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Custo de produção e rentabilidade da Seringueira foi tema de palestra na Reunião da Câmara Setorial da Borracha
A
credibilidade das metodologias do IEA permite a confiabilidade de suas análises
Por Nara Guimarães Mais
informações:
Assessoria
de Imprensa - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo Fone: (11)
5067-0069
A Câmara Técnica da
Borracha Natural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, órgão que congrega os diversos componentes da cadeia produtiva,
reuniu-se na quarta-feira, (12/08), nas dependências da Unesp (Universidade
Estadual Paulista) em Jaboticabal. A pesquisadora Marli Dias Mascarenhas
Oliveira, diretora do Instituto de Economia Agrícola (IEA), um dos seis
institutos de pesquisa da Pasta, apresentou palestra: “Custo de produção e
rentabilidade da Seringueira no Estado de São Paulo”.
O Estado de São Paulo é o
maior produtor nacional de borracha natural, mas está enfrentando um ciclo de
preços descendentes que iniciou em 2012 e ainda persiste. Esse comportamento é
consequência de vários fatores, entre os quais a crise imobiliária dos EUA, que
contaminou a economia de vários países europeus; a diminuição das compras de
borracha realizadas pela China, resultando em aumento dos estoques mundiais; e
a pressão baixista derivada do aumento da produção na Tailândia. O mercado
interno, por sua vez, também apresentou condições desfavoráveis. Em 2014, a
economia brasileira teve um baixo desempenho, o qual, segundo analistas, deve
se repetir em 2015. Essas condições para a economia nacional afetam diretamente
a cadeia da seringueira em São Paulo, que representa 56,5% da produção total
brasileira.
Resultado do trabalho
desenvolvido pela Comissão Especial para Estudo de Custos e Preços Reais de
Borracha Natural da Câmara, a palestra foi realizada em atendimento a uma
demanda do setor encaminhada através da referida câmara para subsidiar as
discussões e encaminhamentos.
De acordo com a
pesquisadora, “
o trabalho foi
desenvolvido com a metodologia de custo operacional criada pelo IEA na década
de 70 e largamente difundida e utilizada por várias instituições nacionais e
internacionais
”. Á princípio, foi
apresentado um panorama contextualizando o momento vivido pela atividade; em
seguida, Marli Oliveira explicou os parâmetros técnicos utilizados e o sistema
de produção utilizado nas análises.
Na sequência, foram
apresentados os componentes do custo e a discussão dos impactos destes nos
custos de produção. Após a análise dos indicadores de rentabilidades e
avaliação dos resultados em três níveis de produtividade e quatro possibilidades
de preços recebidos pelos produtores; a pesquisadora expos as possibilidades de
vantagens ambientais e de geração de emprego e renda através do uso intensivo
de mão-de-obra.
“Dessa forma os
produtores se munem de informações para tomadas de decisões gerenciais que
possibilitam ter uma previsibilidade da atividade e principalmente e m
situações de crise, acentua-se a necessidade de, pelo lado interno das
atividades econômicas, concentrar-se na gestão de custos” , afirmou Marli Oliveira.
“ Em situações como
esta, acentua-se a necessidade de apoiar os produtores e disponibilizar toda a
expertise da Secretaria seja em relação à pesquisa e desenvolvimento de novos
produtos, à assistência técnica ou a liberação de recursos através das linhas
de financiamento do Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio), conforme
orientação e compromisso do governador Geraldo Alckmin ”, afirmou Arnaldo Jardim, secretário de
Agricultura e Abastecimento.
Data de Publicação: 18/08/2015
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor