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Setor Sucroenergético do Estado de São Paulo Frente à Crise Econômica
Em 2015, os ajustes
na tributação do etanol e a elevação do preço da gasolina foram fatores que
contribuíram para melhoria nos resultados do setor canavieiro paulista,
conforme apontou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/APTA). Para
ler o artigo na íntegra, clique aqui.
De acordo com artigo elaborado pelas
pesquisadoras do IEA, Rejane Cecília Ramos e Katia Nachiluk, São Paulo
registrou, no ano passado, um incremento no consumo de etanol da ordem de 24,8%
em relação a 2014. “O volume de etanol de 9.456 mil m³ consumidos em 2015 no
Estado representou 52,9% do consumido no Brasil, enquanto o consumo de 1.789
mil m³ no Estado de Minas Gerais representou 10% no mesmo período”, disseram as
pesquisadoras. A cana-de-açúcar lidera o ranking do Valor da
Produção Agropecuária Paulista (VPA), estimativa calculada pelo IEA, tendo
gerado renda de R$23,88 bilhões em 2015, equivalente a 37,4% da produção
agropecuária no período.
A produção estadual de cana-de-açúcar contribuiu
com 53,4% da produção nacional, sendo responsável por 48,4% do etanol e 61,6%
do açúcar produzido em todo o País. Contudo, este desempenho ainda sofre os
reflexos da crise econômica de 2008, que reduziu em 20% o número de
usinas e unidades produtivas em operação no Estado de São Paulo, conforme dados
levantados pelas pesquisadoras.
O aumento da competitividade no setor se deu
ainda pela elevação de 25 para 27% da mistura de álcool anidro na gasolina C,
ocorrida a partir de março de 2015 em todo o País, além do retorno da
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) e do aumento temporário
do Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade
Social (PIS/COFINS).
Os ganhos ambientais obtidos pela significativa
redução da queima na colheita da cana também foram muito positivos para o
setor, à medida que mais de 8,65 milhões de toneladas de CO² e 52 milhões de
toneladas de poluentes atmosféricos deixaram de ser emitidas no meio ambiente
pelos signatários do Protocolo Agroambiental.
O Estado é produtor e exportador de energia
elétrica a partir da queima de bagaço, tendo gerado cerca de 18.100 Gwh de
energia elétrica na safra 2015/16. “A energia que já é exportada anualmente
para a rede por essas usinas, em torno de 10.170 mil Gwh, equivale a,
aproximadamente, 26% do consumo residencial paulista”, avaliaram as
pesquisadoras.
Segundo o secretário de Agricultura e
Abastecimento, Arnaldo Jardim, as informações apuradas pelo IEA permitem fazer
uma análise do atual cenário desta que é a principal cultura paulista, e
elaborar estratégias para alavancar o setor. Com isso, estamos aproximando a
pesquisa da produção, o que é uma determinação do governador Geraldo Alckmin à
Pasta”, ressaltou o secretário.
Por: Paloma Minke
Mais informações
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo
(11) 5067-0069
Data de Publicação: 13/05/2016
Autor(es): Instituto de Economia Agrícola (iea@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor