Agronegócio: Superávit de US$ 6,59 bi encolhe saldo negativo da Balança Comercial Paulista

As exportações do Estado de São Paulo, no primeiro semestre de 2016, somaram US$ 22,13 bilhões (24,5% do total nacional) e as importações , US$ 24,83 bilhões (37,3% do total nacional), registrando déficit de US$ 2,7 bilhões. Em relação ao primeiro semestre do ano de 2015, o valor das exportações paulistas caiu 0,6% e o das importações 26,6%, reduzindo em 77% o déficit comercial, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA).  

Mais uma vez, "o agronegócio paulista salvou a lavoura", como costuma dizer o governador Geraldo Alckmin. Com exportações crescentes (+11,7%), atingindo US$ 8,77 bilhões e importações setoriais em queda (-19%), somando US$ 2,18 bilhões, o saldo de US$ 6,59 bilhões foi 27,7% maior que o do primeiro semestre do ano de 2015. “É importante destacar que as importações paulistas nos demais setores, excluindo o agronegócio, somaram US$ 22,65 bilhões e as exportações US$ 13,36 bilhões, gerando um déficit comercial desse agregado, de US$ 9,29 bilhões no primeiro semestre de 2016. Assim, conclui-se que o comércio exterior paulista seria mais deficitário não fosse o desempenho do agronegócio estadual”, afirmou José Roberto Vicente, pesquisador da Secretaria de Agricultura que atua no IEA.

Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista, no primeiro semestre de 2016, foram: complexo sucroalcooleiro (US$ 3,23 bilhões); complexo soja (US$ 1,07 bilhão); carnes (US$ 1,01 bilhão, em que a carne bovina respondeu por 80,1%); sucos (US$ 982,74 milhões, dos quais 97,8% referentes a sucos de laranja); e produtos florestais (US$ 790,03 milhões). Esses cinco agregados representaram 80,6% das vendas externas setoriais paulistas.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 23,65 bilhões no primeiro semestre de 2016, com exportações de US$ 90,25 bilhões e importações de US$ 66,6 bilhões. O aumento no superávit comercial ocorreu em função de queda nas importações (-27,7%) maior do que a das exportações (-4,3%). As exportações do agronegócio brasileiro aumentaram 4% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 45 bilhões. Já as importações do setor diminuíram 13,7%, somando US$ 6,09 bilhões. O superávit do agronegócio no período foi de US$ 38,91 bilhões, 7,5% superior ao do primeiro semestre do ano passado.

Os cinco principais grupos do agronegócio brasileiro nas exportações do primeiro semestre de 2016 foram: complexo soja (US$ 17,23 bilhões); carnes (US$ 6,98 bilhões); produtos florestais (US$ 5,02 bilhões); complexo sucroalcooleiro (US$ 4,46 bilhões); e cereais, farinhas e preparações (US$ 2,40 bilhões).

Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais de São Paulo no primeiro semestre de 2016 representaram 19,5%, 1,4 ponto percentual superior às do primeiro semestre de 2015, enquanto as importações representaram 35,8%, sendo 2,3 pontos percentuais inferior à representatividade verificada no mesmo período do ano anterior.

Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura, destaca que estudos sobre a balança comercial dos agronegócios são importante fonte de conhecimento do setor. “A análise do comportamento das exportações e importações paulistas e brasileiras ao longo do tempo, juntamente com outras informações produzidas pelo IEA, permite que a Secretaria de Agricultura formule políticas públicas específicas para o setor; o que é fundamental neste momento da economia. Orientados pelo governador Geraldo Alckmin, empreendemos todos os recursos da Pasta para fornecer ferramentas com as quais o setor produtivo possa se balizar para obter melhores resultados”, finalizou.

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Por: Nara Guimarães

Data de Publicação: 20/07/2016

Autor(es): Instituto de Economia Agrícola (iea@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor