Custo de produção e rentabilidade da Seringueira foi tema de palestra na Reunião da Câmara Setorial da Borracha

A credibilidade das metodologias do IEA permite a confiabilidade de suas análises


A Câmara Técnica da Borracha Natural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, órgão que congrega os diversos componentes da cadeia produtiva, reuniu-se na quarta-feira, (12/08), nas dependências da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Jaboticabal. A pesquisadora Marli Dias Mascarenhas Oliveira, diretora do Instituto de Economia Agrícola (IEA), um dos seis institutos de pesquisa da Pasta, apresentou palestra: “Custo de produção e rentabilidade da Seringueira no Estado de São Paulo”.

O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional de borracha natural, mas está enfrentando um ciclo de preços descendentes que iniciou em 2012 e ainda persiste. Esse comportamento é consequência de vários fatores, entre os quais a crise imobiliária dos EUA, que contaminou a economia de vários países europeus; a diminuição das compras de borracha realizadas pela China, resultando em aumento dos estoques mundiais; e a pressão baixista derivada do aumento da produção na Tailândia. O mercado interno, por sua vez, também apresentou condições desfavoráveis. Em 2014, a economia brasileira teve um baixo desempenho, o qual, segundo analistas, deve se repetir em 2015. Essas condições para a economia nacional afetam diretamente a cadeia da seringueira em São Paulo, que representa 56,5% da produção total brasileira.

Resultado do trabalho desenvolvido pela Comissão Especial para Estudo de Custos e Preços Reais de Borracha Natural da Câmara, a palestra foi realizada em atendimento a uma demanda do setor encaminhada através da referida câmara para subsidiar as discussões e encaminhamentos.

De acordo com a pesquisadora, “ o trabalho foi desenvolvido com a metodologia de custo operacional criada pelo IEA na década de 70 e largamente difundida e utilizada por várias instituições nacionais e internacionais ”. Á princípio, foi apresentado um panorama contextualizando o momento vivido pela atividade; em seguida, Marli Oliveira explicou os parâmetros técnicos utilizados e o sistema de produção utilizado nas análises.

Na sequência, foram apresentados os componentes do custo e a discussão dos impactos destes nos custos de produção. Após a análise dos indicadores de rentabilidades e avaliação dos resultados em três níveis de produtividade e quatro possibilidades de preços recebidos pelos produtores; a pesquisadora expos as possibilidades de vantagens ambientais e de geração de emprego e renda através do uso intensivo de mão-de-obra.

Dessa forma os produtores se munem de informações para tomadas de decisões gerenciais que possibilitam ter uma previsibilidade da atividade e principalmente e m situações de crise, acentua-se a necessidade de, pelo lado interno das atividades econômicas, concentrar-se na gestão de custos” , afirmou Marli Oliveira.
 
Em situações como esta, acentua-se a necessidade de apoiar os produtores e disponibilizar toda a expertise da Secretaria seja em relação à pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, à assistência técnica ou a liberação de recursos através das linhas de financiamento do Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio), conforme orientação e compromisso do governador Geraldo Alckmin ”, afirmou Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento.

Por Nara Guimarães

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Data de Publicação: 18/08/2015

Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor