Artigos
Levantamento do IEA indica queda na produção e impacto no preço da mandioca para indústria em 2016
Estimada em
22,3 milhões de toneladas, a produção nacional de mandioca em 2016 será 2,2%
inferior à safra anterior e abaixo da média de 25,7 milhões de toneladas nos
últimos seis anos, o que impactará nos preços para a indústria e o varejo,
conforme aponta levantamento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo, realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA).
O estudo ainda revela que nas
safras 2014 e 2015 houve perdas expressivas na produção “nacional”, com
diferenças de 41% e 30%, respectivamente, entre as áreas plantada e colhida.
No Estado do Paraná, maior
produtor e detentor de um parque industrial para o processamento da farinha e
fécula de mandioca, a produção anual esperada é de 3,7 milhões de toneladas,
inferior aos 4,1 milhões de toneladas colhidos em 2015. O Estado de São Paulo, que
ocupa o segundo lugar no ranking nacional dos produtores de fécula de mandioca,
estima uma queda de 11,6%, na área total de mandioca industrial, totalizando
51,08 mil hectares e consequente queda de 12% na produção de 2016, que,
portanto, deverá ser de 988,39 mil toneladas, em comparação ao resultado do ano
anterior, conforme ressaltou o pesquisador da Secretaria que atua no IEA, José
Roberto da Silva. “A ascensão dos preços se
mostra consistente e pode ser, em parte, atribuída à alta dos preços do milho
desde o último trimestre de 2015, produto concorrente, principalmente como
fonte de amido demandado por diversos setores industriais. A elevação dos
preços recebidos está sendo repassada para o mercado atacadista, que já se
encontra em níveis bem elevados”, observou o especialista, atribuindo o aumento
dos preços também à seca na região Nordeste. O levantamento completo do IEA
está disponível neste link. O secretário de Agricultura e
Abastecimento, Arnaldo Jardim, ressaltou que o levantamento de Previsão e
Estimativas de safras realizado pelo IEA é uma importante ferramenta para a
formulação de estratégias do agronegócio brasileiro. “Estamos cumprindo as
orientações do governador Geraldo Alckmin ao colocar o conhecimento gerado
pelos institutos de pesquisa a serviço do setor produtivo paulista e nacional”,
destacou o titular da Pasta. Por: Paloma Minke Mais informações
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo
(11) 5067-0069
Data de Publicação: 21/10/2016
Autor(es): Instituto de Economia Agrícola (iea@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor