Artigos
Aumento do feijão e dos produtos de origem animal encarecem preços agropecuários em junho, conclui IEA
A alta no preço do feijão nos
últimos meses e dos produtos de origem animal contribuíram para elevar em 5,12%
a variação de preços dos produtos agropecuários em junho, conforme apurou a
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do
seu Instituto de Economia Agrícola (IEA). Dos itens pesquisados para o cálculo
do Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR),
16 registraram alta de preços, sendo 11 produtos de origem vegetal e cinco de
origem animal. No topo do ranking, o preço do
feijão apresentou aumento de 102,88% em relação a maio, seguido da
banana-nanica (63,67%), da batata (32,63%) e do amendoim (26,18%). A carne
suína aparece na quinta colocação, com variação positiva de 23,10% no valor no
varejo. De acordo com o estudo, a
variação de preços do feijão deve ser vista com cautela, pois há pouco produto
sob posse dos produtores, o que sinaliza que a maioria dos agricultores não tem
se beneficiado com os altos preços praticados. “Isso aconteceu devido à
diminuição em 30% da área cultivada com o feijão do período da seca no Estado.
Soma-se a isso a menor produção do Paraná e Minas Gerais por causa do clima”,
explicaram os pesquisadores responsáveis pelo estudo José Alberto Angelo e
Danton Leonel de Camargo Bini. De forma geral, todos os
produtos de origem animal tiveram alta no mês de junho, de 23,10% na carne
suína, 11,55% na carne de frango, 11,18% nos ovos e 10,34% no leite. “Isso pode
ser atribuído em parte ao encarecimento das rações para alimentação dos animais
(aves e suínos) e em forma de suplemento para as vacas leiteiras, que teve as
pastagens prejudicadas pelo clima, num processo de calor e seca em abril e pelo
período de final de outono e início do inverno (menor exposição do sol) com
ocorrências de geadas. Esses fatores contribuíram para elevação dos preços
dessas carnes e do leite”, como explicam os autores da pesquisa. Por outro lado, o estudo também
apontou que a laranja para indústria, o tomate para mesa e a laranja para mesa
apresentaram queda nos preços, de 5,42%, 3,18% e 1,27%, respectivamente. O
levantamento completo pode ser acessado neste link. Para o secretário Arnaldo
Jardim, o “acompanhamento mensal dos preços agropecuários realizado pela
Secretaria é uma prestação de serviços à sociedade, pois permite que as
famílias paulistas possam adequar os gastos com alimentos ao seu orçamento
mensal. O governador Geraldo Alckmin sempre nos orienta sobre a importância de
aproximar o conhecimento gerado pela pesquisa da sociedade”, ressaltou. Por: Paloma Minke
Mais informações
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo
(11) 5067-0069
Data de Publicação: 19/07/2016
Autor(es): Instituto de Economia Agrícola (iea@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor