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IEA divulga 2º levantamento com as Previsões e Estimativas de Safras
A
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do
Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica
Integral (CATI) realizou, entre 1 e 23 de abril de 2015, o levantamento da
previsão e estimativa da safra agrícola 2014/15 para as principais culturas do
Estado de São Paulo. Os resultados foram obtidos aplicando o método subjetivo,
que consiste da coleta e sistematização dos dados fornecidos pelos técnicos das
Casas de Agricultura, em cada um dos 645 municípios do Estado de São Paulo.
No
presente levantamento as informações obtidas para a cultura da cana-de-açúcar
em termos estaduais permanecem indicando diminuição na área nova (5,6%),
estabilidade na área em produção (+0,4%), pequeno incremento na produção (2,5%)
com um volume de 414 mil toneladas, com um rendimento de 74,5
tonelada/hectares, ligeiramente superior aos registrados nos levantamentos de
novembro de 2014 e fevereiro de 2015. Em termos dos principais EDRs produtores
os aspectos negativos tanto na questão hídrica como nas relativas às políticas
econômicas que vêm comprometendo as perspectivas para o setor, ainda podem ser
detectadas. Os
resultados para a cultura da laranja apontam para um volume total produzido para
o Estado de São Paulo de 284,89 milhões de caixas de 40,8 kg (11.623 mil
toneladas), ou seja, 2% inferior do obtido na safra passada (291,2 milhões de
caixas de 40,8kg). Apesar de terem sido verificadas boas floradas iniciais, a
baixa precipitação hídrica pela qual o Estado passou desde o final de 2013 e as
elevadas temperaturas tem sido prejudiciais para a formação e desenvolvimento
dos pomares, além do desabastecimento dos lençóis freáticos que, em alguns
casos, a irrigação não pode ser adotada. As chuvas de verão não foram contínuas
e em quantidades suficientes para que os frutos tivessem um desenvolvimento
satisfatório.
“As
previsões e estimativas de safras agrícolas elaboradas pelo IEA, em parceria
com os técnicos da Cati, desde meados da década de 1940, se constituem em
importante instrumento de tomada de decisão para todos os elementos da cadeia
produtiva.” ressalta Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo. Orientados pelo governador Geraldo
Alckmin estamos cada vez mais próximos do setor produtivo e essa é uma forma de
atuação da nossa Secretaria, concluiu.
A colheita
de grãos nesta safra está prevista em 7,25 milhões de toneladas, o que
representa acréscimo de 14,5% em relação ao ano anterior. Esse resultado, em
parte é atribuído à recuperação da produtividade, prejudicada pela anomalia
climática do ano anterior. “As culturas que apresentaram os maiores aumentos
em percentual de volumes produzidos foram: amendoim da seca (68,3%), amendoim
das águas (35,1%), soja primeira safra (34,3%), e milho primeira safra (14%)”.
As maiores quedas observadas foram: soja safrinha (-73,2%), algodão (-65,6%),
feijão da seca (-22,4%), triticale (-18,2%), trigo (-16,3%) e feijão das águas
(-13,8%). Essas quedas são reflexos da diminuição das áreas cultivadas, uma vez
que essas culturas apresentaram ganhos de produtividade, afirmam José
Alberto Ângelo, Carlos Roberto Bueno, Celma Baptistella, Denise Case, Felipe
Pires de Camargo, Mário Olivette e Vagner Martins, pesquisadores científicos do
IEA.
As
estimativas finais da cultura do amendoim das águas apontaram aumento de 35,1%
na produção, com 354,4 mil toneladas colhidas, resultado da recuperação da
produtividade, 22,8% superior à safra de 2014 e do incremento de 10,0% na área
plantada (105,6 mil hectares), com destaque para as regionais de Tupã,
Catanduva, São José do Rio Preto e Marília. A previsão de safra de tomate de
mesa (envarado) indica redução de 2,7% na área cultivada frente à safra
2013/14, queda de 4,7% na produção esperada de 562 mil toneladas e
produtividade (70,8 t/ha) menor em 2%. Os estados de São Paulo e de Minas
Gerais, respondem por 45% da produção brasileira para consumo in natura.
O mercado de tomate para indústria (rasteiro) tem o estado de Goiás com
principal produtor nacional (80%) complementado pela produção paulista e
mineira. Em 2015 o estado de São Paulo deverá ter redução de 17,1% na área e
13,2% na produção (226,0 mil toneladas), relativamente a 2014, porém a
produtividade (84,6 t/ha) apresenta crescimento de 4,7%.
O presente
levantamento apontou que aproximadamente ¾ da área plantada com milho de 1ª
safra já havia sido colhida. Em relação à safra anterior houve uma retração de
-5,5% nas áreas não irrigadas e de -4,2% nas áreas irrigadas, totalizando uma
área total de 456,4 mil hectares. O retorno das chuvas regulares, em especial,
nas regiões de maior produção; Itapetininga, São João da Boa Vista, Itapeva e
Avaré ocasionaram expressivos ganhos de produtividade. O milho sem irrigação
aumentou de 4.570 kg/ha para 5.565 kg/ha, equivalente a um aumento de 21,8%,
com isto, houve um incremento na produção do milho total (irrigado e não
irrigado) de 14.
A área
plantada com soja da primeira safra 2014/15 no Estado de São Paulo é estimada
em 747,4 mil hectares, crescimento de 5,9% em relação à anterior, com
aproximadamente 90% dessa área já colhida em abril/15. A produção, por sua vez,
deve alcançar 2,2 milhões de toneladas, acréscimo de 34,3% e ganhos de 26,8% na
produtividade em comparação a obtida na temporada precedente. A liquidez da
oleaginosa nos mercados doméstico e internacional aliada à recuperação da
produtividade justificam o comportamento do cultivo nesta safra. Em termos de
participações de área cultivada com a soja no Estado, os principais EDRs são:
Itapeva (23,6%), Assis (18,8%), Orlândia (9,6%), Ourinhos (8,5%), Avaré (7,6%),
Presidente Prudente (6,7%), Barretos (5,1%) e Araçatuba (4,2%).
A área
plantada deverá sofrer retração de 17,4% e produção menor de 16,3%. O mesmo
comportamento se dá para a cultura do triticale, os resultados mostram quedas
de área (20,6%) e produção (18,2%), comparativamente à safra passada. Esse
resultado não confirma a expectativa de ampliar o cultivo por parte dos produtores
paulistas devido à alta do dólar e consequente encarecimento nas importações.
Segundo informes dos técnicos das casas de agricultura, o alto custo de
produção pode ter sido o principal motivo.
Na
terceira previsão de safra de café 2014/15, no Estado de São Paulo, estimou-se
quantidade colhida de 3.998.943 sacas (239,9 mil toneladas) de café
beneficiado. Esse montante situa-se ligeiramente acima (1,2%) daquele
registrado em fevereiro de 2015. A variação positiva poderia ser robustecida
caso o principal cinturão cafeeiro do Estado, a Alta Mogiana de Franca, não
houvesse exibido nova redução no volume de colheita. Todavia, no segundo maior
polo de produção, região de São João da Boa Vista, a nova estimativa de
colheita elevou-se para 985.275sc, representando incremento de 4,8% frente ao
registrado anteriormente.
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Nara Guimarães
Assessora de Imprensa
Instituto de Economia Agrícola
Tel.: (11) 5067-0498
www.iea.sp.gov.br
Data de Publicação: 25/06/2015
Autor(es): Nara Guimarães (naraguimaraes@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor