Artigos
Pesquisador do IEA discute a criação dos títulos de ativos ambientais
Transformar
ônus em bônus, foi assim que o governo de São Paulo, a Bolsa de Valores, bancos
e empresas sustentáveis lançaram as bases de um novo mercado de títulos
ambientais, que foi discutido em um seminário, no dia 10 de agosto, nas
dependências da BM&F-Bovespa, em São Paulo. O evento foi realizado pela
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria
com a Bovespa e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável (CEBDS). Para o secretário Arnaldo Jardim, titular da Pasta, o
seminário foi um importante passo para o setor. “Agora as entidades precisam
pensar no momento seguinte: dar contorno jurídico e constituir a Cota de
Reserva Ambiental (Car) como instrumento de mercado, dessa forma estamos
seguindo a orientação do governador Geraldo Alckmin para que a Secretaria
estivesse ao lado do produtor”, afirmou o secretário.
A
dificuldade em desenvolver novos mercados reside no fato de que a mesma unidade
produtiva física e jurídica produz dois tipos de bens e serviços muito
distintos: de mercado (alimento, energia, fibras, estocagem de carbono, laser)
e públicos (água, biodiversidade, polinização, intemperização de rochas,
equilíbrio climático). Para estes últimos, a participação do Estado como
indutor dos mercados é fundamental e imprescindível. Utilizando dados da ESALQ
e de consultores independentes, chegou-se à conclusão que São Paulo poderá
compensar suas reservas legais por meio da CRA, títulos nominativos previstos
na atual legislação florestal (Lei n. 12.651/2012, art. 44) e que
representariam área de vegetação nativa existente ou em recuperação.
É
indispensável que existam mercados futuros como instrumentos de financiamento
em longo prazo dessas atividades, conferindo liquidez ao sistema. São Paulo
possui mais de 1 milhão de hectares em suas Unidades de Conservação, dos quais
pelo menos metade padece de regularização fundiária e pode ser objeto de
compensação via doação. É preciso que esses recursos sejam utilizados, por
exemplo, para pagar as desapropriações e regularizar essas unidades, afirmam
Eduardo Pires Castanho Filho, pesquisador do Instituto de Economia Agrícola
(IEA), especialista em produtos florestais e Adriana Damiani, executiva
pública.
Para ler o
artigo na íntegra e consultar as tabelas e gráficos, clique aqui.
Por Nara
Guimarães
Secretaria
de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Assessoria
de imprensa
Telefone:
(11) 5067-0069
Data de Publicação: 15/09/2015
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor