O agronegócio³ paulista apresentou exportações crescentes (+13,5%), atingindo US$12,03 bilhões; as importações setoriais caíram (-17,2%), somando US$2,94 bilhões, resultando em um superavit de US$9,09 bilhões, o que representa aumento de 28,9% no saldo comercial do agronegócio em relação aos oito primeiros meses de 2015 (Figura 2).

Destaque-se que as importações paulistas nos demais setores - exclusive o agronegócio - somaram US$31,09 bilhões e as exportações US$18,34 bilhões, gerando um deficit externo desse agregado de US$12,75 bilhões. Assim, conclui-se que o deficit do comércio exterior paulista só não foi bem maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo e crescente.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado subiu 4,5 pontos percentuais, enquanto a participação das importações aumentou 0,6 ponto percentual na comparação do período janeiro-agosto de 2016 com o de 2015 (Figura 3).

A balança comercial brasileira registrou superavit de US$32,37 bilhões de janeiro a agosto de 2016, com exportações de US$123,57 bilhões e importações de US$91,20 bilhões. O superavit comercial aumentou em função de queda nas exportações (-3,7%), menor que a das importações (-24,7%) (Figura 4).

De janeiro a agosto de 2016, as exportações do agronegócio brasileiro aumentaram 1,2% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$60,45 bilhões (48,9% do total). Já as importações do setor caíram (-7,6%), também na comparação com o mesmo período do ano passado, somando US$8,48 bilhões (9,3% do total). O superavit do agronegócio em janeiro-agosto de 2016 foi de US$51,97 bilhões, sendo 2,8% superior ao do mesmo período do ano passado (Figura 5).

Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores, com exportações de US$63,12 bilhões e importações de US$82,72 bilhões, produziram no período um deficit de US$19,60 bilhões.

A participação do agronegócio nos totais do país aumentou em termos das exportações (+2,4 pontos percentuais) e também com relação às importações (+1,7 ponto percentual) (Figura 6)

A participação paulista no total da balança comercial brasileira aumentou em termos das exportações (+1,1 ponto percentual) e também no tocante às importações (+0,6 ponto percentual) (Figura 7).

Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais de São Paulo no período janeiro-agosto de 2016 representaram 19,9%, ou seja, 2,1 pontos percentuais a mais que nos oito primeiros meses de 2015, enquanto as importações representaram 34,7%, percentual inferior ao verificado no ano passado (-4,0 pontos percentuais) (Figura 8).

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¹Estado produtor (unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é aquela onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

²Estado importador (unidade da Federação importadora) é definido como aquela do domicílio fiscal do importador.

³Os grupos de produtos do agronegócio podem ser vistos em: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Agrostat. Brasília: MAPA. Disponível em: <http://agrostat2.agricultura.gov.br/index.htm>. Acesso em: set. 2016. 

Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.