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Preços Agropecuários acumulam alta de 1,45% em fevereiro
O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela
Agropecuária Paulista (IqPR) encerrou o mês de fevereiro de 2016 com
alta de 1,45%, na comparação com o mês anterior, informa informa o Instituto de
Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os produtos que
apresentaram as maiores elevações foram: ovos (19,26%), arroz (10,51%), algodão
(6,86%), milho (6,83%) e cana-de-açúcar (4,24%).
No caso dos ovos, a demanda, que costuma aumentar no
período da quaresma, quando os católicos evitam o consumo de carnes, justifica
a enorme elevação dos preços recebidos pelos granjeiros, esclarecem José
Alberto Angelo e Danton Bini, pesquisadores da Secretaria que atuam no IEA. “A
queda na produção de arroz nas principais regiões produtoras, adicionada ao
reajuste na exportação foram os principais motivos do aumento do preço recebido
pelos rizicultores paulistas, principalmente na região do Vale do Paraíba, que
é a maior região produtora no Estado de São Paulo”, afirmam.
Já os produtos que apresentaram quedas de preços
foram: tomate para mesa (29,98%), laranja para indústria (14,83%), carne suína
(14,65%), batata (9,19%), banana (8,92%), amendoim (4,75%), carne de frango
(4,7%), trigo (3,34%) e soja (1,31%).
Sobre o tomate para mesa, a maior oferta do produto na
primeira quinzena de fevereiro e a baixa qualidade do fruto ocasionada pelo
excesso de chuvas contribuíram para a queda nas cotações durante o mês. No caso
da laranja para indústria, a qualidade inferior da fruta na região de
Jaboticabal, que é uma das regiões de coleta de preços, puxou as cotações para
baixo.
Já as carnes suína e de frango tiveram queda nas
cotações em fevereiro devido à menor demanda no mercado interno, que pode ser
explicada, em parte, pelo período da quaresma e, em outra, pela perda do poder
aquisitivo da população. Daí que, mesmo com as exportações tendo atingido
volumes mais elevados que em 2015 para o primeiro bimestre, o aumento da
produção acima dessas demandas desajustou o equilíbrio entre a oferta e a
procura, causando descenso nos preços recebidos pelos granjeiros de suínos e
aves para corte”, comentam os pesquisadores.
Acumulado dos últimos 12 Meses
No acumulado dos últimos 12 meses, o IqPR registrou
alta e fechou em 17,3%. Comparando os preços entre fevereiro de 2016 e o mesmo
período do ano anterior, apenas a carne suína apresentou queda em suas cotações
(-6,14%). Com altas significativas, milho (59,51%), algodão (53,47%), banana
nanica (48,30%), feijão (46,70%), ovos (36,28%), trigo (35,62%), soja (29,59%),
laranja para indústria (25,35%), amendoim (23,89%) e carne de frango (14,20%)
subiram acima do Índice de Preços Pagos pelos Produtores (IPP), calculado pelo
IEA, nos últimos 12 meses (alta de 14,01%). Abaixo do patamar desse
indicador, que indica os reajustes dos custos de produção, estão as variações
das seguintes culturas: cana-de-açúcar (13,74%), arroz (11,31%), leite cru
resfriado (9,97%), laranja para mesa (8,29%), batata (7,98%), carne bovina
(7,11%), café (6,97%) e tomate para mesa (5,73%).
Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo, destaca que os levantamentos de preços ao
produtor, realizados pelo IEA, são importantes balizadores para o mercado e o
poder público. “A análise da evolução dos preços, juntamente com
outras informações produzidas pelo Instituto ajudam aos órgãos públicos e
privados na formação durante os pregões de compras. Orientados pelo governador
Geraldo Alckmin estamos cada vez mais próximos do cidadão”, destacou.
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Mais informações:
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
Assessoria de Comunicação
e-mail: naraguimarães@sp.gov.br
Tel.: (11) 5067-0069
Data de Publicação: 23/03/2016
Autor(es): Instituto de Economia Agrícola (iea@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor