Artigos
Pesquisadores analisam a produção e o mercado brasileiro de Alho de 1971 a 2012
O
abastecimento de alho no mercado brasileiro sempre teve a participação do
produto estrangeiro. Do início da década de 1970 até o final da década de 1980,
o governo brasileiro implementou o Programa de Apoio à Produção e
Comercialização de Produtos Hortigranjeiros (Prohort), composto de planos para
fruticultura e olericultura. As hortaliças prioritárias eram alho, batata,
cebola e tomates (industrial e de mesa). O plano promoveu o desenvolvimento e a
modernização das cadeias produtivas da olericultura, como resultado, o cultivo
de alho aumentou a produtividade, passou de 2.800 kg/ha para 4.100 kg/ha e a
produção, aumentou 111,6%, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento
do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta).
Na década
de 1970, a disponibilidade de alho era de 595 gramas por habitante, no
quinquênio 1990-94 foi de 700 gramas por habitante. Além do Prohort, a
estabilidade da economia brasileira possibilitou a modernização e ampliação do
mercado de alimentos, beneficiando produtos da agropecuária brasileira em
especial alho, batata, cebola e tomate industrial dentre as olerícolas. “No
período 1990 a 2012, com o MERCOSUL em vigor, além da concorrência com o alho
argentino houve a concorrência com o alho chinês em maior quantidade e menor
preço. O alho chinês contribuiu com 63% da quantidade importada no período
2008-2011 e a Argentina, 37% do total de 153.561 t anual. O mercado brasileiro
consumiu por ano cerca de 244.528 toneladas e a produção nacional participou
com 37,2% desse total, afirmam Waldemar Pires de Camargo Filho e Felipe
Pires de Camargo, pesquisadores do IEA.
Com a
globalização do mercado, alterou-se a distribuição geográfica da produção de
alho no Brasil. Em 2014 a distribuição geográfica da produção tem a
predominância de cultivo nos seguintes Estados: Santa Catarina 23%, Minas
Gerais 23%, Goiás 22%, Rio Grande do Sul 18%, Bahia 7% e Paraná 2% da produção
brasileira, a produção de alho dos estados da região Sul contribuem com 43% do
total nacional. Na última década, o consumo brasileiro per capita foi
cerca de 1,235 kg, evidenciando o crescimento do mercado deste alimento, uma
vez que o alho é o principal condimento industrializado e usado em outros
alimentos.
Compreender
a dinâmica da produção do alho ao longo do tempo ajuda aos componentes da
cadeia produtiva na tomada de decisão, transformando os resultados da pesquisa
em importante instrumento de planejamento, afirma Arnaldo Jardim, secretário de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. “Orientados pelo
governador Geraldo Alckmin estamos cada vez mais próximos do setor produtivo e
essa é uma forma de atuação da nossa secretaria”, destacou.
Para ler o
artigo na integra e conferir as tabelas, clique aqui.
Mais
informações:
Nara Guimarães
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
Assessoria de Comunicação
Tel.: (11) 5067-0562 / 0498
Data de Publicação: 22/07/2015
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor