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Preços Agropecuários apresentam nova alta em junho de 2015
Em junho, sete produtos apresentaram
alta de preços, com destaque para a batata com mais de 75% de aumento. Entre os
dez produtos em queda, somente um é de origem animal. Feijão e laranja para
indústria, em período de entressafras, não efetivaram negociações no mercado
físico no período. O IqPR – Índice Quadrissemanal de
Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista registrou alta de 0,72% no mês de
junho de 2015, na comparação com o mês anterior, informa a Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de
Economia Agrícola (IEA/Apta). Os produtos que apresentaram as maiores altas
foram: batata (75,32%), carne de frango (13,12%), ovos (10,03%), leite cru
resfriado (9,05%) e carne suína (8,27%). “Com a exceção da carne bovina, que
teve recuo de -0,72%, os outros quatro produtos de origem animal fecharam o mês
com forte valorização”, afirmam José Alberto Angelo e Danton Bini,
pesquisadores do IEA responsáveis pelo levantamento. Para a batata, as chuvas
excessivas ocorridas no período do plantio da safra de inverno reduziram a
produtividade do produto, o que elevou os preços recebidos pelos agricultores
que cultivaram o tubérculo no último período. No caso da carne de frango, seu
alto consumo no mercado interno (em substituição à carne bovina) e a elevação
dos embarques do produto em direção ao mercado internacional foram os
principais instrumentos que pautaram o reajuste dos preços recebidos pelos
avicultores em junho. Para a avicultura de postura, além do
efeito substituição em relação às carnes que sobrepujaram a demanda por ovos no
intervalo analisado, o aumento dos custos dos insumos e a tradicional redução
da produtividade ocorrida nos dias mais curtos de inverno elevaram os preços
recebidos pelas granjas paulistas. A menor luminosidade característica
desse período do ano dificulta a brotação e respectiva qualidade das pastagens.
Sendo assim, conforma-se o período de entressafra da pecuária, quando leites e
derivados são encarecidos devido ao repasse da elevação dos custos de produção
aos preços recebidos pelos produtores. Com o aumento das exportações e
consumo via efeito substituição à carne bovina em descompasso à oferta reduzida
no mês de junho elevou as cotações da carne suína no Estado de São Paulo. Já os produtos que apresentaram quedas mais
significativas de preços foram: tomate para
mesa (15,55%), laranja para mesa (7,16%), banana nanica (6,91%), trigo (6,50%)
e milho (5,96%). Para o tomate para mesa, as baixas cotações praticadas na
última semana de junho na região de Itapeva (quando os preços da caixa de 22 kg
do produto chegaram a R$14,65) apresentam-se como o principal indicativo da
desvalorização na média mensal dos preços recebidos pelos produtores
paulistas. Com a não efetivação de compras por parte das agroindústrias
(que tem moído para suco matéria-prima de produções próprias), um excesso de
laranja oriundo de citricultores independentes (sem contratos com essas
empresas) foi direcionado para o comércio de mesa (in natura), o que
incitou o mercado à desvalorização do produto. No caso da banana, a chegada das
massas de ar frio na proximidade do inverno desacelerou a formação dos cachos,
o que reduziu a oferta do produto. Por outro lado, o consumo recuou acima desse
montante, influenciado principalmente pela oferta de frutas concorrentes, como
a laranja e a tangerina poncã. Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo, destaca que os levantamentos de preços ao
produtor, realizados pelo IEA, são importantes balizadores para o cálculo do
valor da produção agropecuária. “A análise do comportamento dos preços,
juntamente com outras informações produzidas pelo Instituto permitem que a
Secretaria de Agricultura elabore políticas para apoiar o produtor. Orientados
pelo governador Geraldo Alckmin estamos cada vez mais próximos do setor
produtivo e essa é a forma de atuação da nossa secretaria”, destacou. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.
Data de Publicação: 20/07/2015
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor