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IEA apresenta o diagnóstico do Setor Sucroenergético em 2014
Na
safra 2014/15, o setor sucroenergético brasileiro movimentou R$ 70 bilhões com
a produção de cana-de-açúcar, etanol, açúcar e bioeletricidade, o que
corresponde a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, e gerou 4,5 milhões
de empregos, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de
São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta). Em 2014 foram
exportados 24 milhões de toneladas de açúcar, no valor de US$ 10 bilhões, e 1,4
bilhão de litros de etanol, em um total de US$ 900 milhões.
“Mais
de 50% das exportações brasileiras de açúcar foram para a China, Emirados Árabes
Unidos, Bangladesh, Índia, Argélia e Nigéria. Em relação ao etanol, 98,4% das
exportações tiveram como destino os Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão,
Nigéria, Taiwan, Cingapura, Angola, Gana, México e Suíça”, afirmam
Rejane Cecília Ramos e Katia Nachiluk, pesquisadoras do IEA. No Brasil, a maior
produção concentra-se na região Centro-Sul, com destaque para São Paulo. Em
2014, o Estado respondeu por 53,8% da produção nacional de cana-de-açúcar,
49,4% da produção de etanol (14,1 bilhões de litros) e 61,6% da produção do
açúcar (21,9 milhões de toneladas), ressaltam as autoras do artigo.
Em relação
à produção de açúcar no estado de São Paulo, comparando as safras 2013/14 e
2014/15, verifica-se um decréscimo de 8,5%, em razão da menor produção de
cana-de-açúcar nesta safra. A evolução da produção do etanol, no mesmo
período, apresentou um aumento de 26,1%. “O mix de produção de é decidido
pelas usinas de acordo com o comportamento do mercado, como observado no
primeiro semestre de 2015. A preferência das usinas tem sido pela
produção de etanol hidratado, tendo em vista o aumento da Contribuição
de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) na gasolina, tornando a relação de
70% mais favorável ao etanol”, esclarecem as pesquisadoras. Com a adesão ao
Protocolo Agroambiental, o setor evoluiu também em ganhos ambientais, com a
redução da queima da palha, decorrente da mudança no sistema de produção e a
diminuição do consumo de água para o processamento de cana-de-açúcar.
Além da
produção de açúcar e etanol, a cultura possibilita a inserção do setor na
produção de energia elétrica. Essa complementaridade entre diversas fontes de
energia é importante para evitar períodos críticos e de riscos de
desabastecimento. A capacidade instalada das usinas signatárias na safra
2013/2014 foi de 5 mil MW de potência, representando cerca de 35,7% da potência
instalada da usina de Itaipu (14 mil MW).
Nos
últimos anos, o setor sucroenergético vem atravessando uma crise com incertezas
em relação ao preço interno dos combustíveis e a falta de políticas públicas,
tanto para os biocombustíveis quanto para a exportação da energia gerada a
partir da biomassa. É necessário que sejam adotadas políticas adequadas de
longo prazo, como melhorias no sistema de transporte, infraestrutura logística,
bem como avanços no sistema tributário e judiciário, e que valorizem uma matriz
energética diversificada e de baixo carbono, reconhecendo as contribuições
ambientais do etanol e da bioeletricidade, afirmam as pesquisadoras.
Arnaldo
Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo,
destacou o profundo respeito que o governador paulista tem pelo setor,
lembrando que Geraldo Alckmin o orientou para que disponibilizasse todo o
conhecimento acumulado pela Pasta para ajudar aos produtores e a indústria.
Como acontece com os Institutos de Pesquisa, vinculados à Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios (Apta). Como por exemplo o Instituto Agronômico
(IAC), de Campinas, que possui um centro destinado às pesquisados com o produto
e no momento está desenvolvendo Mudas Pré-Brotadas e o Instituto de Economia
Agrícola (IEA), que desenvolve estudos sobre custos de produção e realizada
levantamentos e estimativas de safras agrícolas e a Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral (Cati), que atua na difusão da extensão rural,
diminuindo a distância entre o conhecimento e o produtor.
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artigo na íntegra e conferir as tabelas e gráficos, clique aqui.
Data de Publicação: 07/10/2015
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor