RESULTADOS FINAIS, SAFRA AGRÍCOLA 2015/16 O levantamento de
novembro de 2016 finaliza as estimativas da safra 2015/16 para as culturas de:
cana-de-açúcar, laranja, cebola (muda e plantio direto), mandioca e tomate
(indústria e mesa). Os resultados encontram-se na tabela 2, acrescidas das
demais culturas que tiveram suas safras encerradas em levantamentos anteriores. Tabela 2 – Comparativo de Área, Produção e
Produtividade dos Principais Produtos Vegetais, Estado de São Paulo, Safra
Agrícola 2015/16 Relativamente a 2014/151 Produto Área (1.000 ha) Produção (1.000 t) Produtividade (kg/ha) Final Final Var. Final Final Var. Final Final Var. Algodão 4,60 4,79 4,2 13,89 14,46 4,1 3.019 3.017 -0,1 Amendoim total 110,48 112,85 2,1 368,52 401,61 9,0 3.336 3.559 6,7 Amendoim da seca 4,85 1,26 -74,1 14,15 3,76 -73,4 2.918 2.998 2,7 Amendoim das águas 105,63 111,59 5,6 354,36 397,85 12,3 3.355 3.565 6,3 Arroz total 12,12 10,85 -10,5 63,87 61,62 -3,5 5.272 5.680 7,7 Arroz de sequeiro e várzea 2,88 2,39 -17,1 8,17 7,91 -3,2 2.840 3.315 16,7 Arroz irrigado 9,24 8,46 -8,4 55,70 53,71 -3,6 6.030 6.346 5,2 Banana1 58,68 57,94 -1,3 1.155,29 1.139,00 -1,4 21.256 21.280 0,1 Batata total 26,55 26,60 0,2 722,98 774,66 7,1 27.236 29.124 6,9 Batata das águas 6,67 7,56 13,2 160,45 213,20 32,9 24.039 28.219 17,4 Batata da seca 8,53 7,12 -16,5 240,92 223,19 -7,4 28.260 31.364 11,0 Batata de inverno 11,35 11,93 5,1 321,61 338,27 5,2 28.347 28.360 0,0 Café1 212,30 211,28 -0,5 245,19 364,26 48,6 1.220 1.814 48,7 Cana para forragem 84,04 82,80 -1,5 5.027,48 4.851,77 -3,5 59.822 58.595 -2,1 Cana para indústria1 6.170,63 6.081,52 -1,4 436.252,89 438.595,05 0,5 77.823 78.754 1,2 Cebola total 5,45 5,87 7,7 226,14 245,03 8,4 41.494 41.731 0,6 Cebola de bulbinho (soqueira) 0,57 0,73 28,3 19,32 27,26 41,1 34.186 37.599 10,0 Cebola de muda 2,36 2,62 11,2 85,31 94,46 10,7 36.215 36.074 -0,4 Cebola em plantio direto 2,52 2,53 0,5 121,51 123,31 1,5 48.314 48.776 1,0 Feijão total 94,36 100,34 6,3 201,98 221,84 9,8 2.141 2.211 3,3 Feijão das águas 46,27 54,84 18,5 97,12 123,72 27,4 2.099 2.256 7,5 Feijão da seca 20,05 15,91 -20,6 38,81 31,74 -18,2 1.936 1.995 3,0 Feijão de inverno irrigado 20,83 19,70 -5,4 54,79 49,76 -9,2 2.630 2.525 -4,0 Feijão de inverno s/ irrigação 7,21 9,89 37,2 11,25 16,63 47,8 1.561 1.681 7,7 Laranja1 471,58 439,90 -6,7 12.050,88 10.629,56 -11,8 27.227 25.919 -4,8 Mandioca para indústria1 57,79 51,34 -11,2 1.123,13 976,37 -13,1 29.319 28.610 -2,4 Mandioca para mesa1 19,82 19,76 -0,3 238,42 232,46 -2,5 16.642 16.163 -2,9 Milho total 825,21 870,48 5,5 4.568,67 4.422,93 -3,2 5.536 5.081 -8,2 Milho (1ª safra) 415,43 390,08 -6,1 2.284,45 2.258,93 -1,1 5.499 5.791 5,3 Milho Irrigado (1ª
safra) 45,89 51,48 12,2 412,77 459,37 11,3 8.995 8.924 -0,8 Milho safrinha 363,88 428,93 17,9 1.871,45 1.704,64 -8,9 5.143 3.974 -22,7 Seringueira1 108,61 111,05 2,2 171,88 180,89 5,2 2.469 2.466 -0,1 Soja total (1ª safra) 758,05 834,94 10,1 2.229,45 2.740,66 22,9 2.941 3.282 11,6 Soja (1ª safra) 717,95 792,04 10,3 2.070,22 2.574,72 24,4 2.884 3.251 12,7 Soja irrigada (1ª safra) 40,10 42,90 7,0 159,23 165,95 4,2 3.971 3.868 -2,6 Sorgo total 25,42 22,83 -10,2 84,94 78,71 -7,3 3.342 3.447 3,2 Sorgo granífero da
seca 21,84 18,99 -13,1 74,26 67,34 -9,3 3.401 3.547 4,3 Sorgo granífero das
águas 3,58 3,85 7,4 10,68 11,37 6,4 2.983 2.955 -0,9 Tomate envarado (mesa) 8,22 9,84 19,6 605,59 731,71 20,8 73.654 74.396 1,0 Tomate rasteiro (indústria) 3,82 3,04 -20,5 306,79 244,05 -20,4 80.275 80.333 0,1 Trigo 78,23 76,27 -2,5 238,93 226,33 -5,3 3.054 2.968 -2,8 Triticale 6,22 7,20 15,8 14,73 18,44 25,2 2.371 2.561 8,0 Uva para indústria1 0,07 0,09 21,8 1,31 1,52 15,9 21.825 19.352 -11,3 Uva para mesa total 7,32 7,08 -3,2 130,63 241,84 85,1 17.854 34.143 91,2 Uva comum para mesa1 5,19 4,85 -6,7 74,00 173,01 133,8 14.426 36.358 152,0 Uva fina para mesa1 2,12 2,24 5,3 56,63 68,84 21,6 27.089 30.946 14,2 1Somatório da área nova e área em
produção, e produtividade calculada a partir da área de produção. Fonte: Instituto de Economia Agrícola e
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. 3.1 - Cana para Indústria Em novembro de 2016, o levantamento para a cultura
da cana-de-açúcar encerrou a safra 2015/16 e confirmou a tendência registrada
no primeiro levantamento realizado no mês de fevereiro de 2016, com pequenas
oscilações negativas para o período. Com base nos números finais para essa safra agrícola,
estimou-se em termos estaduais pequena queda na área plantada em 1,4% (sendo
9,3% na área nova e 0,6% na área em produção), aumentos na produção de 0,5%
(438,59 milhões de toneladas) e na produtividade de 1,2%. Observa-se que o
rendimento, que se mostrava mais promissor (1,8%) no início da atual safra
relativamente ao ano agrícola anterior, quando a cultura sofreu sérios
prejuízos em determinadas regiões do estado, devido aos baixos índices
pluviométricos registrados, não se confirmou em novembro. Corrobora-se, também,
a elevação dos percentuais relativos aos decréscimos da área nova em algumas
das principais regiões, em especial, nas de: Jales (61,0%), Piracicaba (57,0%),
Itapetininga (45,4%), Presidente Venceslau (37,8%), Mogi Mirim (33,8%),
Ourinhos (32,0%), São José do Rio Preto (27,1%), Ribeirão Preto (21,6%),
Votuporanga (21,5%), General Salgado (18,8%), Araraquara (15,3%), Botucatu
(15,0%), Lins (14,6%), Presidente Prudente (13,2%) e Assis (12,1%). 3.2 - Cebola A produção paulista de
cebola é constituída por três tipos de cultivos: as cebolas de muda e plantio
direto, que finalizam a colheita no mês de novembro, e a cebola de soqueira
(bulbinho), que tem o final da safra no mês de junho. Para a cebola de muda,
em relação à safra passada, foram contabilizados aumentos de área cultivada em
11,2% (2,62 mil hectares) e de 10,7% na produção final (94,46 mil toneladas).
Contudo, a produtividade apontou ligeira queda de -0,4%, sendo colhidas 36,07
t/ha. O cultivo de cebola em plantio direto na palha é o
principal do Estado de São Paulo em produção. Em 2016, a estimativa final
apontou 123,31 mil toneladas produzidas, 1,5% superior ao ano de 2015, por
conta de aumento na produtividade de 1,0% (48,78 t/ha) e 0,5% de área cultivada
(2,53 mil hectares). 3.3 - Laranja A
estimativa final da safra agrícola para a cultura da laranja, decorrente do
levantamento realizado em todos os municípios do Estado de São Paulo, em
novembro de 2016, foi de 260,5 milhões de caixas de O volume de caixas divulgado
trata-se do volume efetivo a ser destinado ao mercado, pois já estão excluídas
as caixas perdidas no processo produtivo e na colheita, bem como os frutos
provenientes de pomares não expressivos economicamente. Do volume efetivo, a estimativa da
safra paulista de laranja tem como finalidade prioritária atender a indústria
(79%); entretanto, os demais 21% destinam-se ao mercado de laranja para mesa. Este levantamento também obteve
estimativa da área erradicada e de renovação de laranja, até 2016, que foi de Quanto à área total plantada (que inclui área com
plantas ainda não produtivas), o levantamento de novembro de 2016 prevê menor
área cultivada (-6,7%), relativamente ao ano agrícola anterior. Na atual safra,
continua o decréscimo das plantas em produção, já registrado em levantamentos
anteriores, o que pode indicar a continuidade no processo de erradicação, por
conta da eliminação de pomares comprometidos com a incidência de problemas
fitopatológicos, principalmente cancro cítrico e HLB (greening). A área de laranja no estado também tem sido
influenciada pelo aumento do custo de produção da cultura e pela alta dos
preços dos defensivos. Assim sendo, a área total plantada atinge a marca de
439,90 mil hectares para a safra 2015/16, e em 93,0% dela deverá ser feita a
colheita. 3.4 - Mandioca No levantamento de novembro de 2016,
foram apurados os números finais para a safra 2015/16 da cultura da mandioca
para indústria e para mesa. As estimativas da safra 2016 da mandioca para indústria
apontaram reduções de 11,6% na área nova e de 10,9% na área em produção em
relação à safra anterior. Na produção também foi registrada redução 13,1%, com
volume produzido de 976,37 mil toneladas ante a 1.123,13 mil toneladas na safra
anterior. A retomada ascendente dos preços médios recebidos pelos produtores,
registrada a partir de agosto de 2016, conforme explorado por Silva (2016)6, poderá impulsionar o plantio da próxima
safra. Vale destacar que
a regional de Assis, maior região produtora no estado, registrou quedas de 20%
em área cultivada e na produção comparada com a safra de 2014/15 (anterior). Já
na regional de Presidente Prudente (segunda maior até a safra passada), as
quedas foram de 18% na área e 23% na produção. Para a mandioca para
mesa, o resultado final da safra registrou o volume de 232,46 mil toneladas
produzidas, 2,5% menor do que a produção estimada em 2014/15, por conta da
menor produtividade de 2,9%, uma vez que a área cultivada permaneceu praticamente
estável (-0,3%). A regional de Mogi Mirim respondeu por aproximadamente com 25%
da produção paulista, seguidas pelos EDRs de Itapetininga (6,6%), Jaboticabal
(6,4%) e Sorocaba (5,2%). 3.5 - Tomate Os números finais da
safra 2015/16 para a cultura do tomate para mesa e indústria apontaram
resultados distintos para a safra paulista. Para o tomate para mesa
(ou envarado), a área cultivada de 9,84 mil hectares registrou expansão de 19,6%
em relação à safra anterior. Para a produção, estimou-se aumento de 20,8% com o
volume produzido de 731,71 mil toneladas e ganho de 1,0% na produtividade (74,40
mil kg/ha). O EDR de Itapeva concentra cerca de 70% da produção do Estado de
São Paulo, onde tem-se observado o aumento do cultivo em ambiente de estufa.
Quanto à conjuntura de mercado, observa-se que o aumento da produção pode ter
contribuído no comportamento dos preços recebidos pelos produtores paulistas,
segundo dados pesquisados pelo IEA, e a média anual de 2016 foi 18,7% inferior
que a média anual de 2015 (valor nominal). No caso do tomate para indústria (ou
rasteiro), os números finais apontaram quedas de 20,5% na área cultivada (3,04
mil hectares) e de 20,4% na produção (244,05 mil toneladas) em comparação com a
safra passada. Essa queda segue a tendência verificada nos últimos anos no
Estado de São Paulo, sendo que o maior cultivo está no Estado de Goiás, cerca
de 80% da produção nacional. Os resultados deste levantamento
encontram-se nas tabelas 4 e 5 por Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR),
nas tabelas 6 e 7 por Região Administrativa (RA) e na tabela 8 consta o total
do estado para as demais culturas. 4 – INDICADORES DA AGRICULTURA
PAULISTA Para a elaboração dos números
índices (Laspeyres) que refletem a evolução da agricultura paulista no ano
agrícola 2015/16 em comparação ao período anterior, foram selecionadas as
lavouras mais importantes em valor da produção. Os resultados agregados indicam
ganhos de produtividade da terra de 3,79% que
permitiu aumentos de 4,54% do volume produzido, uma vez que a área cultivada
teve incremento de apenas 0,08% (Tabela 3). Tabela 3
– Evolução
da Agricultura no Ano Agrícola 2015/16 Relativamente a 2014/15, Estado de São
Paulo Culturas/produtos Produção1 Área2 Produtividade Anuais4 110,20 105,62 104,33 Grãos5 109,11 105,66 103,26 Perenes e semiperenes6 102,97 98,53 103,79 Total 104,54 100,08 103,79 1Índice Laspeyres; ano-base 2014/15 e
base de ponderação 2014/15=100. 2Índice simples de área cultivada;
2014/15=100. 3Índice Laspeyres
de produção/índice simples de área em produção. 4Abóbora;
abobrinha; alface; algodão; amendoim; arroz em casca; batata; batata-doce;
beterraba; cebola; cenoura; feijão; melancia; milho; pimentão; repolho; soja;
sorgo granífero; tomate; e trigo. 5Algodão;
amendoim; arroz em casca; feijão; milho; soja; sorgo; e trigo. 6Abacate; abacaxi;
banana; café; cana para indústria; caqui; figo para mesa; goiaba; laranja;
limão; mandioca; manga; maracujá; pêssego para mesa; seringueira; tangerina; e
uva para mesa. Fonte: Instituto de Economia Agrícola e
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. Ao analisar por grupo de produtos,
pode-se verificar que o grupo de culturas anuais apresentou crescimento 5,62%
na área cultivada, enquanto o grupo de cultura semiperenes e perenes registrou
queda 1,47%, fechando com índice anual negativo (98,53), por conta da
diminuição da área cultivada das culturas de cana para indústria, laranja e
café. Mesmo assim, o índice de produção aumentou 2,97% devido à maior
produtividade (3,79%), especificamente pela maior produção de café na safra
2015/16. _______________________________________________________ 1Os autores
agradecem aos técnicos do DEXTRU, das Casas de Agricultura e diretores dos EDRs
e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) pelo desempenho no
levantamento. Agradecem também as contribuições dos pesquisadores científicos do
CPDEEA Renata Martins Sampaio, Katia Nachiluk, Rejane Cecília Ramos e Celso
Luis Rodrigues Vegro, da técnica de apoio do CPDIEA Talita Tavares Ferreira, de
Irene Francisca Lucatto do Departamento Administrativo e da equipe do Núcleo de
Informática para os Agronegócios do IEA. 2Entende-se por
método subjetivo a coleta e sistematização de dados fornecidos pelos técnicos
da Casa de Agricultura, em função de seu conhecimento regional e/ou da coleta
de dados de forma declaratória, fornecida pelo responsável pela unidade de
produção. 3SAMPAIO, R. M. Amendoim: alta na produção e nas
exportações. Análise e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v.
11, n. 11, p. 1-5, nov. 2016. Disponível em:
<http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/AIA/AIA-68-2016. 4MIURA,
M. Estimativa
de oferta e demanda de milho no estado de São Paulo em 2016. Análise
Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v. 11, n. 8, p. 1-6,
ago. 2016. Disponível em: <http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea 5COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB. Séries
históricas: soja. Brasília: Conab, 2017. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/conteudos.php?a=1252&t=&Pagina_objcmsconteudos=3#A_objcmsconteudos>. Acesso em: 23 jan. 2017. 6SILVA. J. R. Recuperação dos preços de mandioca industrial em
2016. Análise
e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v. 11, n. 10, p. 1-4, out. 2016.
Disponível em: <http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/AIA/AIA-63-2016.pdf>.
Acesso em: jan. 2017. Palavras-chave: previsão de
safras, área e produção, estatísticas agrícolas, estimativas, safra agrícola
2016/17 paulista.
verão) e para as culturas da batata das águas, banana, café, seringueira e das
uvas (Tabela 1).
2015/16
%
2015/16
%
2015/16
%
2014/15
2015/16
%
2014/15
2015/16
%
2014/15
2015/16
%
da terra3
pdf>. Acesso em: jan. 2017.
/AIA/AIA-51-2016.pdf.>. Acesso em: jan. 2017.
Data de Publicação: 03/02/2017
Autor(es):
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Carlos Roberto Ferreira Bueno Consulte outros textos deste autor
Celma Da Silva Lago Baptistella (csbaptistella@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Denise Viani Caser (dcaser@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Felipe Pires de Camargo (fpcamargo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Mario Pires De Almeida Olivette (olivette@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Vagner Azarias Martins (vagnermartins@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor