A participação paulista no agronegócio brasileiro
destacou-se nos grupos de sucos com 87,5% das exportações; produtos
alimentícios diversos, 77,3%, e complexo sucroalcooleiro, 63,6%.
No ano de 2015, as exportações do
Estado de São Paulo somaram US$ 45,58 bilhões (23,8% do total nacional), e as
importações, US$ 63,71 bilhões (37,2% do total nacional),
registrando déficit de US$ 18,13 bilhões. O agronegócio paulista, mesmo
apresentando exportações decrescentes (-12,7%), atingiu US$ 15,88 bilhões. Como
as importações também diminuíram (-16,9%), somando US$ 5,02 bilhões, o saldo,
de US$ 10,86 bilhões, ajudou a diminuir o déficit da balança comercial
estadual, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta).
Os cinco principais grupos nas exportações do
agronegócio paulista foram: complexo sucroalcooleiro (US$ 5,42 bilhões, com as
exportações de álcool representando 14,9% desse total); carnes (US$ 2,03
bilhões, em que a carne bovina respondeu por 78,4%); sucos (US$ 1,79 bilhão,
dos quais 98,4% referentes a sucos de laranja); produtos florestais (US$ 1,68
bilhão); e complexo soja (US$ 1,32 bilhão). Esses cinco agregados representaram
77,1% das vendas externas setoriais paulistas, comenta José Roberto Vicente,
pesquisador do IEA.
A balança comercial brasileira registrou superávit
de US$ 19,68 bilhões em 2015, com exportações de US$ 191,13 bilhões e
importações de US$ 171,45 bilhões. O superávit comercial ocorreu em função de
queda nas importações (-25,2%) ainda maior do que a das exportações (-15,1%).
Os cinco principais grupos do agronegócio brasileiro nas exportações do ano de
2015 foram: complexo soja (US$ 27,96 bilhões); carnes (US$ 14,72 bilhões);
produtos florestais (US$ 10,33 bilhões); complexo sucroalcooleiro (US$ 8,53
bilhões); e café (US$ 6,16 bilhões). Esses cinco agregados responderam por
76,7% das vendas externas do agronegócio nacional.
Em relação ao ano anterior, sobressaíram-se os
aumentos nas participações de São Paulo nos grupos: animais vivos (+13,6%);
produtos oleaginosos (+7,5%); produtos alimentícios diversos (+6,5%); demais
produtos de origem vegetal (+3,3%); e couros, produtos de couro e peleteria
(+3%). Já as maiores quedas ocorreram nas participações dos grupos: lácteos
(-16,8%); produtos apícolas (-7,3%); cacau e seus produtos (-5,1%); plantas
vivas e produtos de floricultura (-5,1%); e bebidas (-3%).
De acordo com o secretário de
Agricultura, Arnaldo Jardim, estudos sobre a balança comercial dos agronegócios
são importante fonte de conhecimento do setor. “A análise do comportamento
das exportações e importações paulistas e brasileiras ao longo do tempo,
juntamente com outras informações produzidas pelo IEA, permite a Secretaria de
Agricultura formular políticas públicas específicas para o setor; o que é
fundamental no atual momento da economia. Orientados pelo governador Geraldo
Alckmin, empreendemos todos os recursos da Pasta para fornecer ferramentas com
as quais o setor produtivo possa se balizar para obter melhores resultados”,
finalizou.
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