Palestra no IEA explica a importância do PIB regional na formulação de políticas públicas

Bessa explicou no IEA a importância do PIB regional

 

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio de seu Instituto de Economia Agrícola (IEA), discutiu no dia 10 de agosto, na sede da Pasta, na Capital, a importância do estudo do Produto Interno Bruto (PIB) das regiões paulistas. A análise mais específica de cada uma das Regiões Administrativas (RAs) do governo paulista – considerando 500 informações distribuídas em 1.500 planilhas – embasa com mais propriedade a formulação de políticas públicas.

A palestra “PIB Regional: instrumento para análise da dinâmica produtiva paulista e formulação de estratégias de desenvolvimento regional” foi ministrada por Vagner Bessa, gerente da área de indicadores econômicos da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), do Governo de São Paulo. O evento integrou o Ciclo de Seminários Estudos IEA.

Bessa explicou para uma plateia de técnicos, pesquisadores e estudantes que o PIB estadual é uma boa ferramenta para elaboração de iniciativas, mas com os números regionais o poder público consegue conhecer melhor as demandas, as oportunidades e as dificuldades de cada RA. “O ciclo econômico depende da estrutura da economia da Região. A análise regional contribui para o entendimento dessa dinâmica para a formulação de políticas públicas”, apontou o palestrante.

A importância é ver a distribuição da movimentação da atividade econômica e quais são os setores que estão puxando esse crescimento, quais as cidades com baixo dinamismo econômico, que não conseguem reter a população e têm baixos salários. Ao mesmo tempo, é possível com o PIB regional saber quais cidades cresceram, mas ficaram escondidas na média do Estado. “O crescimento pede investimento em infraestrutura, senão ele é descoordenado e você pode ter problemas de gargalos”, explicou Bessa.

O estudo permite dar boas notícias, como o crescimento, em tempos de crise, de 0,6% registrado no primeiro semestre de 2016 nas RAs de São José do Rio Preto, Araçatuba, Presidente Prudente, Barretos, Marília, Franca, Itapeva, Bauru e Central. De acordo com o Seade, o número positivo se baseia principalmente na melhora de preços da indústria de alimentos – mais especificamente a fabricação de açúcar.

Informações importantes para quem nem sempre tem acesso a elas, como o estudante de Economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo Isaac Bomtempo, que se diz apaixonado pela economia agrícola e, depois de formado, pretende fazer mestrado e doutorado no assunto. “Na faculdade eu não tenho aula sobre isso e eles também não nos incentivam a ir buscar esse tipo de informação, mas eu sou apaixonado pelo IEA e venho em todas as palestras”, contou.

Parceiro

Secretaria de Agricultura e Abastecimento e Seade podem trabalhar juntos na apuração, na análise e no processamento desses dados. Bessa convidou os pesquisadores do IEA a serem parceiros neste trabalho, somando conhecimentos e aumentando o número de análises (e de pontos de vista) dos dados do Sistema.

Diretor do Instituto, Celso Luis Rodrigues Vegro, disse que “temos pleno interesse que haja essa troca de conhecimento. Queremos com vocês do Seade fazer novas demandas, gerar produtos inovadores, como o PIB de cada cadeia produtiva, por exemplo. O segmento quer saber mais sobre isso porque os elos precisam trabalhar unidos”.

No dia 14 de setembro as 14h será apresentada a palestra “Estratégia de conteúdo para mídias sociais e marketing digital no agronegócio”, ministrada por Ronaldo Luiz Mendes Araujo, durante o Ciclo de Seminários Estudos do IEA, na Praça Ramos de Azevedo, 254, em São Paulo. Mais informações pelo telefone (11) 5067-0573.


Por: Hélio Filho


Mais informações
Assessoria de Comunicação

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo 

Data de Publicação: 11/08/2016

Autor(es): Instituto de Economia Agrícola (iea@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor