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Palestra no IEA aborda os resultados do Protocolo Agroambiental
Foi realizada nesta
quarta-feira, 7 de outubro, nas dependências da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento de São Paulo, a palestra intitulada: “Protocolo
Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras
2007/08 a 2013/14 ” ,apresentada por Carolina Roberta de Matos, mestre
em Geoquímica e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Bahia e Ecóloga pela
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), especialista
ambiental no Projeto Etanol Verde, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de
São Paulo e Rejane Cecília Ramos, engenheira agrônoma, pesquisadora científica
do Instituto de Economia Agrícola (IEA). O evento, que faz parte do
Ciclo de Seminários IEA, contou com a participação de pesquisadores,
estudantes, técnicos e representantes do setor. Para este
press release existem fotos disponíveis que podem ser solicitadas pelo telefone
(11) 5067-0069 ou e-mail saacomunica@sp.gov.br. Há opção ainda
de serem baixadas pelo Flickr da Secretaria no seguinte endereço: https://www.flickr.com/photos/agriculturasp/albums/72157659626399375/with/22011584216/
Credito:
(Yolanda Frutuoso/ComunicaçãoSAA)
O Protocolo Agroambiental surgiu
de um acordo pioneiro entre o governo do Estado de São Paulo, representado
pelas Secretarias de Agricultura e Abastecimento (SAA) e do Meio Ambiente
(SMA), e o Setor Sucroenergético, representado pela União da Indústria da Cana-de-açúcar
(Unica) e pela Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do
Brasil (Orplana), visando a criação de mecanismos para estimular e consolidar o
desenvolvimento da produção sustentável de cana-de-açúcar no Estado. Idealizado
com o intuito de eliminar a utilização de fogo na colheita; o Protocolo
Agroambiental não se limitou a atingir esse objetivo, por meio de suas
diretivas possibilitou a consolidação de uma nova estrutura produtiva, baseada
na adoção de melhores práticas de sustentabilidade ambientais e sociais pelo
setor produtivo.
Entre os resultados positivos
observados com a implantação do Protocolo Ambiental, as pesquisadoras citaram
o aumento no número de colhedoras de 917 em 2007, para 2.856 em 2013/14,
o que representou acréscimo de mais de 310% em investimentos realizados pelas
usinas signatárias e seus fornecedores; a redução da queimada palha, o
que resultou na não emissão de mais de 26,7 milhões de toneladas de
poluentes e de4,4 milhões de toneladas de gases de efeito estufa e o
aumento de mais de três mil hectares de áreas ciliares entre as safras
2009/10 e 2013/14 , assim como a redução do consumo de água no
processamento industrial da cana de açúcar .
Apesar das dificuldades que o
setor sucroenergético vem experimentando, as usinas e fornecedores de cana
signatários continuaram investindo em tecnologias e metodologias de
implementação das boas práticas agroambientais previstas nas diretivas técnicas
do Protocolo. O novo sistema de produção do trouxe consigo desafios que
precisam ser superados em conjunto com o poder público. As pesquisadoras
destacam a adoção de práticas adequadas de conservação de solo em
consonância com as exigências de rendimentos operacionais da colheita mecânica;
a valorização da cana-de-açúcar e seus produtos, com a criação de
mecanismos que desonerem o produtor e promovam a melhoria de sua margem de
lucro e alternativas de uso e exploração das áreas que poderão deixar de
produzir em função da dificuldade em atender às exigências da produção de
cana-de-açúcar no novo sistema adotado pelo setor, com a mecanização da
colheita.
O governo estadual está
acompanhando os avanços do setor, através de suas secretarias e tem se
posicionado com relação às demandas apresentadas. Arnaldo Jardim, secretário
de Agricultura e Abastecimento, lembra que o estado de São Paulo foi pioneiro
em pesquisas e desenvolvimento nesta área. “O governador Geraldo Alckmin
reconhece a importância do apoio à produção canavieira. Entre as medidas
adotadas para estimular o setor, podemos destacar as pesquisas com mudas
pré-botadas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico (IAC), de Campinas e a
diminuição para 12% do ICMS do etanol. Essa gestão tem trabalhado em diversas
frentes para ajudar os produtores, empresários e trabalhadores a vencer a
inércia que tomou conta do setor”.
Para informações detalhadas sobre
os resultados do Protocolo Agroambiental, inclusive os dados regionais, clique aqui.
Por Nara Guimarães
Mais informações
Assessoria de Comunicação -
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Telefone: (11) 5067 - 0069
Data de Publicação: 09/10/2015
Autor(es): Instituto de Economia Agrícola (iea@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor