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Mercado de Produtos Florestais incrementa o agronegócio paulista
No início da
década, o Brasil tinha mais de 6,6 milhões de hectares de florestas plantadas;
dos quais 5,1 milhões hectares, ou 76,6% do total plantado, era de eucalipto,
enquanto 1.562.782 de hectares, representando 23,4%, eram de pinus, informa a
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do
Instituto de Economia Agrícola (IEA). Mais
informações: Assessoria
de imprensa - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
(11) 5067-0069
De acordo com a Associação
Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), em 2012, o Estado de
Minas Gerais detinha 22,3% da área total de eucalipto e pinus do país, seguido
de São Paulo com 17,8%, Paraná com 12,3%, Santa Catarina com 9,7% e Bahia com
9,3%. Minas Gerais contava com uma área de 1.491.681 hectares, enquanto os
demais tinham 1.186.497 hectares, 817.566 hectares, 645.965 hectares e 616.694
hectares, respectivamente. Assim, a área cultivada nas Unidades de Produção
Agropecuárias do Estado de São Paulo é de cerca de 20 milhões de hectares, dos
quais 6,4% está sendo ocupada por florestas.
Dados levantados pelo Instituto de
Economia Agrícola indicam que, em São Paulo, a produção de florestas plantadas
concentra-se em três espécies: eucalipto, pinus e seringueira, com pouco mais
de 1,3 milhão de hectares, cultivados por cerca de 45 mil silvicultores. Os
plantios se distribuem por várias regiões do estado com uma concentração no
centro, na direção sudoeste norte e no Vale do Paraíba. As áreas de florestas
nativas ocupam aproximadamente 3 milhões de hectares em 150 mil propriedades
rurais e estão concentradas na Serra do Mar, Vale do Ribeira e Vale do Paraíba.
No estado de São Paulo, pouco mais
de 60% da madeira de eucalipto destina-se ao processamento industrial para
produção de pastas celulósicas ou de chapas e painéis; de 30% a 35% tem fins
energéticos e apenas cerca de 5% a 7% vai para processamento mecânico. Os
grandes consumidores de madeira para fins energéticos são os setores
industriais ligados ao agronegócio ou à construção civil, com destaque para os
segmentos de cerâmica e de alimentos (óleo vegetal, suco de laranja, alimentos
processados, torrefadoras e secagem de grãos, frigoríficos, granjas, rações,
curtumes, indústria de fertilizantes). Em menor escala, há também o consumo
urbano, representado por panificadoras, docerias, restaurantes (churrascarias e
pizzarias), entre outros.
O mercado de florestas
brasileiro apresenta-se ainda bastante contraditório, pois a silvicultura com
produção integrada ainda compete, em parte, com o desmatamento ilegal de
florestas nativas, em outros estados brasileiros. Além dos impactos negativos
que esse crime causa ao meio ambiente, principalmente à biodiversidade, ele
acaba distorcendo os preços de mercado”,
concluem Eduardo Castanho e José Alberto Angelo, pesquisadores do IEA e Adriana
Damiani, executiva pública, responsáveis pelo artigo.
Os produtos florestais ocupam
lugar de destaque no ranking do valor da produção agropecuária paulista.
Segundo levantamento realizado pelo IEA, em 2014, a renda adquirida apenas com
o comércio de madeira de eucalipto e pinus superou R$2,887 bilhões, ocupando o
quarto lugar entre os principais produtos do Estado. A seringueira gerou mais
R$413,7 milhões, no mesmo período. É importante destacar, no entanto, que os
ganhos financeiros se multiplicam ainda mais nos aspectos sociais e ambientais,
seja nos sistemas de produção em que há integração entre lavoura, pecuária e
florestas ou naqueles em que o produtor recupera a mata ciliar protendo as
nascentes e garantindo a geração de água para a produção, afirma Arnaldo
Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
O secretário destaca que a
Secretaria de Agricultura procura atuar junto à cadeia de produtos florestais,
seja através das pesquisas desenvolvidas pelos institutos e pesquisa e pela
difusão de conhecimento gerada pelos extensionistas da Cati (Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral) ou pelo acompanhamento das demandas geradas pela
Câmara Setorial. “Fomentar e desenvolver o agronegócio paulista, com base nas
premissas sociais, econômicas e ambientais, são as diretrizes determinadas pelo
governador Geraldo Alckmin que estamos colocando em prática”, afirmou o
secretário.
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Por Nara Guimarães
Data de Publicação: 08/09/2015
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor